A renda cai e os gastos sobem entre
os consumidores norte-americanos
A renda pessoal nos Estados Unidos caiu 0,1% em setembro, enquanto os gastos dos consumidores aumentaram 0,2%. As variações foram discretas, mas acabam sendo muito valorizadas pelos analistas em economias estagnadas. Incoerenência ou apenas um suspiro do consumo?O retrocesso nos ganhos pessoais foi o maior desde julho de 2009 e o incremento dos gastos de consumo foi o menor dos últimos três meses. A poupança das famílias norte-americanas também retrocedeu de 5,6% em agosto, para 5,3% em setembro, a mais baixa dos últimos 12 meses. Sem dúvida, apenas um suspiro.
Os analistas esperavam, de forma contrária, que a renda pessoal fosse subir em torno de 0,2% e que o incremento nos gastos atingisse 0,3%. Analistas costumam errar. Vivem de criar, no presente, realidades virtuais futuras. Nesse caso, o esforço de preditivo envolvia o gasto das pessoas que representa um terço da atividade econômica dos Estados Unidos. Daí a frustração ter sido tão grande. Os dados sinalizam para a continuidade da atual estagnação, mostrando que, coerentemente com o alto desemprego, os consumidores seguem empenhados em reduzirem seus estoques de dívidas, construídos nos períodos anteriores à crise.
Para piorar, os riscos de deflação também permanece a ameaçar a esperada recuperação, com a baixa inflação registrada no trimestre. O índice de preços em gastos de consumo subiu apenas 0,1% em setembro, depois de ter aumentado 0,2%, em agosto. Esse índice é o principal indicador utilizado pelo Federal Reserve para a definição de política monetária norte-americana. Não há dúvida, consumo, como seres humanos, suspiram, vez ou outra.
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