Liquidez, crédito, consumo
Crédito ao Consumidor nos EUA apresentou expansão de US$ 5,0 bilhões em janeiro. A liquidez é alta e os juros baixos. O consumo deve começar a subir. É tudo o que se espera para dar como definitiva a recuperação norte-americana. Afinal, se o consumo crescer, crescerá a produção, o emprego e a renda. Essa crença move o pensamento econômico e as esperanças do mundo. A decisão de aumentar o consumo não está nas mãos do governo. Está nas mãos de um consumidor assustado que viu o valor de seus ativos ser rapidamente destruído. Endividado, empobrecido, privado de seu emprego, esse consumidor tem assumido comportamentos defensivos. Gostaria de ver seus ativos recuperarem valor. Como seu maior ativo é a casa que comprou, precisar ver o índice de preços de imóveis usados dar sinais de recuperação e de ver crescer as oportunidades de emprego. Aí sim, ele voltará, ainda que mais acautelado, para o crédito e o consumo.
Na semana que passou, o volume de crédito cresceu de forma expressiva. Na semana que começa, sairão os Pedidos de Auxílio Desempregos da semana, os dados de Vendas no Varejo referente a fevereiro e o índice de Confiança do Consumidor de Michigan, já referente aos dias de março. Tudo dizendo respeito ao comportamento do consumidor e da volta ao consumo. Preparem-se para as bipolaridades das respostas. Se todos os dados forem positivos, o dólar, o petróleo, outras commodities e as bolsas se valorizarão. No caso contrário, a direção dos preços será de queda.
De fato, parece não haver, no horizonte de curto prazo, perspectivas para o exercício de tanto otimismo ou tanto pessimismo. O que se deveria esperar é apenas por uma melhoria no quadro do consumo, indicando que uma lenta e progressiva recuperação está em curso. Mais nada.
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