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terça-feira, 30 de março de 2010

Bancos Brasileiros e o Show de bola

Sistema financeiro nacional
Acaba de sair pesquisa da consultoria Economatica sobre a rentabilidade sobre patrimônio líquido (ROE)dos bancos no continente americano.
Seria comparativamente como a classificação de um campeonato de futebol.Quem lidera o ranking são os times que mostram melhores gestão e qualidade técnica. E a métrica não poderia ser melhor - rentabilidade sobre patrimônio líquido (ou bolas nas redes) Os resultados mostram um sistema BRASILEIRO sólido e altamente rentável. Os bancos brasileiros registraram a maior rentabilidade entre os 20 maiores em ativos da América Latina e dos Estados Unidos no ano passado.
A primeira posição é ocupada pelo Banco do Brasil com surpreendente ROE médio de 34,74%. O ROE (Return on equity) equivale ao retorno sobre o patrimônio líquido.
Em uma analogia simples é como se o BB fosse capaz de comprar a si mesmo com 3 anos de lucros.
As duas posições seguintes também são de bancos brasileiros: Itaú-Unibanco (24,19%) e Bradesco (23,82%). Os norte-americanos Goldman Sachs (19,82%) e American Express (16,23%) completam os cinco primeiros lugares.
O ROE médio das 20 primeiras organizações está em 11% . O que equivale a dizer que os bancos americanos precisam de 9 anos para para compor seu patrimônio líquido com os lucros gerados. O BB faz isso em 3 anos.
As empresas brasileiras posicionadas na cadeia de suprimentos da indústria financeira (como a FRACTALCONSULT e ECONOMÁTICA) poderão aproveitar a oportunidade e se consolidar no mercado internacional.
Com estes números fica claro o motivo para o Brasil sediar a base financeira da América Latina. Além de futebol agora exportaremos tecnologia bancária.
PROF RAMIRO GONÇALEZ FIA
@ramirogoncalez
ramirogon@uol.com.br

Resultado da última enquete

Inflação precisa de tratamento
Nossa enquete trouxe a certeza de que apenas o aumento do compulsório não será o bastante para dar conta do recrudescimento inflacionário a que nossa economia estará sujeita nos próximos períodos.
Contingenciar o crédito pareceu, aos que votaram, uma idéia razoável. Associada à redução da liquidez, poderia dar trégua aos preços no mercado interno. O IGP-M a ser divulgado amanhã pode nos ajudar nessa decisão.
Alguns de nós já considera a elevação dos juros como indispensável. Seria menos trabalhoso e mais prático para o Copom decidir pelo aumento, evitando reclamações do sistema financeiro que quer continuar emprestando. Há metas para esses executivos. Os ganhos embolsados pelo sistema produzirá uma boa motivação nos bônus previstos para eles. A desculpa será:é preciso crescer. Resta esquecido que o aumento das taxas de juros produz efeitos contrários.

Uma visão para a economia brasileira

5a Postagem - Cenário 2010
Brasil alheio à crise, caminha sobre
seus próprios pés
6) BRASIL
A estimativa para o crescimento da economia nacional é de 5,5% para 2010. O consumo doméstico, maior determinante desse crescimento, deverá crescer 5,0% nesse período.
A forte recuperação na produção industrial, associada ao reduzido nível de investimentos em 2009, levaram a índices de utilização da capacidade instalada próximos a 81,0%. Diante das expectativas de crescimento do PIB nacional, os setores público e privado serão obrigados a investimentos adicionais, aumentando a taxa de formação bruta de capital fixo ao longo de todo ano. A primeira manifestação dessa expansão, de modo geral, ocorre pela expansão dos níveis de emprego. Durante 2010 é de se esperar pelo forte crescimento do número de novas vagas, pela escassez da mão-de-obra especializada e por ganhos salariais expressivos em alguns setores da economia, bem como pela expansão da massa salarial. Os investimentos em ativos fixos deverão se expandir a uma taxa de 15% nesse período.
Esse maior nível de investimentos deverá pressionar o nível de importação de bens de capital. Como a expansão da oferta e sempre mais lenta e posterior ao crescimento da demanda espera-se por uma pressão adicional nas quantidades importadas pelo crescimento das compras internacionais de bens de consumo. O déficit em nossa conta corrente crescerá em 1,0 ponto percentual, ou seja, de 1,3 % para a 2,3% do PIB.
Esse déficit de conta corrente não deve se constituir em um problema maior, dado o influxo de capitais estrangeiros para o país deverá mais que compensá-lo, em função da melhor percepção do risco Brasil. O investimento externo direto deverá ter seu fluxo aumentado em mais de 50% em relação a 2009.
O aumento desses investimentos externos diretos que em grande parte financiarão o crescimento da formação bruta de capital fixo tende a manter o real valorizado em relação ao dólar. Entretanto, o aumento das importações e a piora dos resultados da conta corrente devem minimizar essas pressões. Confirmada a recuperação americana, o dólar também deverá valorizar-se em relação a outras moedas. Uma taxa de R$ 2,00 por dólar pode ser esperada mais para o final do ano.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Relações internacionais pedem equilíbrio da política cambial

Câmbio
DCI de hoje

Endurecendo o jogo

Cortes no Orçamento  e inflação
O governo federal resolveu endurecer o jogo aos 40' do segundo tempo. Anunciou cortes no Orcamento de 2010. Vai manter os invetimentos e derrubar os custos. Isso melhora alguns problemas estruturais da vida fiscal brasileira e pode se constituir em importante vertente de combate à inflação. Olhem a convicção do ministro em ano eleitoral:
http://www.youtube.com/watch?v=aVi3CLK0UDk
http://www.youtube.com/watch?v=DuszfF0_QL8
http://www.youtube.com/watch?v=Yc9_qm3Pop0
http://www.youtube.com/watch?v=Yc9_qm3Pop0

Enquanto se espera

Ainda reina uma grande indefinição
O Ibovespa encerrou o último dia da semana sem sentir novamente o gosto dos 70.000 pontos. Está perto. Encerrou a sexta feira em 68.682 pontos. No acumulado da semana, desvalorizou de 0,21%.
A moeda norte-americana valorizou-se. Ganhou 1,05% em relação à moeda nacional, cotada a R$1,8260. Explicações são sempre encontradas no mercado internacional.
O Plano de ajuda à Grécia, apoiado na ação conjunta da União Européia e do FMI, agradou aos investidores americanos e desagradou aos europeus. Também a Confiança do Consumidor, em Michigan, apareceu como uma informação bastante alentadora uma vez que superou todas as expectativas, alcançando 73,6 pontos em março.
Como nem tudo são flores, ao promover a última revisão do PIB dos Estados Unidos do 4º trimestre do ano passado, chegou-se a 5,6% de crescimento. Isso soou no mercado como frustrante. Na verdade, o número é bom. Analistas, contudo, esperavam mais.
Na Europa, parece que o mercado resolveu embolsar seus ganhos e resolveu fazer um dia de realizações. Os principais mercados na Ásia também gostaram do Plano de ajuda a Grécia.
Em outras palavras, foi uma semana de espera e de indefinições. Esperam-se notícias sobre a recuperação. Sinceramente, está mais fácil de acontecer o contrário. Particularmente, espero pelos efeitos de uma possível valorização do yuan e de uma alta dos juros na China. Espero ainda pelas novas explosões das bombas-relógio montadas nos países bálticos e no leste da Europa. Espero, por fim, as medidas de combate ao forte endividamento nas principais economias da UE. Vai sobrar para todo mundo. O dólar pode se valorizar mais fortemente. Sobretudo, se vierem notícias positivas sobre a aguardada recuperação do emprego e dos gastos nos Estados Unidos.
No Brasil foi publicada a sondagem industrial de fevereiro, que indicou estabilidade, aos 50,8 pontos da produção frente ao mês anterior. Isso também é bom.
Sugiro observarmos no Brasil, nessa semana, o comportamento da inflação. Sai o IGP-M da FGV. Sai também a Balança Comercial de março. Pode haver melhoras com o início da exportação da safra desse ano de grãos. O desempenho da indústria estará sendo relatado pela pesquisa industrial mensal do IBGE e pelos indicadores industriais da FIESP. A maior expectativa, entretanto, está na publicação da Nota de política fiscal do BACEN. Vou postar alguns vídeos sobre os cortes no Orçamento para esse ano. Parece que a coisa é realmente séria. O governo, em ano eleitoral surpeende com a austeridade que anuncia.
Do front norte-americano podem vir boas novas, com a divulgação dos índices de rendimento e gastos pessoais e da variação da folha de pagamentos de março. A expectativa é otimista e acho que pode se realizar. Seria um novo alento aos mercados. Aguardam-se também pelos dados do mercado de trabalho e do mercado imobiliário. Aqui penso que as novidades não serão tão boas. Não há sinais evidentes que possam construir expectativas melhores nesses dois mercados.

