Mantega manda recado, com disposição.
O país cresce.
O Índice
de Preços ao Consumidor- FIPE apresentou variação de 0,26% na terceira
quadrissemana de julho, Na quadrissemana anterior o índice havia crescido 0,27%.
No mesmo período de junho, o índice apontou deflação de 0,05%. O dado, que mede
a inflação na cidade de São Paulo, veio dentro das estimativas.
Nessa
terceira prévia, os fatores de alta estiveram associados aos grupos de transportes (0,26%), saúde (0,51%) e habitação
(0,32%). Os fatores que ajudaram no combate à alta dos preços estão claramente
atribuídos a itens como despesas pessoais (redução para 0,61%), Alimentação (queda
para 0,11%), Vestuário (retração para -0,60%) e Educação (redução 0,15%).
O
indicador não surpreendeu. Comportou-se dentro do previsto.
O
estoque de crédito no sistema financeiro nacional, quando comparado ao mês
anterior, cresceu 1,6% no mês de junho,
atingindo a marca de R$ 1,834 trilhão
emprestados. A informação está no relatório de Política Monetária e Operações
de crédito, publicada no site do Banco Central: http://www.bcb.gov.br/
Agora
a razão crédito/PIB, que no mês de maio era 46,9%, cresceu mais um pouco
atingindo 47,2% no mês de junho. Nesses primeiros sei meses de 2011, o estoque
de crédito em mãos do público expandiu-se em 7,5%. Considerados os últimos 12 meses, o
crescimento foi de 20%. Essa expansão parece exagerada e sugere novas medidas.
A
inadimplência estabilizou-se em junho, se comparada a maio. Ficou em 6,4%, para pessoas
físicas. Para as pessoas jurídicas, em 3,8%. O atraso de 15 a 90 dias também ficou
inalterado em 6,3%. Isso sugere que o consumidor tem ainda renda disponível em
quantidade suficiente para pressionar os preços. O Banco Central, por isso,
pode fazer novos aumentos da Selic.
O
relatório aponta aumento, em relação a maio, de 3,8% no financiamento
habitacional e redução do ritmo do financiamento de veículos para pessoas
físicas.
Em junho, R$ 167,5 bilhões foram emprestados para compra da casa própria. O
financiamento de veículos foi de R$ 158,1 bilhões – acumulando 12,6% de
crescimento até junho. Essa expansão é inferior à do primeiro semestre do ano
passado (18,2%) e inferior ainda à do segundo semestre de 2010 (26,2%).
O governo enfim calçou
as chuteiras e entrou em campo para jogar contra os especuladores nacionais e
internacionais. Entrou com um respeitável aumento IOF nas operações no mercado
futuro. O dólar subiu forte, fechando R$ 1,5590. A alta foi de 1,50%, em um só
dia.
Não me recordo (e posso estar cometendo
um equívoco de memória) de ter assistido um Banco Central, no mundo, ter ganho alguma
disputa contra o mercado. Mas o governo tem chuteiras com travas altas para
jogar até em campo molhado. Vamos torcer, pois a indústria nacional precisa
recuperar sua competitividade internacional.
Ibovespa manteve continua caindo. Recuou 1,77%, obediente ao pânico frente às
notícias de eventual default norte-americano. Está nos 58.288 pontos, com um
volume financeiro negociado, de R$6,51 bilhões. A tendência é de queda para os
próximos dias, a menos de uma solução para o impasse nos Estados Unidos.
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