Subir juros teria sido uma boa solução?
O número de empresas que pleiteiam financiamentos, de fevereiro de 2009 a fevereiro de 2010, aumentou 11,4%, segundo o Indicador Serasa Experian da Demanda das Empresas por Crédito. O resultado de fevereiro é o maior desde setembro 2008. São créditos mercantis. Muitos deles financiam vendas ou liberam recursos para esse objetivo.Em relação ao volume em reais, ainda que em ritmo mais lento, o crédito continuou a se expandir em janeiro e fevereiro desse ano.
Depósitos compulsórios enxugam o mercado; o crédito irriga. São vetores que se anulam no combate à inflação. A redução do ritmo de expansão de crédito, nesse momento, parece mais conveniente que o aumento de juros.
Deixando de lado os efeitos negativos do aumento da Selic e analisando os efeitos benéficos da redução do crédito, acreditamos que o nível de damanda estaria melhor controlado pela menor oferta de dinheiro ao público. O nível de endividameneto deixaria de crescer mais do que a renda do consumidor. Inadimplências e insolvências, elementos que sempre pressionaram muito as taxas de juros, facilitariam reduções mais expressivas do custo dos empréstimos. Assistiríamos à formação de um colchão de liquidez protetor das finanças domicíliares e abriríamos espaço na vida econômica para incentivar o processo de formação da poupança privada.
Agradaria a todos abrir o jornal e ver um índice mensal noticiando que a poupança mensal das famílias aumentou em x cento. Que essa poupança estaria financiando a expansão das atividades econômicas e ampliando a renda domiciliar em não sei mais quanto por cento.
Na Fractal, empresa que me orgulho de dirigir, começamos a medir, entre outras coisas, a poupança mensal, pela diferença entre gastos e renda, identificando a modalidade do investimento realizado. Apenas na Grande São Paulo,
Gostaria de mostrar que mesmo nas classes mais baixas a patrimonialização é possível e, portanto, o enrequecimento pode se dar, sempre que se inicie um processo de acumulação de capitais. Empréstimos mais caros e endividamentos a prazos mais longos só se justificam, entre pessoas físicas, se estiverem associados a investimentos que possam beneficiar a estrutura orçamentária individual.
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