Fed já anuncia menor crescimento
e maior desemprego
O Banco Central Americano –Fed, reviu para baixo sua previsão de crescimento da economia norte-americana para 2011. Agora, o número esperado para próximo ano, está entre 3,0% e 3,6%, e não mais entre 3,5% e 4,2%, como previsto em junho desse ano.Em relação a esse ano, a previsão do FOMOC também foi reduzida. O crescimento do PIB até o momento estaria no intervalo entre 3,0% e 3,5%. A nova previsão caiu para o intervalo de 2,4% e 2,5%. Para 2012, a revisão passou por uma ajuste muito pequeno do intervalo anterior: de 3,5% a 4,5% para 3,6% a 4,5%.
Quanto ao desemprego, a previsão para o final desse ano está no intervalo entre 9,5% e 9,7%, refletindo um aumento em relação ao que foi previsto em junho de 9,2% a 9,5%. Para 2011, a elevação foi ainda maior: 8,3% a 8,7% para o intervalo de 8,9% a 9,1%, e para 2012, de 7,1% a 7,5% para 7,7% a 8,2%.
Isso explica, em grande medida, a queda das bolsas em todo mundo nesses últimos dias e, em particular, da bolsa brasileira.
O mais interessante da ata da última reunião do FOMC, é que o programa de relaxamento monetário, envolvendo a compra de bônus de longo prazo do Tesouro norte-americano pelo valor de US$ 600filhões de dólares, até o segundo trimestre de 2011, não foi aprovado por unanimidade. Um dos membros co Comitê votou contrariamente a proposta, considerando que “os riscos superam os benefícios” do programa. A ata ainda revela que alguns membros do FOMC entenderam que o programa contém riscos de inflação ao país e que pode trazer impactos preocupantes no valor do dólar no mercado de divisas.
Mas o melhor de tudo isso é que os membros decidiram que o Comitê deve avaliar em suas próximas reuniões o ritmo em que o programa deva ser implantado, bem como o valor para recompra dos títulos públicos. Essas revisões futuras estarão levando em conta o comportamento dos indicadores de emprego e dos preços da economia. Paralelamente, a ata revela que o Comitê considerou decepcionante a recuperação do emprego e da renda e que entendem que essa recuperação continuará lenta. Reconhecem que esse foi o motivo pelo qual mantiveram os juros básicos da economia no mesmo intervalo de 0% a 0,25% ao ano.
Não há espaços para ilusão. Viveremos por mais 2 anos, ao menos, sem poder contar com o mercado norte-americano para ampliar o crescimento nacional. Sobre a Europa, quero também imaginar suas encruzilhadas em uma das próximas postagens. Imagino que isso possa fornecer subsídios para nossas previsões e para os planejamentos econômico-financeiros, em curso nesse momento.
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