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terça-feira, 12 de julho de 2011

Durma com um barulho desses.

A Selic sobe. As taxas reais, no mercado, caem.
Mercado é mercado. Interessa o lucro total.
Se o aumento da quantidade for proporcionalmente maior que a redução de preço, o lucro total é maior. E, melhor ainda, a participação de mercado está garantida.
Essa é a hipótese cogitada para a redução dos juros reais cobrados aos consumidores e empresas, entre maio e junho desse ano.
Foi uma surpresa, mas não dá para negar. A queda das taxas foi verificada por duas instituições, em pesquisas diferentes, com amostras independentes e tendo em vista universos de referências distintas.
Anefac, abreviatura pela qual é conhecida a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, e o  Procon de São Paulo publicaram pesquisas apontando a queda  nesse período, mas com previsão de novas altas para o mês de julho.

Os dados da Anefac mostram que os juros subiram por três meses consecutivos, com apenas uma pequena folga em junho. A previsão de novas altas relaciona-se às expectativas de que o COPOM volte a subir a Selic. Isso obrigaria os bancos e demais intermediários financeiros a rever o custo de seus empréstimos. A queda das taxas no mês passado foi provocada pela necessidade da manutenção das quantidades emprestadas, revelando que a competição entre as instituições financeiras aumentou. Segundo os especialistas, isso foi o que levou o volume dos empréstimos a crescer tanto no período.
Dentre as sete linhas de crédito para pessoa física, seis tiveram reduções de seus juros, enquanto uma ficou estável.
A maior queda foi verificada nas linhas de CDC dos bancos comerciais, cuja queda foi de 2,42% ao mês para 2,34%. As linhas de empréstimos pessoais dessas instituições também recuaram de 4,75% ao mês para 4,63%.
Nas financeiras, onde todas as taxas costumam se bem mais “salgadas”, os juros médios do crédito para o consumo caíram de 9,48% ao mês para 9,30%.
No caso das pessoas jurídicas, todas as linhas de crédito pesquisadas pela Anefac apontam reduções.
Nas operações de capital de giro, o juro médio caiu de 3,14% ao mês para 3,04%, no período analisado. Nas operações de conta garantida, a taxa média passou de 5,74% ao mês para 5,70%. Os descontos de duplicata, também apresentaram quedas: de 3,20% ao mês para 3,14%.
Como é bom ver a concorrência crescer.

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