domingo, 28 de março de 2010

Eventos dessa semana

Alguns pedem bloqueio da agenda pessoal, por um período todo.
 São realmente imperdíveis
De 29 de março a 3 de abril de 2010
30.03 Terça
- LXXVIII DISCUSSÕES METODOLÓGICAS
Fórum para apresentação e discussão das primeiras ideias, anteprojetos, projetos e pesquisas em andamento para elaboração de teses, dissertações e artigos
Das 14h às 17h, FEA-3 (indicação da sala no dia do evento)Responsável: Prof. Dr. Gilberto de Andrade Martins
Realização: EAC-FEA/USP
Para apresentar seu projeto entre em contato no site:
http://www.eac.fea.usp.br/eac/observatorio/
Inf.: por e-mail
martins@usp.br
- PALESTRA SOBRE OS RESULTADOS DO ESTUDO:
“Contrato psicológico - compreensão e uso para a gestão”
Às 19h15, sala da Congregação, FEA-1
Palestrantes: Profs. Drs. Letícia Menegon e Tania Casado
Responsável: Profª. Drª. Tania Casado
Realização: PPGA/FEA-USP
Inf.: tcasado@usp.br
31.03 Quarta
- OFICINA DO PENSA
The National Biodiesel Program of Brazil: transition or transmission?
Dia 31 de março, das 11h às 13h, Ruy Leme, FEA-1
Participante: Sarah Stattman (PhD candidate of the 'Environmental Policy Group' and the 'Law and Governance Group')
Responsável: Profª. Drª. Maria Sylvia Macchione Saes
Realização: PENSA/FEA-USP
Inf.: 3091-5905
- UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE
Palestra: Balanço contábil das Nações: reflexões sobre mudanças climáticas globais
Às 14h, sala a definir
Palestrante: Prof. Dr. José Roberto Kassai
Responsável: Prof.ª Dr.ª Marina Mitiyo Yamamoto
Realização: Comissão de Cultura e Extensão da FEA e Pró-Reitoria de Cultura e Extensão
Inf.: 3091-5872, com Rose
cpqcexfea@usp.br
Defesas de Teses- Administração
MARCOS ROBERTO PISCOPO
Doutorado
“Strategic Issues em projetos globais de inovação tecnológica em empresas multinacionais brasileiras”
Dia 29 de março, às 14h30, sala 217, FEA-5
Orientador: Prof. Dr. Roberto SbragiaComissão: Profs. Drs. Moacir de Miranda Oliveira Junior, Milton de Abreu Campanário, Afonso Carlos Correa Fleury e Luis Carlos Di Sério
- Economia
THOMAS HYEONO KANG
Mestrado
“Instituições, voz política e atraso educacional no Brasil: 1930-1964”
Dia 30 de março, às 14h, Sala de Videoconferência da Biblioteca
Orientador: Prof. Dr. Renato Perim Colistete
Comissão: Profs. Drs. Dante Mendes Aldrighi e William Roderick Summerhill
Agende-se
- COMPETIÇÃO DE RESOLUÇÃO DE CASOS 2010
Inscrições: 5 a 23 de abril
Competição: 30 de abril a 12 de maio
Responsável: Cristiane Gazzanel
Realização: FEA júnior USP
Inf.: no site: http://www.competicaodecasos.com.br/
- WORKSHOP DOS ALUNOS DA PÓS-GRADUAÇÃO
Gerenciamento da Dívida Pública: um estudo para o caso Brasileiro
Dia 5 de abril, às 11h30, sala A3, FEA-1
Apresentador: Guilherme Tinoco (Mestrado)
Orientador: Prof. Dr. Sigfried Bender
Responsável: Prof. Dr. Ricardo Madeira
Realização: Coordenação de Pós-Graduação do EAE
Inf.: 3091-5802
http://www.usp.br/feaecon/posgraduacao.php?i=221
e-mail: recruiting.saopaulo@bain.com
(“assunto: data e local, Ex: FEA, 5/4”)
http://www.feaconsultingclub.com.br/
- CURSO - ESTRUTURAÇÃO DE ARTIGO PARA PUBLICAÇÃO INTERNACIONAL
Dia 6 de abril, das 9h às 17h, Auditório, FEA-5
Responsável: Dulcinéia Jacomini
Realização: SIBi-USP
- SEMINÁRIO ACADÊMICO
Informal Wages in an Economy with Active Labor Court
Dia 9 de abril, às 11h30, sala A1, FEA-1
Palestrante: Vladimir Poczek (EESP-FGV)
Responsável: Prof. Dr. Marcos Rangel
Realização: Coordenação de Pós-Graduação de Economia FEA-USP
- REUNIÕES DA REDE FEA-USP DE GESTÃO DA QUALIDADE DE VIDA
60ª. Políticas Empresariais e Gestão da Qualidade de Vida
Dia 14 de abril, das 11h30 às 13h30, sala Ruy Leme, FEA-1
Responsável: Profª. Drª. Ana Cristina Limongi-França
Realização: GQVT FEA-USP
Inf.: 3091-5908
Inscrições por e-mail: climongi@usp.br
- Curso de PowerPoint
Dia 15 de abril, na FEA-USP, às 17h, STI, FEA-USP
Dicas sobre como montar uma apresentação e efeitos no PowerPoint
Vagas Limitadas
Responsáveis: Renato Menezes, Bianca Pupo e Felipe Verrastro
Realização: FEA júnior USP, FEA Consulting Club e CompuClass
Inf.: 3091-5904
- SEMINÁRIO - O FUTURO DA UNIÃO EUROPEIA: O TRATADO DE LISBOA EM VIGOR
Dia 15 de abril, das 17h30 às 20h e dia 16 de abril, das 9h30 às 17h30, Auditório, FEA-5
Responsável: Profª. Drª. Maria Hermínia Tavares de Almeida
Realização: Fundação Konrad Adenauer e IRI –USP
- SEMINÁRIOS IBRET
Fator Acidentário de Prevenção (FAP): Como as empresas e os trabalhadores estão se adaptando?
Dias 22 de abril, 18 de maio e 15 de junho, das 13h às 17h30, sala da Congregação e Auditório, FEA-USP
Responsável: Prof. Dr. Hélio Zylberstajn
Realização: IBRET
Inf.: 2922-9626 ou 3091-5889
- 7º CONTECSI
International Conference on Information Systems and Technology Management
De 19 a 21 de maio, das 9h às 18h, na FEA-USP
Responsável: Prof. Dr. Edson Luiz Riccio
Realização: TECSI/FEA/USP
Inf.: 3091-5820
- 2ND BRAZILIAN WORKSHOP OF THE GAME THEORY SOCIETY IN HONOR OF JOHN NASH
On the occasion of the 60th anniversary of the Nash equilibrium
De 29 de julho a 4 de agosto, na FEA-USP
Convidados: John Nash (Prêmio Nobel de Economia 1994), Robert Aumann (Prêmio Nobel de Economia 2005), Roger Myerson (Prêmio Nobel de Economia 2007), Eric Maskin (Prêmio Nobel de Economia 2007)
Responsável: Profª. Drª. Marilda Sotomayor
Comitê: Profs. Drs. Marilda Sotomayor, Maurício Bugarin, Adhemar Villani Junior, Gustavo Andrey e Joe Yoshino
Realização: EAE
Inscrições abertas
Inf.: 3091-5802

Festa na fazenda, outra vez

Preços recebidos pelo agropecuarista só crescem. A alta foi de 6,88%, na terceira quadrissemana de março
O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) registrou alta de 6,88% na terceira quadrissemana de Março de 2010. O IqPR-V (produtos de origem vegetal) e o IqPR-A (produtos de origem animal) fecharam com variação positiva de 9,04% e de 1,53%, respectivamente. Quem pesquisa isso tudo é o Instituto de Economia Agrícola, cujo site sugiro a todos.
O IEA exclui para cálculo desse índice a cana-de-açúcar devido ao peso elevado na ponderação dos produtos.
Mas é bom lembrar que a cana-de-açúcar continua subindo de preço.
As maiores altas, entre os produtos vegetais, foram: tomate (84,98%), banana nanica (51,53%), feijão (44,78%), laranja para mesa (44,19%), carne suína (9,16%) e ovos (8,55%).
Chuva demais atrapalha associada a altas temperaturas são inimigos da produção de produtos olerícola. Enchentes comprometem a produção de banana, de modo geral, produzidas em áreas baixas e úmidas. O feijão, com preços defasados no ano passado, teve seu plantio desestimulado nesse ano. Mesmo assim, o preço atual é ainda muito baixo em relação ao csto de produção. O preço da laranja de mesa reflete a perda de sua última florada, em fução das chuvas do final de 2009 e do início 2010.
Quem caiu? Arroz (-8,01%), carne de frango (-4,56%), soja (-4,06%), trigo (-3,82%) e milho (-2,62%). Essa é a ingratidão dos cereais. Na colheita, os preços caem.

