BCE
e o Fed decepcionam, logo no
início do mês. Brasil espera
por pacotaço.
Já
estamos no dia 8 de agosto. Nos Estados Unidos, a anemia tomou conta da atividade
econômica, especialmente do mercado de trabalho. Por isso, esperava-se pela
ação mais contundente do Fed logo no início do mês. As expectativas tomaram
proporções semelhantes às decepções do mercado quanto a novas medidas de
expansão monetária.
Discutia-se,
antes do pronunciamento de Bernanke, sobre as alternativas mais eficientes para
reanimar a economia do país. Bernanke jogou um verdadeiro balde de água fria
nos mercados.
Coisa
semelhante aconteceu na Zona do Euro. A economia continua afundando e as
autoridades econômicas não hesitaram em ampliar o tom de seus discursos sobre a
necessidade de medidas, no plano monetário e no plano fiscal. A ênfase dada ao
problema trouxe novo alento às expectativas dos agentes e renovaram esperanças
sobre as medidas que seriam anunciadas pelo Banco Central Europeu. Mario Draghi
ameaçou muito e não fiz nada. Mais água fria na fervura onde se cozinham as esperanças
ocidentais.
Na
China, a desaceleração resiste. A lendária paciência oriental esgotou-se e, com
a folga propiciada pela inflação, as autoridades levam a cabo,
esperançosamente, programa de estímulos, amparado em políticas fiscais e
monetárias com o sentido de recuperar o ritmo de crescimento do país para a
casa dos 8 a 9 % ao ano.
No
Brasil, a vitória sobre Honduras e a apatia do consumo tornam-se episódio inexplicáveis.
A economia não reage à medida alguma. A apatia é de tal natureza que já se fala
em crescimento de 1,5% para esse ano. A situação tornou-se insustentável e a
impressão deixada é que estamos jogando contra 12 ou 13 hondurenhos. Verdade
seja dita, ganhamos só de 10 inimigos.
O
Governo brasileiro terá que agir. Vai anunciar um plano que foi construído a
partir de anúncios antecipados. O novo pacotaço deverá conter: privatizações, estímulos
a investimento, redução do preço da energia para o setor industrial,
desonerações horizontais pela economia, modificações no PIS/COFIM,
flexibilização trabalhista e outros ingredientes mais.
As
expectativas criadas são grandes, lembrando ainda que tudo o que venha a ser
feito, só trará benefícios palpáveis no médio prazo e que, portanto, será melhor
estar atento para não perder o bonde, mas não se precipitar para não pegar o
coletivo errado.
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