Falta de planejamento agropecuário produz inflação
As maiores altas atingiram: tomate (102,29%), laranja para mesa (65,23%), banana nanica (37,34%), laranja para indústria (12,97%), ovos (11,21%) e amendoim (10,54%).O tomate para consumo domiciliar teve a maior alta de preços. Isto se deve às chuvas continuadas. Os fungos, com umidade e calor, proliferam e comprometem a qualidade e a quantidade da produção. No outono, com a redução das chuvas e das e das temperaturas a produção vai recuperar a qualidade.
A laranja de mesa teve seu consumo elevado no verão, como é habitual. As chuvas prejudicaram a florada do meio do ano passado. Carga pequena nos pés e erradicação pelo greening explicam essa alta. Para melhorar a vida do agricultor, os preços internacionais melhoraram muito, graças às geadas da Flórida. Esse fato explica também nas cotações da laranja para indústria.
Bananas também estão com a oferta abaixo da procura. As enchentes nas áreas de produção foram a causa da redução da produção.
A redução dos preços, no final do ano passado, provocou uma queda expressiva no alojamento de matrizes. Resultado: ovos em alta em março. É preciso planejamento para essas ciclotimias de preços acabarem. Não se pode esquecer que o consumo de ovos aumenta na quaresma e isso exige o dimensionamento das matrizes em novembro, do ano anterior.
No caso do amendoim houve redução de 20% da área plantada.
A queda de preços de soja e milho implica a redução dos custos de produção de carnes, principalmente do frango.
O feijão teve seu preço deprimido durante todo o ano passado. Deu nisso. Agora ele vai custar mais caro no bolso do consumidor.
Interessante é observar que essas altas de preço no bolso de todos os brasileiros nada têm a ver com a Selic, com a liquidez excessiva, ou com o valor do dólar. É apenas decorrente da falta de planejamento agrícola e da definição de uma política de zoneamento produtivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário