São tantos os fatos que o melhor
é ficar na trincheira
Os fatos se multiplicaram muito rapidamente. Agravaram a situação mundial. As interpretações são poucas e vagas.
À beira do pânico os agentes econômicos ainda buscam a explicação. Afinal, dessa vez, parece sem salvação. O império ruiu mesmo.
Foram longos anos de crença no capitalismo norte-americano. Olhos vendados, alheios àquilo que esse país produziu de desigualdades no mundo. Guerras, invasões e dominação econômica criaram expressões como imperialismo econômico, o colonialismo político e tantas outras que descreviam o repúdio à insensibilidade e à solidariedade aos povos e homens do mundo. Um capitalismo selvagem, competitivo, egoísta dominou suas decisões e formou o caráter e a personalidade da conduta norte-americana.
Mesmo que o acordo seja alcançado, e o endividamento seja total ou parcialmente autorizado, o país não será confiável mais. Suas instituições estão frágeis.As forças políticas, confundidas com as econômicas, degladiam-se em tornos dos mesmos valores com que trataram o que não era norte-americano. Esses valores foram incorporados a cada um.
Diferentemente da Europa, onde o caminho passou pelo reconhecimento dos mais ricos em ceder, nos Estados Unidos serão os mais fracos que deverão suportar os desmandos dos ricos, sob a forma de cortes das verbas dos programas sociais. Aumento de impostos para os detentores do capital são rejeitados por republicanos. Os mesmos que patrocinaram a crise financeira mundial.
Aplicar ali é, agora, temerário. E será também no futuro. As garras da águia e do urso foram mostradas ao mundo. As baratas, tontas, entrincheiram-se sob as geladeiras velhas das cozinhas sujas.
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