Os
discursos contemporizam.
Disfarçam a inexistência de soluções.
Dentro
do esperado, o Banco Central Europeu deixou a taxa de juros no mesmo lugar.
Mais tarde, Mario Draghi, o presidente da instituição, discursou de forma evasiva,
insistindo na ideia duvidosa de que o euro é irreversível.Em síntese, nada de novo, mas tudo com a costumeira veemência política. Também reforçou a ideia de que BCE poderá realizar operações no mercado aberto dentro do mandato da instituição. Outra afirmativa que já vem sendo anunciada de forma recorrente. Depois, concluiu com o óbvio: o BCE não pode substituir as soberanias nacionais no combate à crise.
Como era de se esperar, o mercado reagiu negativamente à inépcia repetitiva da instituição, mostrando-se incrédulo à reação da atividade econômica na Zona do Euro.
Todos tiveram a impressão de que os alemães estão vencendo essa guerra, impondo à região sua resistência tenaz aos perdões e outras generosidades pretendidas pelo presidente Draghi.
Nos Estados Unidos o discurso do baixo, mas consistente, crescimento, parece estar sendo substituído pelo reconhecimento da desaceleração.
O motivo para tanta resignação é a conhecida piora dos indicadores econômicos divulgados ultimamente.
Nem os norte-americanos acreditam mais em estímulos monetários. No que acreditar, então, se não há propostas alternativas às decisões no âmbito do Fed?
No Brasil, a produção Industrial veio abaixo do esperado, com alta de miseráveis 0,2%, em relação ao mês anterior. O mercado queria mais.
Bens duráveis apresentaram alta de 4,8, mas a indústria de bens intermediários caiu, em junho, 0,9%.
Mais do que incentivos e estímulos, a indústria precisa nesse momento de uma política cambial mais agressiva, da redução da carga tributária incidente sobre ela e de uma nova proposta em relação ao trabalho. Os encargos sociais são excessivos. Os recolhimentos a esse título são aplicados de forma ineficiente. O trabalhador não está protegido e o empregador revela-se exaurido.
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