Não
existe competitividade sem
economias de escala
Em um mundo globalizado, não há espaço para o
desfazimento da União Europeia. Cada um dos países não sobreviveria apenas com seus mercados internos. A Europa se manterá unida,
enfrentará suas dívidas gigantescas e fortalecerá sua moeda. Isso é uma questão
de sobrevivência econômica.Os defaults serão distribuídos entre os estados e os agentes privados. A conta será paga. Se ainda se duvida disso, veja-se o arranjo alcançado pelo Conselho da União Européia para costurar o apoio à Grécia. Em síntese:
- FMI e União Europeia entram com €109 bilhões, ampliando prazos de vencimentos das obrigações e reduzindo as taxas de juros.
- Os vencimentos desse financiamento serão ampliados 7,5 anos para, no mínimo, 15 anos. A taxa de juros cairá para 3,5% ao ano.
- O setor privado entrará de início, com € 37 bilhões. O programa de recompra da dívida grega, de € 12,6 bilhões, elevará a participação privada para € 50 bilhões. No período de 2011 a 2019, a ajuda privada somará € 106 bilhões. Em outras palavras, “emprestou mal, fica com o mico”.
- As mesmas condições financeiras do empréstimo à Grécia serão garantidas a Portugal e Irlanda.
- Os vinte e sete países-membros da União Europeia deverão reduzir seus déficits públicos para 3%, em 2013.
Agora,
falta a Itália. La Belle Époque
financeira terminou. Austeridade é a palavra de ordem para os estados-membros.
Encerrado
esse capítulo, assisteremos ao próximo. Terá como ator principal, os Estados Unidos. Ele será a
"bola da vez". Sua liderança decorre do tamanho de seu mercado. Certamente, não
renunciará as suas economias de escala. Ali o acordo virá também.
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