Uma visão para a economia chinesa

4a Postagem - Cenário 2010
China bombando em cima de
 sua moeda desvalorizada
5.3. CHINA E SEU FORTE CRESCIMENTO
A recuperação econômica da China, durante o ano de 2009, foi tão espantosa que sua produção industrial já atingiu os níveis anteriores à crise. Espera-se que essa produção cresça a nada menos de 14% em 2010, puxada pela agressividade de suas exportações. Os gastos do governo devem crescer em 16% no mesmo período, enquanto o PIB se expandirá em mais de 9,5%. Nesse aspecto há de se considerar a manutenção do forte nível de investimento em infra-estrutura, sustentando, em boa medida, o ritmo de crescimento da produção industrial.
Essas previsões colocam algumas pedras no caminho do crescimento chinês. A política fiscal exigirá, segundo o entendimento das autoridades econômicas do país, um ajuste fiscal, baseado no redirecionamento dos investimentos em infra-estrutura, de segmentos cujos efeitos multiplicadores sejam muito fortes, para outras áreas onde o efeito multiplicador seja menor. O problema é que essa definição não pode deixar à margem o apelo social, com a saúde, educação e moradias. Trata-se, portanto, de uma equação de difícil solução que pode pressionar ainda mais o crescimento e gerar riscos inflacionários adicionais. Considerada essa situação de gastos públicos elevados, o crescimento excessivo do crédito em 2009, bem como os altos preços das commodities importadas, a China pode se ver obrigada, ainda esse ano, a inaugurar um ciclo de aperto monetário, acompanhado da valorização de sua moeda. Nessa hipótese, pode sobrar para o mundo todo.

sábado, 27 de março de 2010

Modelo sem posicionamento?

Para entender a fragilidade econômica dos sites de informações na web

O estudo conduzido pelo Pew Research Center insiste em que "é possível explicar o resultado de uma sondagem, na qual 72% dos americanos estima que as fontes de informação postas a sua disposição são baseadas em coberturas sobre atualidades”.
Na web, os sites de mídias tradicionais geram 67% do tráfego dos 200 sites de informação mais visitados, conforme os dados do Instituto Nielsen NetRating citado no relatório. Os 13% restantes vem de conteúdistas, como o Google Notícias e dos sites de informação dos chamados de “players puros”, ou seja, aqueles que freqüentam apenas a internet e nenhuma outra mídia. As novas mídias são dependentes dos velhos suportes: 80% das consultas aos blogs ou às redes sociais visitadas decorre de estímulos realizados pelas mídias tradicionais americanas.
Trata-se, portanto, de um esforço coletivo da imprensa em migrar seus próprios clientes para sites pertencentes à sua própria organização, antes que alguém o faça. No Brasil, o caso mais evidente é o do grupo da Globo com seus diversos sites. TV’s, rádios e jornais remetem seus ouvintes para os sites, transformando suas audiências em internautas. A estratégia poderia identificar-se com a de “põe a coroa sobre tua cabeça, antes que algum aventureiro lance mão dela”.
Os autores do relatório ainda manifestam suas preocupações com as conseqüências dessa revolução no tratamento das informações. “A tecnologia digital enfatiza a urgência. As redações priorizam a difusão cada vez mais rápida das informações e a maior alimentação das plataformas desses sites. O tempo dedicado à disseminação é bem maior do que o tempo aplicado à busca e à coleta das informações, produzindo a tendência em tornar o jornalista mais reativo e menos crítico e reflexivo". Essa transformação beneficiará o comunicador que poderá ver sua notícia reproduzida muito mais facilmente pela imprensa, embora desacompanhadas das críticas e reflexões características de outras mídias.
O que se observa, portanto, não é só a inexistência de um modelo de negócios. A proposta comprometida apenas com a quantidade e a velocidade do fluxo de informações não parece sustentável. Falta, sem dúvida, um modelo de gestão, mas não há gestão que se suporte sem um posicionamento estratégico adequado à natureza dos mercados.
No próximo mês estaremos discutindo esse assunto com os homens de negócios desse setor na FIA/FEA/USP. Vou informá-los sobre data e horário proximamente.

Uma visão para a economia da UE

3a Postagem - Cenário 2010
Europa parada, rumina seu endividamento
5) ANÁLISE DAS PRINCIPAIS REGIÕES DO MUNDO
5.2. EUROPA
Como nos Estados Unidos, as expectativas de recuperação da demanda externa contribuirão, de forma mais decisiva, para o crescimento econômico europeu. Internamente o crescimento é anêmico. Investimentos estão estagnados, o consumo e a renda estarão em movimentos descendentes, o nível de desemprego em elevação. O PIB local não deve superar 1,2% em 2010. A Alemanha e a França deverão puxar o crescimento das exportações européias. Para 2010, o crescimento médio das exportações da região deverá ultrapassar ligeiramente os 5,0%, enquanto na Alemanha e na França o crescimento das exportações deve ultrapassar os 6,0%.
O setor público europeu vive seus piores momentos. Os déficits dos estados e suas dívidas obrigarão a uma retirada mais rápida dos estímulos fiscais concedidos até agora. O elevado nível de desemprego e as demandas sociais crescentes imporão dificuldades adicionais ao combate a esses déficits, dificultando suas reduções durante 2010. A perspectiva de déficit é de 7,7% do PIB da Zona do Euro para 2010, contra os 6,1% em 2009.
Merecem acompanhamento especial o ritmo de crescimento dos déficits públicos e a deterioração do perfil da dívida em muitos das economias européias. Casos como o da Grécia, Portugal, Espanha, Itália podem comprometer a percepção de risco dos países da região, pois eles são os maiores credores da dívida soberana dessas nações.
Uma alerta especial para os países mais a leste, cujas economias estão também fazendo água. Sobretudo aqueles pertencentes à antiga URSS. Nesse lado do mundo, espera-se por eventuais instabilidades financeiras, com razoável poder de contágio. Daí devem vir as próximas instabilidades financeiras.

sexta-feira, 26 de março de 2010

A busca por um modelo de negócios (para meu amigo Ramiro Gonçalez)

Estudo conduzido nos EUA aponta a fragilidade econômica dos sites de informações na web
Deu no Le Monde
A transição de um modelo de papel para um modelo via web não garantira o futuro da imprensa. É o resultado de uma pesquisa anual sobre as mídias nos Estados Unidos, realizado pelo Projeto para a Excelência jornalística do Pew Research Center. O estudo mostra que pouco a pouco vai tornando-se mais evidente que o jornalismo on-line não encontra um modelo rentável. O relatório 2010 foi publicado dia 15 de março.
79% dos entrevistados, leitores de temas econômicos on-line declaram que jamais clicar, ou apenas raramente clicam, sobre uma publicidade. Eles simplesmente ignoram essas publicidades. A publicidade convencional não será capaz de financiar a imprensa on-line.
A solução também não passa por um modelo de assinaturas pagas pelos usuários: apenas 35% dos entrevistados tem um site de informação preferido e, entre esses, somente 19 % continuariam a consultar esse site se devesse pagar por isso. "Isso significa que apenas 7% dos internautas que se informam por meio da web se diz pronto a abrir suas carteiras para pagar”, analisa o especialista da Pew.
Em 2009, as receitas publicitárias dos jornais, incluindo seus sites, caíram 26%. Nos três últimos anos, a queda foi de 43%. A publicidade on-line, que deveria salvar o setor, sofreu uma queda de 5% em 2009. Tom Rosenstiel, coordenador do estudo, insiste que “mesmo que a economia melhore, haverá cortes de empregos no setor em 2010”.
O único setor em expansão entre as mídias convencionais nos Estados Unidos e a televisão a cabo, um segmento onde a cadeias de notícias comentadas ficam com a parte do leão.
Mês que vem vamos fazer um evento na FEA/USP para discutir esse assunto. Interessa discutir os modelos de negócios para as mídias on-line. Vou avisá-los da data e do horário do evento.

