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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Não vai ter refresco

Bancos continuarão na berlinda
Não tenho dúvida sobre a necessidade futura em trazer de volta a Selic a patamares mais altos em 2013. Algo como 8,5% para o final do próximo ano. Isso pode dar conta das pressões inflacionárias, mas não aliviará significativamente a competição no setor bancário. O processo de crescimento nacional também contribuirá para ganhos de eficiência nas operações financeiras, contribuindo para a redução proporcional dos custos bancários operacionais, estruturalmente altos. Entretanto, esses elementos não são suficientes para garantir as escalas necessárias, dando suporte aos custos e aos investimentos já incorridos pela rede bancária nacional.
Em breve, não restará mais nenhuma opção a não ser a internacionalização de nosso sistema financeiro. Bancos precisam sair do país à busca de novos mercados ou suas receitas e lucros estarão comprometidos.
A estratégia, no primeiro instante, deveria consagrar riscos menores no processo de internacionalização. Nesse caso, obediente ao modelo de Uppsala, a internacionalização poderia se fazer de forma gradativa, elegendo preferencialmente os países com menor distância psíquica em relação ao Brasil. Então, os países escolhidos poderiam ser México, Chile, Colômbia e Peru, ordenados segundo a atratividade de seus mercados internos.
O Mercosul pode ser uma alternativa apenas em momento posterior, quando os riscos políticos e econômicos estiverem minimizados. Considerações ainda possíveis estariam associadas a países africanos e aos mercados de menores riscos da Europa de Leste e da Ásia.

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