O saldo comercial preocupa. A balança de serviços também
Com importações em alta, saldo comercial em baixa. Mercado interno aquecido aumenta as importações (50,8% em fevereiro, se comparado a fevereiro 2009). E o reflexo disso foi um superávit de US$ 394 milhões, o menor desde fevereiro de 2002. O déficit em conta corrente vem chamando a atenção dos economistas. No ano passado, ele foi de 1,55% do PIB, mas em 2010, vai dobrar, para 3% do PIB. O que significa R$ 60 bilhões para o Brasil financiar através de investimentos estrangeiros e empréstimos. Ninguem acredita nesse número. Para piorar, a lembrança de que esse déficit continuado já levou o país a crises no passado soa como uma ameaça e pede providências rápidas do governo central. Claro que a situação agora é diferente da anterior. O Brasil tem reservas na casa dos US$ 250 bilhões. Por outro lado, é animadora a idéia de que o real venha a se desvalorizar. Importações e exportações tenderiam a se ajustar naturalmente, criando novos desafios ao crescimento nacional.Ontem sairam notícias sobre a balança de serviços. O saldo está negativo em US$ 17,8 bilhões. O aumento de 14% em relação ao ano de 2008 surpreendeu. Viagens, transporte, envio de royalties ao exterior e as importações de nas áreas de tecnologia de informação e de produtos culturais e recreativos foram responsabilizados por mais esse resultado externo. O balanço de pagamentos vai acusar o golpe.
Pressões inflacionárias, déficit externo em ampliação e dólar em alta são os próximos desafios a serem administrados para garantir a sustentabilidade do crescimento nacional.
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