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terça-feira, 16 de março de 2010

A semana começa com novidades

Uma segunda-feira de apreensão
A agencia de risco Moody’s, já sinalizou com rebaixamento para os países com nível de crédito AAA, como os Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e França em função da necessidade de manter suas dívidas em patamares gerenciáveis. A agência entende que esse endividamento excessivo já começaria a abalar a capacidade de pagamento de seus passivos públicos. Não é a toa que esses países vêem discutindo um possível ciclo de aperto monetário. O receio é que a retirada dos incentivos às economias poderia interromper a recuperação econômica iniciada. A  notícia sobre a elevação no índice de utilização da capacidade instalada reforça a convicção sobre a manutenção dos incentivos. A propósito, o índice de Compra de Treasuries por Estrangeiros apresentou queda de US$ 33 ,4 bilhões em janeiro.
As notícias do lado da oferta até que animam. O índice de Produção Industrial subiu 0,1% em fevereiro, e a utilização da capacidade instalada subiu para 72,7% em fevereiro. Mas, do lado da demanda, desanima:  os Dados de Construção de Casas referente a março apresentou queda para 15 pontos, contra expectativas de mercado de alta para 17 pontos. A demanda é baixa e o investimento cai.
Na Zona do Euro, a recuperação não convence. O número de pessoas empregadas caiu 0,2% no 4T09. É sexto trimestre consecutivo que isso acontece.
Na Ásia o premiê chinês "canta de galo". Diz que o câmbio se mantém estável e afirma que as pressões internacionais que os países desenvolvidos têm feito "tem o propósito somente de aumentar suas próprias exportações". Fico impressionado com essa descoberta, pois além de óbvia, deixa de mencionar outro aspecto. As pressões também têm o propósito de reduzir as importações subsidiadas pelo câmbio de seu país.
No Brasil, a semana é de apostas sobre o COPOM. A Selic sobe ou não? Pessoalmente, ainda acho que é cedo. Mas a pesquisa Focus diz o contrário. Acaba de elevar previsão do IPCA, para o final de 2010: 5,03%. Isso sinaliza para o fato de que devo estar errado. Como sou teimoso, continuo acreditando na estabilidade da taxa para essa reunião e prevendo aumento de 0,5 para a próxima.
Aproveitando as análises sobre EUA e Zona do Euro, fico pensando que se o risco lá está aumentando com o rebaixamento pela Moody's e com os juros subindo no Brasil surgirá um novo influxo de capitais em direção à renda variável e à renda fixa, sobretudo aumentando a procura por títulos públicos. Talvez tenha conseguido, com essa previsão, ser mais óbvio que o premiê chinês.
Continuamos aguardando, para essa terça-feira, a divulgação do índice inflacionário IPC-S para a 2ª semana de março. O COPOM vai olhá-lo com cuidado. Nos Estados Unidos, sai o Índice de Preços Importados referente a fevereiro, a Construção de
Novas Residências também de fevereiro. Sai ainda as Permissões de
Novas Construções de fevereiro. Seriam importantes boas notícias na área imobiliária. Indicaria o consumidor americano voltando às compras. Não creio nisso, ainda.

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