O
roto e o rasgado
A
semana na União Europeia não deve trazer maiores novidades. Entretanto, o
desafio germânico de evitar a saída da Grécia na Zona do Euro terá mais um
capítulo de suspense, com final bastante previsível.
O
primeiro ministro Samaras da Grécia fará uma rodada de conversações com as
lideranças europeias, entre elas, com a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente
francês François Hollande. O tema dessas conversações será, centralmente, a
dívida helênica e a avaliação das medidas de austeridade que, até agora,
geraram recessão, desemprego e desequilíbrios sociais, sem nenhum efeito na
recuperação econômica da região.
De
concreto até agora, não tivemos mais do que a preservação, na sua integridade,
da União Europeia. Recuperação econômica, que é bom, não aconteceu.
É
provável que após esses encontros que Samaras manterá individualmente com as governantes
daquela região, os principais líderes venham a ser reunir para decidir sobre um
novo pacote de medidas que pudessem servir de estímulo às economias locais e ao
comércio inter-regional.
Francamente,
em relação à Grécia já se formou o consenso sobre suas dificuldades de
superação do quadro econômico atual. O caso é dado como perdido, entretanto não
se quer abrir um precedente que permita a saída de qualquer estado-membro da
comunidade europeia.
Os
países periféricos precisam de apoio para evitar seus cenários de rupturas. O
problema será encontrar na França e na Alemanha a vitalidade financeira
suficientemente para fornecer o suporte requerido. Roto e rasgados se encontrarão
mais uma vez essa semana e devem empurrar com suas respectivas barrigas os
problemas mais para frente.
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