Uma visão para a economia norte-americana

3a Postagem - Cenário 2010
Devagar e sempre
5) ANÁLISE DAS PRINCIPAIS REGIÕES DO MUNDO
5.1. ESTADOS UNIDOS
Os últimos indicadores de atividade econômica dos EUA mostraram resultados muito positivos, sinalizando para um crescimento do PIB norte-americano em tono de 2,9% em 2010 e de 3,2% em 2011.
Esse crescimento deve obedecer a duas vertentes básicas. A primeira caracterizada pela expansão de suas exportações, ajudada pelo relativo enfraquecimento de sua moeda em relação às demais moedas fortes e pelo aquecimento da demanda interna, puxada especialmente pela China. Estima-se que as exportações do país deverão crescer em 12,0% em 2010. A segunda, decorrente da lenta recuperação do emprego e da renda, promoverá um elemento adicional relevante para minimizar as tensões sociais criadas a partir da crise financeira.
Esse crescimento se traduzirá em um novo impulso à produção industrial do país que deverá alcançar os 3,0%, em 2010.
Quanto ao consumo doméstico não se deve esperar por nenhum resultado maior no curto prazo. Como já dissemos, a recuperação americana será lenta e seu consumidor aprendeu com a crise a utilizar-se de estratégias mais defensivas. Prefere reduzir seu endividamento e ampliar sua poupança antes de voltar ao consumo. A taxa crescimento do consumo não deve atingir os 1,8% em 2010.
No mercado de trabalho repousam as maiores dúvidas. O desemprego deve manter-se ainda elevado em 2010. A taxa de desemprego deve situar-se entre 9,0 e 10,0%, em 2010. A criação líquida de vagas de trabalho poderá contribuir para a redução do desemprego apenas modestamente nesse período. Como se vê enxugar a liquidez e retirar estímulos tem seu preço, mesmo que os juros não sejam elevados.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Negócios com a China envolvem riscos

Sugiro uma avaliação mais cuidadosa
A China guarda alguns problemas sobre sete chaves.Há disputas bélicas de natureza internacional. Territórios são disputados entre a china e Taiwan, Índia, Tadjiquistão, Vietnã, Butão, Coréia do Norte, Malásia, Filipinas, Brunei, Indonésia e Japão. Guerras fronteiriças, muitas vezes de caráter étnico e que aparecem como verdadeiras bombas relógio para explodir a qualquer momento. São 14 países fazendo fronteiras com o território chinês, ao longo de 22.117 km. Só para se ter idéia: de São Paulo a Vitória, no Espírito Santo, temos cerca de 1.000 km de distância. As populações vizinhas são bastante numerosas e com um relativamente baixo nível sócio-cultural. Ou seja, bons guerreiros, pelo menos em tese.
Japão e pelo Taiwan conferem à China uma maior inserção no mercado internacional. O Japão é uma potência asiática e mundial e as relações entre os dois países garantem à China certa proteção nas relações comerciais com o resto do mundo.  A economia chinesa, de algum tempo para cá, alcançou uma clara auto-suficiência em relação ao Japão e já dispensa sua tutela e endosso em relação aos mercados globais. Por outro lado, a economia chinesa dá sinais de sua fragilidade ao não conseguir administrar suas pressões inflacionárias e sua descabida política cambial. As assimetrias e beneplácitos alcançados, sobre o manto protetor japonês, já não são mais aceitos pela comunidade internacional. Coloca-se nesse instante, de forma ainda silenciosa, em questão, a sustentabilidade dessa economia, se desprovida de subsídios e proteções. O país suportaria as pressões de seus vizinhos? Sobreviveria economicamente se a comunidade internacional exigisse dela práticas comerciais realmente competitivas? Conseguiria, nessa hipótese, manter seu tecido social imune a qualquer esgarçamento?
Assusta-me a possibilidade de os empresários internacionais levarem esses temas à discussão, objetivando decidir sobre seus investimentos naquele país.
Conforta-me pensar que, entre os BRICs, o Brasil emerge como uma democracia madura e em processo avançado de consolidação. Estamos à frente.

Subir juros?

Em busca da eficiência no
combate à inflação
O volume total de crédito no Brasil caminha para atingir 50% do PIB. Vamos subir os juros? Conviria lembrar que as famílias brasileiras ostentam uma dívida junto aos agentes financeiros na casa dos R$ 600 bilhões.
É chegado o momento de algum contingenciamento do crédito ao consumidor. No setor imobiliário já temos uma bolha de preço. Aqui o comprador compra crédito, não imóvel. E a festa continua, com metro quadrado chegando a R$ 9.000,00. Passou do ponto.
O consignado está uma festa. Tudo isso traz liquidez excessiva ao sistema.
Para as empresas o dinheiro ainda é escasso e seu custo continua a subir. Então, depreendo que a produção e a comercialização estão punidas. Não aumentaremos a oferta na mesma velocidade do consumo. Inflação na certa.
Melhor contingenciar o crédito seletivamente e rápido.

Cenário - continuação

2a Postagem - Cenário 2010
Nem tudo são flores
4) OS GRANDES OBSTÁCULOS DE 2010
A estratégia adotada para a recuperação econômica baseou-se, como já dissemos, em estímulos fiscais e financeiros, na expansão das bases monetárias nacionais e na sustentação da oferta de crédito, garantindo a liquidez dos sistemas financeiros locais. Como conseqüências mais imediatas são de se esperar pelos efeitos negativos dessas medidas e que deverão ser combatidos com a mesma determinação que caracterizou suas implantações.
 a) Déficits fiscais e dívidas públicas crescentes.
A evolução dos gastos dos estados nacionais, para garantir a retomada do crescimento, mais que triplicou os déficits dos Estados Unidos e da Europa em relação aos seus respectivos PIBs de 2007 para 2009.
b) Fim dos estímulos fiscais e elevação dos juros
A retirada de estímulos fiscais será iniciada em 2010, sob pena de levar estados à insolvência. Naturalmente, é de se esperar pelas elevações das taxas de juros na Zona do Euro, Reino Unido, China (já em curso) e Brasil. Nos Estados Unidos essa elevação, como já anunciado, estará precedida por estratégias de enxugamento da liquidez excessiva, o que faz crer em um novo ciclo de aperto monetário apenas no final de 2010 ou início de 2011.
Conclusão
Déficits, dívidas, retirada dos incentivos e aperto monetário tornarão a recuperação econômica um fenômeno lento e paulatino. O Brasil terá suas exportações ainda muito concentradas na China. Estados Unidos e Europar não contribuirão para a retomada brasileira de forma expressiva.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Guido Mantega

Uma visão para 2010

Jornal da Tarde

Compartilhar custos e aumentar receitas é o segredo dos correspondentes bancários

Brasil Econômico

 Correspondentes Bancários: a eficiência no compartilhamento do canal de disribuição 

