Banner

Translate

domingo, 5 de agosto de 2012

Agosto é mês de cachorro louco

BCE e o Fed decepcionam, logo no
início do mês. Brasil espera
por pacotaço.
Já estamos no dia 8 de agosto. Nos Estados Unidos, a anemia tomou conta da atividade econômica, especialmente do mercado de trabalho. Por isso, esperava-se pela ação mais contundente do Fed logo no início do mês. As expectativas tomaram proporções semelhantes às decepções do mercado quanto a novas medidas de expansão monetária.
Discutia-se, antes do pronunciamento de Bernanke, sobre as alternativas mais eficientes para reanimar a economia do país. Bernanke jogou um verdadeiro balde de água fria nos mercados.
Coisa semelhante aconteceu na Zona do Euro. A economia continua afundando e as autoridades econômicas não hesitaram em ampliar o tom de seus discursos sobre a necessidade de medidas, no plano monetário e no plano fiscal. A ênfase dada ao problema trouxe novo alento às expectativas dos agentes e renovaram esperanças sobre as medidas que seriam anunciadas pelo Banco Central Europeu. Mario Draghi ameaçou muito e não fiz nada. Mais água fria na fervura onde se cozinham as esperanças ocidentais.
Na China, a desaceleração resiste. A lendária paciência oriental esgotou-se e, com a folga propiciada pela inflação, as autoridades levam a cabo, esperançosamente, programa de estímulos, amparado em políticas fiscais e monetárias com o sentido de recuperar o ritmo de crescimento do país para a casa dos 8 a 9 % ao ano.
No Brasil, a vitória sobre Honduras e a apatia do consumo tornam-se episódio inexplicáveis. A economia não reage à medida alguma. A apatia é de tal natureza que já se fala em crescimento de 1,5% para esse ano. A situação tornou-se insustentável e a impressão deixada é que estamos jogando contra 12 ou 13 hondurenhos. Verdade seja dita, ganhamos só de 10 inimigos.
O Governo brasileiro terá que agir. Vai anunciar um plano que foi construído a partir de anúncios antecipados. O novo pacotaço deverá conter: privatizações, estímulos a investimento, redução do preço da energia para o setor industrial, desonerações horizontais pela economia, modificações no PIS/COFIM, flexibilização trabalhista e outros ingredientes mais.
As expectativas criadas são grandes, lembrando ainda que tudo o que venha a ser feito, só trará benefícios palpáveis no médio prazo e que, portanto, será melhor estar atento para não perder o bonde, mas não se precipitar para não pegar o coletivo errado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário