Argentina pedirá ajuda ao FMI
para aferir inflação
Acabo de ver a notícia que a Argentina pediu ao Fundo Monetário Internacional que ajudasse a remodelar o sistema de medição de inflação.
Os dados oficiais argentinos são tidos pela maioria absoluta dos economistas independentes como sendo pouco confiáveis. Esse descrédito vem desde o início de 2007, quando o governo reformou o modo de aferição da inflação e interveio no Indec, o instituto de estatísticas do país.
Evidente que pode ser um problema político. Mas também pode ser algo muito pior: falta de conhecimento específico.
Vejam que não é dinheiro que pedem ao FMI. Pedem um sistema confiável de pesquisa de preços.
Embora o objetivo não seja comparar é bom lembrar que o Brasil exporta tecnologia de índice de preços e pesquisas do mercado financeiro.
O caso de perda de nível educacional da Argentina precisa ser acompanhado de perto. O que levou a isso? Como pode uma geração ser menos capaz que a anterior? Como a Argentina conseguiu sucatear seu futuro?
Fluxos monetários podem ser corrigidos ao longo do tempo por um país (vide caso Brasil), mas o que fazer com fluxos de conhecimento? Como corrigir perda de mão-de-obra especializada?
A Argentina tinha no início do século passado um sistema educacional que rivalizava com os modelos europeus da época. Levou também 3 prêmios NOBEL DURANTE O SÉCULO 20 ( O Brasil não tem nenhum).
Comentário ouvido de um diplomata argentino: "Qualquer país pode transformar crise em oportunidade, mas só a Argentina pode fazer o contrário".
Triste. Para nós seria muito melhor ter um país referência em educação. Torcemos para que isso seja apenas um desvio e que a Argentina volte a ser um exemplo.
Prof Ramiro Gonçalez - FIA
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Autor: Mídias e Negócios e QUE CRISE É ESSA?
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