Revisitando projeções para 2010

Cenário revisto
Inicio hoje uma série de 3 ou 4 postagem, tentando ajustar as previsões para 2010. Baseio o trabalho na consulta aos principais escritos sobre a matéria.
1a Postagem - Cenário 2010: Overview
1) CRESCIMENTO MUNDIAL
As dívidas européias se constituíram em um teste para a economia mundial. Grécia, Espanha, Portugal e Itália não conseguiram desfazer as expectativas de recuperação econômica mundial.
As perspectivas, em linhas gerais, são de crescimento. Nas economias desenvolvidas - Estados Unidos, Europa e Japão. Esse crescimento está limitado pelas elevadas dívidas dessas regiões e pelos altos déficits públicos. Por outro lado, fica mantida a expectativa de crescimentos mais fortes entre os emergentes, sobretudo em relação à China, Brasil e Índia.
Dívidas e déficits podem ser explicados pelo uso simultâneo de ferramentas econômicas de combate à crise internacional: juros baixos, programas audaciosos de estímulos ao consumo, além de uma inusitada expansão do crédito e da expansão das bases monetárias articulada pelos Bancos Centrais dos países desenvolvidos.
As estimativas dos organismos financeiros internacionais e de outros grandes agentes econômicos fazem imaginar que o crescimento do PIB mundial deva estar em torno de 3,0% para 2010, e de 3,3% em 2011.
Para os emergentes, responsáveis por boa parte dessa expansão, o crescimento previsto, para esse ano e o próximo, em torno dos 6,1%.
2) INVESTIMENTOSCom a superação da crise ainda em andamento, o mundo retoma os investimentos. Durante todo o período mais agudo da crise os empresários perderam a confiança em suas economias em função da queda abrupta da demanda e da escassez repentina do crédito. Superados esses problemas, as previsões apontam para uma taxa anual 9,0% para 2010 e 2011. Para o Brasil, dados seus programas de investimentos na área pública e os aportes vindo do exterior, espera-se uma taxa anual de 15%.
3) PRODUÇÃO INDUSTRIAL
A produção industrial será dada pela recuperação do consumo, promovendo a redução dos níveis de estoques, a geração dos empregos extintos durante a crise e a expansão do fluxo mundial de comércio.
Em números, a produção industrial no mundo deve crescer pouco acima de 6,0 %, em 2010. Em 2009, a produção industrial do mundo caiu quase 7,0%.
Nas economias desenvolvidas o crescimento da produção industrial deve girar em torno de 0,5%, em 2010, enquanto nos países emergentes essa taxa ser substancialmente mais alta 9,0%.
Como decorrência desse crescimento, o fluxo do comércio mundial crescerá na casa dos 6,0% em 2010.
A queda em 2009 foi de 12,5%.

terça-feira, 23 de março de 2010

Não se trata apenas de recuperar a demanda

Espanha prepara plano de recuperação a partir de medidas para expansão industrial, do crédito e do emprego
Deu certo no Brasil com o nome de política anticíclica. Pode funcionar na Espanha. O presidente José Luis Rodríguez Zapatero anunciou um plano para recuperação da economia espanhola, cujo teor dependerá da concordância dos membros do legislativo espanhol. Será necessário um acordo político sobre as medidas, sobretudo porque, segundo Zapatero, as novas iniciativas envolvem esforços para ampliação da austeridade fiscal, aumento da competitividade da economia do país e medidas para estímulos à inovação. Serão medidas, segundo o presidente espanhol, compatíveis com a orientação geral que seu governo está imputando ao conjunto das reformas para alcançar uma economia sustentável.
Claro que a oposição vai discordar, em boa medida. Por outro lado, não pode negar-se a aprovar. Isso poderia suscitar contra si os ânimos espanhóis que já estão suficientemente exaltados. Como se sabe, "espanhóis exaltados" chega a ser pleonasmo. E a oposição não quer isso contra si. As medidas têm apelo popular. Aumentam empregos, estimulam o setor de reformas de habitações e disponibilizam crédito ao consumidor.

Zapatero critica basicamente o superdimensionamento do setor de construção e o tamanho acanhado do parque industrial espanhol quando comparado aos demais países europeus países europeus. Com seu plano espera conseguir criar novos postos de trabalhos, com maior qualificação e maiores salários. A pedra de toque dessas medidas diz respeito a resultados que as medidas obterão no novo processo industrial espanhol. Vamos aguardar.

China na retranca. Favores ou comércio?

Crescem as tensões nas relações comerciais da China com os EUA
As tensões agravaram-se logo após o Senado norte-americano anunciar, na semana passada, sua intenção de impor tarifas mais elevadas aos produtos chineses se a China não alterar sua política de câmbio.
A resposta chinesa veio em seguida. Funcionário do Ministério do Comércio Exterior da China afirmou que as compras de bônus do Tesouro dos Estados Unidos ajudaram a estabilizar o sistema financeiro da maior economia do mundo. Em seguida, desafiou os EUA a  trabalharem por um comércio mundial mais estável e por um quadro de cooperação econômica com a China.
O clima tenso como está entre os dois países esconde uma realidade maior. A desvalorização excessiva do yuan produz um desequilíbrio mundial do comércio e põe por terra todos os esforços de liberalização do comércio a que todos os países-membros da OMC se emprenham. O OMC trabalha anos a fio para obter uma redução das tarifas médias em 10%. A China subvaloriza sua moeda em 30%. Inverte todo o fluxo de comércio e deteriora os esforços pelo livre-comércio.
Por final, comprar títulos do Tesouro americano, no quadro do mercado financeiro, é entendido como investimento e não como favor prestado aos EUA. Não fosse assim, certamente, a nação americana estaria comprometida com uma eterna gratidão universal. Ora bolas, chineses.

Agora também no Brasil

BC defende a criação de índice
de preços de imóveis
Veículo: DCI - Data: 22/03/2010 - Karina Nappi
SÃO PAULO - O setor imobiliário brasileiro pode receber um novo índice econômico, afirmou o diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, Alexandre Tombini. Ele sugeriu que o BC em parceria com uma entidade de renome como a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) criem um índice para acompanhar a evolução de preços no setor imobiliário.
"Temos que avançar com a criação de um indicador de preços para monitorar o mercado. É uma lacuna a ser preenchida no curto prazo", disse Tombini, em palestra para o empresários e representantes do setor.
Na opinião do economista e diretor da Fractal, Celso Grisi é realmente necessária a criação de um índice imobiliário.
"Apesar de existirem índices como o INCC (construção civil) não existe um real para imóveis urbanos, no máximo trabalhos de empresas privadas que informam o público, na maioria das vezes com preços anunciados, que diferem em média 30% do real. Assim, de fato é necessário a criação de um índice para representar a oferta e a procura do setor imobiliário, principalmente nas capitais do País", pontuou.
Segundo Tombini, essa é uma agenda de "curto prazo", mas cuja discussão ainda está no início.
"Superada a fase de discussão, de encontro de fundo para a criação, o índice consegue sair em três meses. Até julho a FGV, por exemplo, já conseguiria divulgar os dados, nas principais capitais principalmente, o que faria mais sentido", afirmou Grisi.
Grisi alerta, no entanto, que para ser feito o índice seria necessário um rigor metodológico, ou seja, entrevistas pessoais para pesquisa de mercado para ponderar as condições de compra e venda e ajustar o valor com a inflação, para a criação de uma série histórica, de encontro com outros índices dos estados.
Questionado pela reportagem sobre o peso do novo índice na política monetária do BC, o economista afirmou que será um fato relevante, uma vez que afetaria a atividade econômica do País e passaria a influenciar na construção de imóveis e no comércio de unidades antigas.
"Há uma necessidade de termos um indicador de preços confiável, robusto e com bastante abrangência. Não só para o mercado definir estratégias e mensurar riscos, mas também para o monitoramento do regulador e por parte das próprias instituições. Precisamos avançar nisso, tendo em vista as perspectivas para o segmento de crédito imobiliário", disse o diretor do BC.
Para Tombini, o crédito imobiliário vai crescer mais que outras linhas nos próximos anos, liderando a expansão do crédito no Brasil. "E, para que esse crescimento se dê em bases sustentáveis, é importante ter informações confiáveis para desenho das políticas", disse.
Segundo Grisi, há uma tendência de alta do segmento de crédito para o setor de imóveis.
"O crescimento do crédito imobiliário é uma tendência natural, elevar o crédito imobiliário é substituir o aluguel e proteger as finanças familiares. Contudo, não devemos pensar que o Brasil pode ser vítima da crise do setor imobiliário, assim como aconteceu com os Estados Unidos no último ano. No País, os empréstimos e financiamentos são feitos mediante ao pagamento de no mínimo 20% do valor do imóvel. Não é possível fazer uma segunda hipoteca sobre a mesma propriedade e há a garantia de retomada rápida do imóvel por parte do financiador, no caso, o banco", explicou o economista.
O diretor enfatizou a importância da segurança nos financiamentos, especialmente na "originação do crédito", para evitar problemas futuros para a economia. "A qualidade da expansão do crédito é muito importante. “O BC está atento para atuar com medidas de caráter prudencial”, disse.
Tombini ressaltou que o avanço do mercado imobiliário está ocorrendo por conta da estabilidade macroeconômica e também pelo melhor "arcabouço legal", mas ressaltou que o nível de crédito imobiliário em relação ao tamanho da economia no Brasil ainda é baixo, tendo bastante espaço para crescer. "Nosso dever é cuidar para que isso ocorra em bases sólidas e sustentáveis."

