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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Crédito continua em expansão

No mês de agosto o crescimento
foi de 2,2%
Segundo relatório do Banco Central o volume das operações de crédito alcançou a cifra de R$ 1,583 trilhões, equivalente a 46,2% do PIB nacional. Na previsão do Bacen, até o final do ano, o crédito deverá chegar a 48% do PIB.
Esses números revelam a importância do crédito para a fase atual de crescimento que a economia brasileira atravessa. A política de renda tem sido fundamental para garantir essa expansão de forma sadia. A inadimplência é baixa e, no caso das famílias, continua a cair. Hoje, segundo a autoridade monetária, ela é de 6,2% para as famílias e 3,6% entre as pessoas jurídicas.
Curioso observar os prazos médios dessas operações. Para as empresas é de 386 dias corridos; para as pessoas físicas 536 dias corridos. Portanto, o endividamento compromete a renda das famílias por um longo período e sinaliza para eventuais aumentos dos riscos em caso de uma flutuação econômica. A elevada participação das operações de crédito consignado reduz muito esse risco, e aponta para a conveniência do cadastro positivo. Nas empresas, o prazo médio reflete a predominância de empréstimos para capital de giro, típicos dos momentos de crescimento econômico, onde os financiamentos às vendas e os níveis de estoques exercem suas maiores pressões.
Curioso observar a queda nas taxas de juros anuais. Para as famílias ela cedeu para 39,9% e a explicação do Bacen é a de que os empréstimos consignados, que representam riscos mais baixos, aumentaram muito sua participação no total dos empréstimos. Mais uma vez, ficou evidenciada a conveniência do cadastro positivo. Para as empresas a taxa 28,9, 0,2 % mais que no mês de julho.
Do lado da oferta, os bancos públicos continuam na liderança, com 42,2% do total do crédito concedido, enquanto os privados nacionais representam 40,2% e os bancos estrangeiro 17,6%.
Embora exuberância desses números e sua associação com o crescimento econômico, é forçoso reconhecer que aí resida a maior parte das atuais pressões inflacionárias. Altas nas taxas Selic têm efeitos menos eficazes. Melhor seria contingenciar o crédito ao consumo, de forma cuidadosa e seletiva, permitindo a acomodação dos preços da economia com menores impactos sobre o crescimento e com a ampliação dos incentivos aos investimentos empresariais.
Para imaginar esse crescimento veja essa tabela referente a 2008 e entenda a sugestão do contingenciamento proposta

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