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terça-feira, 23 de março de 2010

Não se trata apenas de recuperar a demanda

Espanha prepara plano de recuperação a partir de medidas para expansão industrial, do crédito e do emprego
Deu certo no Brasil com o nome de política anticíclica. Pode funcionar na Espanha. O presidente José Luis Rodríguez Zapatero anunciou um plano para recuperação da economia espanhola, cujo teor dependerá da concordância dos membros do legislativo espanhol. Será necessário um acordo político sobre as medidas, sobretudo porque, segundo Zapatero, as novas iniciativas envolvem esforços para ampliação da austeridade fiscal, aumento da competitividade da economia do país e medidas para estímulos à inovação. Serão medidas, segundo o presidente espanhol, compatíveis com a orientação geral que seu governo está imputando ao conjunto das reformas para alcançar uma economia sustentável.
Claro que a oposição vai discordar, em boa medida. Por outro lado, não pode negar-se a aprovar. Isso poderia suscitar contra si os ânimos espanhóis que já estão suficientemente exaltados. Como se sabe, "espanhóis exaltados" chega a ser pleonasmo. E a oposição não quer isso contra si. As medidas têm apelo popular. Aumentam empregos, estimulam o setor de reformas de habitações e disponibilizam crédito ao consumidor.

Zapatero critica basicamente o superdimensionamento do setor de construção e o tamanho acanhado do parque industrial espanhol quando comparado aos demais países europeus países europeus. Com seu plano espera conseguir criar novos postos de trabalhos, com maior qualificação e maiores salários. A pedra de toque dessas medidas diz respeito a resultados que as medidas obterão no novo processo industrial espanhol. Vamos aguardar.

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