segunda-feira, 22 de março de 2010

Prestígio e não questão de direito

Europa: o problema é não é o fato.
É a versão.
O presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, acredita que a Espanha superará suas dificuldades econômicas, sem necessidade de qualquer ajuda financeira. Otimismo, ou não, o custo social dessa superação não será esquecido tão cedo.
Em relação à Grécia, Barroso considerou que o eventual socorro a ser prestado pelo FMI traria à União Européia um grande desprestígio. Seu temor é que se generalize a idéia de que a União Européia precisam do FMI para sua sustentação. Tem razão. Seria uma declaração de que a UE é uma concepção política sem sustentabilidade, depende de socorros externos.
Para desagravar esses acontecimentos afirmou que a Grécia e todos os países membros da UE são membros do FMI. De fato, os países membros da UE são de longe a maior fonte de ingressos do FMI.
O problema europeu deveria mesmo ser resolvido dentro de suas fronteiras. Mas, quando o FMI socorre algum país não-europeu, de fato, parte não desprezível desses recursos vem do pagamento das cotas européias. Portanto, estar uma vez no  pólo passivo da operação não deveria causar estranheza a ninguém. Mas, não se pode deixar de concordar com o presidente de seu órgão executivo: trata-se de uma questão de prestígio.

Na berlinda

Moody's e Fitch Ratings põem EUA e Reino Unido contra as cordas
Há coisa de uma semana a agência Moody's divulgou notícia sobre a iminência dos EUA e do Reino Unido decaírem  de suas posições "AAA" no rating de crédito.
Agora foi a vez da Fitch. Essa outra agência divulgou pesquisa na qual 75% dos investidores europeus entrevistados acreditam na deterioração da qualidade do crédito desses dois países. A estranhar apenas a lentidão desse rebaixamento. Passamos da hora.
A notícia atinge o Brasil. Ou seja, "sobrou pra nós". O Global 40, encerrou em alta de 0,14%, nessa sexta-feira que passou, cotado a US$ 136,60 e com seu risco-país, calculado pelo JP Morgan, em 194 pontos-base.
Quando o comportamento dos desenvolvidos vai mal, investidores têm suas sensibilidades a riscos amplificadas em relação aos emergentes. Fica sempre a dúvida sobre onde porão, então, os seus recursos? Em ouro? Outras commodities?

Não acabou

Sistema financeiro norte-americano continua em saneamento
Para os que acham que o segundo melhor negócio do mundo é um banco mal administrado, o Federal Deposit Insurance Corporation informa que mais sete bancos nos EUA foram a pique. Em 2010, o total de bancos quebrados atinge 37.
As útimas sete quebras referem-se às seguintes instituições financeiras: State Bank of Aurora, First Lowndes Bank, Bank of Hiawassee, Appalachian Community Bank, Advanta Bank Corporation, Century Security Bank e American National Bank.
O FDIC garantiu aos depositantes desses bancos que os valores depositados estão garantidos, não havendo riscos de prejuízos individuais.
Bancos só são bons negócios por envolverem riscos muito altos. Descuidos são fatais.
Resta-nos perguntar, há quanto tempo não se quebram bancos no Brasil? Os problemas de normatização e fiscalização não podem realmente ser esquecidos. E banqueiros precisam manter uma excelente qualidade de administração de seus negócios.

domingo, 21 de março de 2010

Risco-País em alta

Grécia em apuros, UE indecisa  e EUA melhorando. Risco Brasil sobe
É inútil querer ignorar. A melhora americana e os temores na UE repercutem sobre os emergentes. O indicador de risco-País voltou a subir nessa sexta-feira, 19/03, para 194 pontos-base, alta de 3 pontos em relação à sessão anterior.
As expectativas sobre a votação do sistema de saúde americano também influi no risco- Brasil.
Francamente parece que nosso sucesso se faz sobre a desgraça alheia. Quando os melhores vão mal, os emergentes são uma espécie de tábua de salvação para o capital  internacional.
Esse comportamento dos investidores mostra que não conseguimos, pelo menos ainda, convencê-los que somos estáveis, menos vulneráveis às crises externas e que nossa gestão econômica é prudente. Risco é medida de desempenho econômico e não das neuroses de investidores.
Bravatas não acalmam mercados. Medidas concretas, como os cortes anunciados, na semana passada, sobre as despesas governamentais é que convencem a todos. 

Preços agrícolas, outra vez

Falta de planejamento agropecuário produz inflação
As maiores altas atingiram: tomate (102,29%), laranja para mesa (65,23%), banana nanica (37,34%), laranja para indústria (12,97%), ovos (11,21%) e amendoim (10,54%).
O tomate para consumo domiciliar teve a maior alta de preços. Isto se deve às chuvas continuadas. Os fungos, com umidade e calor, proliferam e comprometem a qualidade e a quantidade da produção. No outono, com a redução das chuvas e das e das temperaturas a produção vai recuperar a qualidade.
A laranja de mesa teve seu consumo elevado no verão, como é habitual. As chuvas prejudicaram a florada do meio do ano passado. Carga pequena nos pés e erradicação pelo greening explicam essa alta. Para melhorar a vida do agricultor, os preços internacionais melhoraram muito, graças às geadas da Flórida. Esse fato explica também nas cotações da laranja para indústria.
Bananas também estão com a oferta abaixo da procura. As enchentes nas áreas de produção foram a causa da redução da produção.
A redução dos preços, no final do ano passado, provocou uma queda expressiva no alojamento de matrizes. Resultado: ovos em alta em março. É preciso planejamento para essas ciclotimias de preços acabarem. Não se pode esquecer que o consumo de ovos aumenta na quaresma e isso exige o dimensionamento das  matrizes em novembro, do ano anterior.
No caso do amendoim houve redução de 20% da área plantada.
A queda de preços de soja e milho implica a redução dos custos de produção de carnes, principalmente do frango.
O feijão teve seu preço deprimido durante todo o ano passado. Deu nisso. Agora ele vai custar mais caro no bolso do consumidor.
Interessante é observar que essas altas de preço no bolso de todos os brasileiros nada têm a ver com a Selic, com a liquidez excessiva, ou com o valor do dólar. É apenas decorrente da falta de planejamento agrícola e da definição de uma política de zoneamento produtivo.

No campo, produtores já recebem preços maiores

Alta de 8,00% na segunda quadrissemana de março para produtos agropecuários
Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) registra alta de 8,00%, na segunda quadrissemana de Março de 2010.
O IqPR-V (produtos de origem vegetal) e o IqPR-A (produtos de origem animal) apresentaram-se em altas de 10,54% e de 1,70%, respectivamente.
Isso já vem acontecendo desde o início do ano e traz grande otimismo para o campo. Não poderia haver notícia melhor nesse período do ano.
Variação Percentual do IqPR, Estado de São Paulo,
2ª Quadrissemana de Março de 2010.
São Paulo                           São Paulo s/cana
IqPR 8,00 %                                 11,34 %
IqPR-V 10,54 %                        20,52 %    
IqPR-A 1,70 %                               ----      
Fonte: Instituto de Economia Agrícola (IEA).
A cana-de-açúcar é excluída do cálculo do índice dado seu peso específico na formulação do indicador.
Notícias muito positivas para o produtor rural. A safra anterior, 2008-2009, foi um castigo para o homem do campo em termos de preços pagos a ele. Esse desestímulo levou à redução da área plantada de vários produtos, enquanto outros tiveram seus preços aumentados em função das chuvas excessivas desse verão.

