Bancos continuarão na berlinda
Não
tenho dúvida sobre a necessidade futura em trazer de volta a Selic a patamares
mais altos em 2013. Algo como 8,5% para o final do próximo ano. Isso pode dar
conta das pressões inflacionárias, mas não aliviará significativamente a
competição no setor bancário. O processo de crescimento nacional também
contribuirá para ganhos de eficiência nas operações financeiras, contribuindo
para a redução proporcional dos custos bancários operacionais, estruturalmente altos. Entretanto,
esses elementos não são suficientes para garantir as escalas necessárias, dando suporte aos custos e aos investimentos já incorridos pela rede bancária nacional.
Em
breve, não restará mais nenhuma opção a não ser a internacionalização de nosso
sistema financeiro. Bancos precisam sair do país à busca de novos mercados ou suas receitas e lucros estarão comprometidos.
A
estratégia, no primeiro instante, deveria consagrar riscos menores no processo de
internacionalização. Nesse caso, obediente ao modelo de Uppsala, a
internacionalização poderia se fazer de forma gradativa, elegendo
preferencialmente os países com menor distância psíquica em relação ao Brasil.
Então, os países escolhidos poderiam ser México, Chile, Colômbia e Peru,
ordenados segundo a atratividade de seus mercados internos.
O
Mercosul pode ser uma alternativa apenas em momento posterior, quando os riscos
políticos e econômicos estiverem minimizados. Considerações ainda possíveis
estariam associadas a países africanos e aos mercados de menores riscos da
Europa de Leste e da Ásia.
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