Despesa menor equilibra moedas
Jornal da Tarde - 7 de novembro de 2010Marcos Burghi
A diminuição dos gastos do governo é também é apontada como uma das soluções para a conter valorização do real ante o dólar e a melhora do ambiente às exportações brasileiras.
Para Fábio Pina, assessor econômico da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), o atual câmbio prejudica o País, dificultando a exportação e inundando o mercado de importados, por conta do dólar mais barato. Pina lembra que tal quadro prejudica a criação de empregos.
Segundo Ricardo Torres, professor de finanças do Instituto Insper, a atitude que o governo poderia tomar para tentar equilibrar o câmbio foi tomada: a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 4% para 6% nos investimentos de capital estrangeiro em renda fixa (títulos do governo) com prazo inferior a um ano, tornando essas aplicações “mais caras”.
Torres afirma que o passo seguinte seria o corte de gastos públicos. Dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as despesas do governo cresceram 15% ante o segundo trimestre de 2010, com o mesmo período de 2009, de R$ 150,7 bilhões para R$ 173,1 bilhões. “O gasto do governo aumentou e sobra menos para investimentos”, diz Celso Grisi, diretor presidente do Instituto de Pesquisas Fractal.
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