A busca por informação e as novas mídias

No estudo que realizei com 93 usuários do TWITTER (heavy users) já havia sinais de que esta profusão de fontes de informação causa disfunção na transmissão e retenção da mensagem.
Os sintomas mais frequentes detectados são baixa retenção, infidelidade às fontes de notícias e baixa profundidade de análise.
Esta é um constatação de uma mudança que (para o bem ou para o mal) vem para ficar, confirmada pelo jornalista Nelson de Sá. Em sua coluna na FSP (toda mídia) ele apresenta resultadoss de uma pesquisa americana que apontam as mesmas tendências de comportamento detectadas em nossa pesquisa.
Ele informa que o consumo de notícias está cada vez mais marcado pela infidelidade, segundo pesquisa realizada pelo The State of The News Media. Os números impressionam pela dispersão da AUDIÊNCIA: 50% dos americanos consomem de quatro a seis plataformas por dia, entre internet, TV, mídia impressa. O mesmo acontece no universo das notícias on-line: 57% usam de dois a cinco sites; somente 35% declaram ter site favorito; e apenas 21% dizem se limitar a um site.

E há mais. Os caminhos pelos quais chegam às notícias estão se modificando. Embora a maior parte vá para sites de jornais ou canais a cabo, a geração mais jovem indica outra tendência -começar o consumo de notícias através de busca. Outra indicação do relatório: mais pessoas se limitam a ler título, nome do autor e a primeira linha. Muitas vezes, jovens ou mais velhos, nem passam do título.

Estas constatações começam já a afetar os modelos de negócios das mídias. Uma das alternativas é o cross-mídia.
Isso é assunto para um longo debate que será feito na FIA.
Oportunamente o Prof Grisi irá informar a todos. Fiquem atentos.

PROF RAMIRO GONÇALEZ - FIA - Auditoria e inteligência de Mídias
twitter @ramirogoncalez
Recomendo a leitura do conteúdo completo da coluna TODA MÍDIA para assinantes UOL/FSP

sábado, 20 de março de 2010

Efeitos do Yuan subvalorizado

A negação do livre comércio
A subvalorização do yuan provoca reações negativas à China nos salões de café e estar da OMC. A boca pequena o comentário é de que a instituição esforça-se durante um longo período para obter uma redução da tarifa média, no mundo, de 10%, enquanto a China subvaloriza sua moeda em 30%. A sensação é de que a política cambial monetária opõe-se aos esforços do órgão. Faz sentido.
O FMI alerta que a apreciação da moeda é necessária para o próprio reequilíbrio da economia chinesa e para um maior incentivo a demanda interna do país. Faz sentido, também.
O Banco Mundial insiste que a apreciação da moeda ajudaria a controlar as pressões inflacionárias e combater eventuais bolhas de preços em determinados setores da economia. Sentido total.
A forte e imediata reação das autoridades mostra que os chineses estão acusando o golpe. Já perceberam que terão que mudar a política cambial, sob pena de começarem a sofrer um eventual isolamento comercial. As medidas compensatórias começaram a pipocar. Multiplicam-se, mundo a fora, as sobretaxas aos produtos importados daquele país. Brasil inclusive, com sua sobretaxa a calçados importados da China.
A resistência chinesa é compreensível. Desde o início, taxas cambiais estiveram subvalorizadas e deram à China a possibilidade de crescimento. É que, a partir da recente crise, o custo social de tanta moleza tornou-se insuportável para norte-americanos e europeus e não está mais sendo aceito pelos países que lutam pelo livre comércio. Começam a cobrar. E agora, mais fortemente. As circunstâncias já não permitem a manutenção do desequilíbrio cambial. Para nós seria uma grande vitória, não fosse a preocupação com uma eventual redução nas nossas exportações de commodities.

Na FEA os alunos dão o tom

de 22 a 27 de março
23.03 Terça
PALESTRA: "COMO ELABORAR UM PROJETO DE PESQUISA?”
Às 11h30min e às 18h30, sala da Congregação, FEA-1
Palestrante: Prof. Dr. José Raymundo Novaes Chiappin
Responsável: Profª. Drª. Maria Sylvia Macchione Saes
Realização: Comissão de Pesquisa da FEA-USP
Inf.: por e-mail
cpqcexfea@usp.br
III SEMANA DO EMPREENDEDOR
Palestras, cursos de reciclagem e sessões de micro-coachings
Dias 23 e 24 de março, das 17h às 19h
Participantes: Profs. Drs. Edson Crescitelli e Martinho Isnard de Almeida
Responsável: Jéssica Gagete Miranda
Realização: FEA júnior USP
Apoio: SEBRAE
Inf.: 3091-5904/5928
Inscrições gratuitas no site: http://www.feajr.org.br/feajr/indexSE.php
CICLO DE DEBATES SOBRE CARREIRA PÚBLICA
Às 18h, sala E3, FEA-1
Debatedor: Prof. Dr. Roberto Macedo (FEA-USP)
Responsável: Ricardo Guimarães Vieira
Realização CAVC
Inf.: 3091-5914
24.03 Quarta
PALESTRA DE APRESENTAÇÃO DO DESAFIO INTERNACIONAL DE CASES
Às 11h15 e às 17h30, sala E2, FEA-1
Responsáveis: Profs. Drs. Graziella Comini e Moacir Miranda
Realização: FEA-USP
Inf.: 3091-5904, com Cristiane
Inscrições na FEA júnior USP
www.feajr.org.br
MINICURSO - A ECONOMIA POLÍTICA DO DESENVOLVIMENTO DO BRASIL
Às 11h30, sala A3, FEA-1
Palestrante: Prof. Dr. Aldo Musacchio (Harvard University)
Responsáveis: Profs. Drs. Renato Perim Colistete e Ricardo Madeira
Realização: EAE e coordenação de Pós-Graduação em Economia
Apoio: Reitoria USP
Inf.: 3091-6078/5886
APRESENTAÇÃO DA BASE ECONOMÁTICA, MÓDULO DE LONG-SHORT E MÓDULO DE FUNDOS
Das 14h às 15h30, Biblioteca - CIEP
Palestrante: Verônica Bertti (Economática)
Responsável: Dulcinéia Jacomini
Realização: SIBi-USP
bibfea@usp.br
UNIVERSIDADE ABERTA A TERCEIRA IDADE
Palestra: Tecnologia da Informação aplicada a empresas e governo
Às 14h, sala a definir
Palestrante: Prof. Dr. César Alexandre de Souza
Responsável: Prof.ª Dr.ª Marina Mitiyo Yamamoto
Realização: Comissão de Cultura e Extensão da FEA e Pró-Reitoria de Cultura e Extensão
Inf.: 3091-5872, com Rose
cpqcexfea@usp.br
25.03 Quinta-feira
LANÇAMENTO DOS LIVROS:
- Gestão de Pessoas: Práticas Modernas e Transformação nas Organizações
- Gestão de Pessoas: Perspectivas Estratégicas
Das 19h às 22h, sala da Congregação, FEA-1
Responsáveis: Profs. Drs. Lindolfo Galvão de Albuquerque e André Fischer Organizadores: Lindolfo Galvão de Albuquerque, Nildes Pitombo Leite, André Luiz Fischer, Joel Souza Dutra e Wilson Aparecido Costa de Amorim
Realização: EAD
Inf.: 3894-5001
26.03 Sexta
CONCURSO LIVRE-DOCÊNCIA DO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
Área “Demografia Histórica: escravidão e acumulação” - Edital 26/2009
De 26 a 30 de abril
Início, às 9h30, sala de Reunião da Assistência Acadêmica
Candidato: Prof. Dr. José Flávio Motta
Comissão: Profs. Drs. Ana Maria Afonso Ferreira Bianchi, Nelson Hideiki Nozoe, Ana Lucia Duarte Lanna, Maria Lúcia Lamounier e Mauricio Chalfin Coutinho
Responsável: Miriam Keiko Matsuda
Realização: ATAC-FEA
Inf.: 3091-5872, com Janete
miranete@usp.br
SEMINÁRIOS EMPRESARIAIS DO PENSA
Sustentabilidade: o desafio contínuo de construir parcerias no agronegócio
Das 11h30 às 13h, sala Ruy Leme, FEA-1
Palestrante: Michel Santos
Responsáveis: Prof. Dr. Cláudio Antonio Pinheiro Machado Filho e Nádia Alcântara
Realização: PENSA
É necessário confirmar presença
Inf.: 3818-4005
SEMINÁRIO ACADÊMICO
The great leap forward in education: the political economy of education in Brazil, 1890-1940
Às 11h30, sala A1, FEA-1
Palestrante: Aldo Mussachio (Harvard)
Responsável: Prof. Dr. Marcos Rangel
Realização: Pós-Graduação do EAE-FEA/USP
Inf.: 3091-5886
www.usp.br/econ
ÚLTIMO DIA DO SEBO CAVC
Das 8h às 22h, na Vivência, FEA-USP
Responsável: Rodrigo Ferreira
Realização: CAVC
Inf.: 3091-5914
Defesas de Teses
Contabilidade
FERNANDA FURUTA
Doutorado
“A relação das características das empresas com a adoção do comitê de auditoria x conselho fiscal adaptado”
Dia 22 de março, às 14h30, sala 217, FEA-5
Orientador: Prof. Dr. Ariovaldo dos Santos
Comissão: Profs. Drs. Gerlando Augusto Sampaio Franco de Lima, Reinaldo Guerreiro, Vinicius Aversari Martins e Antonio Gledson de Carvalho
LUCIANE REGINATO
Doutorado
“Um estudo setorial sobre as relações entre variáveis ambientais externas, modelos de gestão, controles gerenciais e desempenhos das empresas”
Dia 23 de março, às 9h, sala 217, FEA-5
Orientador: Prof. Dr. Reinaldo Guerreiro
Comissão: Profs. Drs. Edgard Bruno Cornachione Junior, Tania Casado, Cláudio Parisi e Paulo Roberto Barbosa Lustosa
ROMILDO DE OLIVEIRA MORAES
Doutorado
“Mestres em Ciências Contábeis sob a óptica da teoria do capital humano”
Dia 25 de março, às 14h, sala 217, FEA-5
Orientador: Prof. Dr. Gilberto de Andrade Martins
Comissão: Profs. Drs. Maria Aparecida Gouvêa, Olga Molina, Jacqueline Veneroso Alves da Cunha e Romualdo Luiz Portela de Oliveira
Administração
EDSON BASTOS E SANTOS
Doutorado
“Ensaios em finanças quantitativas: apreçamento de derivativos multidimensionais via processos de Lévy, e topologia e propagação do risco sistêmico”
Dia 24 de março, às 9h30, sala 217, FEA-5
Orientador: Prof. Dr. José de Oliveira Siqueira
Comissão: Profs. Drs. Joe Akira Yoshino, Nelson Ithiro Tanaka, Christian Johannes Zimmer e Benjamin Miranda Tabak
Economia
RAPHAEL ROCHA GOUVÊA
Mestrado
“Padrão de especialização produtiva e crescimento econômico sob restrição externa: uma análise empírica”
Dia 26 de março, às 10h30, sala 217, FEA-5
Orientador: Prof. Dr. Gilberto Tadeu Lima
Comissão: Profs. Drs. José Gabriel Porcile Meirelles e Frederico Gonzaga Jayme Junior
Agende-se
LXXVIII DISCUSSÕES METODOLÓGICAS
Fórum para apresentação e discussão das primeiras ideias, anteprojetos, projetos e pesquisas em andamento para elaboração de teses, dissertações e artigos
Dia 30 de março, das 14h às 17h, FEA-3 (indicação da sala no dia do evento)
Responsável: Prof. Dr. Gilberto de Andrade Martins
Realização: EAC-FEA/USP
Para apresentar seu projeto entre em contato no site:
http://www.eac.fea.usp.br/eac/observatorio/
Inf.: por e-mail
martins@usp.br,vilma.geni@fecap.br
UNIVERSIDADE ABERTA A TERCEIRA IDADE
Palestra: Balanço contábil das Nações: reflexões sobre mudanças climáticas globais
Dia 31 de março, às 14h, sala a definir
Palestrante: Prof. Dr. José Roberto Kassai
Responsável: Prof.ª Dr.ª Marina Mitiyo Yamamoto
Realização: Comissão de Cultura e Extensão da FEA e Pró-Reitoria de Cultura e Extensão
Inf.: 3091-5872, com Rose
cpqcexfea@usp.br 
CURSO - ESTRUTURAÇÃO DE ARTIGO PARA PUBLICAÇÃO INTERNACIONAL
Dia 6 de abril, das 9h às 17h, Auditório, FEA-5
Responsável: Dulcinéia Jacomini
Realização: SIBi-USP
Inscrições até 26 de março
capacitacao@sibi.usp.br
 REUNIÕES DA REDE FEA-USP DE GESTÃO DA QUALIDADE DE VIDA
Dia 14 de abril, das 11h30 às 13h30, sala Ruy Leme, FEA-1
Próximas:
61ª. 16 de junho – Cargos e Gestão da Qualidade de Vida
62ª. 15 de agosto – Parcerias com fornecedores e Gestão da Qualidade de Vida
63ª. 10 de novembro – Projetos Sustentáveis e Gestão da Qualidade de Vida
Responsável: Profª. Drª. Ana Cristina Limongi-França
Realização: GQVT FEA-USP
Inf.: 3091-5908
Inscrições por e-mail
climongi@usp.br
 SEMINÁRIOS IBRET
Fator Acidentário de Prevenção (FAP): Como as empresas e os trabalhadores estão se adaptando?
Dias 22 de abril, 18 de maio e 15 de junho, das 13h às 17h30, sala da Congregação e Auditório, FEA-USP
Responsável: Prof. Dr. Hélio Zylberstajn
Realização: IBRET
Inf.: 2922-9626 – 3091-5889
www.ibret.org
INSCRIÇÕES PARA O PROCESSO SELETIVO DE DOUTORADO - Área de concentração: Economia das Instituições e do Desenvolvimento
De 10 de maio a 11 de junho, sala D136, FEA-1
1ª Etapa: Avaliação do Projeto, Curriculum Lattes e Cartas de Recomendação
2ª Etapa: Provas de Microeconomia,
Macroeconomia e Economia Brasileira
Provas: 5 e 6 de Julho
Realização: USP, FEA, EAE e IPE
Inf.: 3091-6078/5886
www.econ.fea.usp.br
cpgipe@edu.usp.br
7º CONTECSI - International Conference on Information Systems and Technology Management
De 19 a 21 de maio, das 9h às 18h, na FEA-USP
Responsável: Prof. Dr. Edson Luiz Riccio
Realização: TECSI/FEA/USP
Inf.: 3091-5820
http://www.tecsi.fea.usp.br/eventos/contecsi/
10º CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE E 7º CONGRESSO USP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM CONTABILIDADE
Dias 26 e 27 de julho, na FEA-USP
Divulgação da programação no dia 1 de julho
Responsável: Prof. Dr. Welington Rocha
Comitê: Profs. Drs. Ariovaldo dos Santos, Eliseu Martins, Fábio Frezatti, Gilberto de Andrade Martins, Nelson Carvalho, Reinaldo Guerreiro e Timothy Doupnik
Realização: EAC
Inf.: 3091-5820
www.congressousp.fipecafi.org
2ND BRAZILIAN WORKSHOP OF THE GAME THEORY SOCIETY IN HONOR OF JOHN NASH
On the occasion of the 60th anniversary of the Nash equilibrium
De 29 de julho a 4 de agosto, na FEA-USP
Convidados: John Nash (Prêmio Nobel de Economia 1994), Robert Aumann (Prêmio Nobel de Economia 2005), Roger Myerson (Prêmio Nobel de Economia 2007), Eric Maskin (Prêmio Nobel de Economia 2007)
Responsável: Profª. Drª. Marilda Sotomayor
Comitê: Profs. Drs. Marilda Sotomayor, Maurício Bugarin, Adhemar Villani Junior, Gustavo Andrey e Joe Yoshino
Realização: EAE
Inscrições abertas
Inf.: 3091-5802
0www.usp.br/econ/bwgt2010
www.gametheorysociety.org/conferences/#29july2010
Informe-seCHAMADA DE TRABALHOS - CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA REDE WATERLAT
Tema: “Tensão entre justiça ambiental e justiça social na América Latina: o caso da gestão da água”
Até 30 de abril
Conferência: De 25 a 27 de outubro, no Memorial da América Latina, SP
Realização: WATERLAT
Apoio: IEA-USP Inf.: no sitewww.waterlat.org
waterlat@ncl.ac.uk
PRÊMIO DE PESQUISA – MEMÓRIAS REVELADAS ANO 2010
Entrega de trabalhos até 30 de julho
Inf.: (21) 2179-1360
http://www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/