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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

McDonald’s vai à falência

Coca-Cola é expulsa da Bolívia
Foram 14 anos tentando instalar o McDonald na cultura boliviana. Não deu certo. A empresa anunciou sua falência no território boliviano.
As suas oito unidades abertas foram simplesmente fechadas. Estavam instaladas nos pontos de maior potencial de consumo: La Paz, a capital do país, Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra.
Segundo os especialistas em marketing daquele país, os bolivianos têm rituais gastronômicos próprios que pressupõem a decisão coletiva e o preparo em comunidade dos alimentos. Portanto, foram barreiras culturais que levaram a proposta do McDonald à rejeição pelas comunidades locais.
Cultura é cultura. Aculturar nem sempre é tão simples. As comunidades locais interagem pouco com o mundo e as fagocitoses culturais não são tão simples em comunidades isoladas. O espelhamento social é ínviabilizado. 
Os especialistas insistem na ideia de que nas zonas montanhosas o uso predominante é de batatas e outras fontes de amido e carboidratos. Nos vales, a diversidade passa a incluir nas dietas as frutas, legumes, cereais e legumes. Por isso, dizem, o modelo o dos fast-foods nunca prosperou na Bolívia.
O imperialismo soçobrou: Yankees go home!
Para completar o quadro de reafirmação nacionalista, o governo de Evos Morales resolveu expulsar formalmente do país a Coca Cola, uma vez que seu governo resolveu repudiar as “imposições gastronômicas norte-americanas”.
No final desse ano, a Coca Cola deve estar fora da Bolívia, e o refrigerante será substituído pelo Mocochinche, um refresco à base de pêssego.
O governo de Evo Morales, em rompante nacionalista, afirma que a maioria dos refrigerantes, entre eles a Coca Cola, possui substâncias tóxicas capazes de provocar câncer e doenças cardiovasculares.
Mais do que um assunto político, esse tema deveria ser estudado à luz da teoria de marketing. Nenhuma das empresas consegue colocar suas propostas de valor naquela cultura e isso sugere um movimento de caraterísticas locais, absolutamente avesso às doutrinas de da globalização.
Que tal investigar o fenômeno na sua manifestação, antes de assumir o elemento ideológico como determinante dessa rejeição?

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