Agora é só saber quando. Ou existem alternativas?
Não subiu. Mas a convicção generalizada é que será preciso subir. Resta saber quando. Se os preços continuarem a dar trégua, poderemos chegar a junho sem alterações. Mas precisa ser trégua para valer. Caso contrário, em abril se iniciará um novo ciclo de aperto monetário, com elevação de 0,5% na taxa Selic.Inflação combatida por essa via, atrairá capitais especulativos do exterior e forçará a queda do dólar. Consequências: exportação para baixo, importação para cima, tudo com a ampliação do déficit externo. Ninguém merece!
Há outras alternativas. A demanda cresce puxada pelos aumentos de renda e pela expansão do crédito. Que tal contigenciar o crédito ao invés de subir a taxa básica de juros? Poderíamos conter o crédito de maneira seletiva. Os creditos imobiliários ficariam mantidos e reduzem-se os prazos de consórcios e financiamentos ao consumo. Vai haver muita chiação. Bastaria regular o contingenciamento para que ele não se confundisse com garrote. Garrote sufoca, contigenciamento regula, equilibra. Trata-se só de evitar os excessos e estimular as exportações com taxas de câmbio mais favoráveis ao exportador. Não há razões para estranhar essas propostas. Desenhar políticas econômicas embute desafios. Existem alternativas.
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