Em 24 horas tudo mudou outra vez
A
economia suíça cresceu apenas 0,2%, no terceiro trimestre do ano. Moeda
refúgio, valorizada, inibe exportações e amplia as importações. É o caminho
para a redução do crescimento e, como consequência natural, para o desemprego.
Na
França endividada - 120% do PIB - a taxa de desemprego aumentou no segundo
trimestre do ano, alcançando 9,7%. As empresas francesas assumiram estratégias
defensivas em função da crise das dívidas europeias e suspenderam as contratações.
Enquanto
isso, aproveitando as boas notícias de ontem, a Espanha conseguiu financiar-se
a taxas bem inferiores às esperadas. Colocou ao todo no mercado, € 3,75 bilhões
em obrigações. Os títulos com vencimento
em 2012 pagaram juros de 5,178 % ao ano. Outros, com vencimento em 2016, os
juros pagos foram de 5,276% ao ano e,
para os papéis com vencimento em 2017, a taxa foi um pouco mais alta, atingindo
5,544%.
A
França repetiu o mesmo feito. Emitiu € 4,3 bilhões em obrigações. Os juros
ficaram abaixo dos 4% em todos os vencimentos.
Difícil
entender o investidor com seus movimentos tão fortes e com direções tão contrárias
em curtos espaços de tempo.
A
verdade é que a euforia cresceu muito ontem com o anúncio dos cortes dos juros,
em empréstimos entre seis bancos centrais da Europa, Estados Unidos, Canadá e
Japão. A medida teve como objetivo favorecer a liquidez em regiões penalizadas
pela recessão. Os bancos centrais desses países reduziram o custo dos empréstimos realizados
entre si, em 0,5%, favorecendo a injeção de dólares nessas regiões e garantindo funding para crédito ao consumo. No
mesmo sentido, e antecipando-se a esses fatos, a China reduziu as exigências
das reservas para o seu sistema bancário, expandindo a oferta de crédito e
estimulando o consumo interno do país.
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