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sexta-feira, 12 de março de 2010

Confiança e consumo não prosperam nos EUA

Confiança para baixo. Consumo de lado
Sair da crise para os EUA implica aumento do consumo. E isso não acontece. O governo estimula a economia com incentivos, mantém alta a liquidez e baixo os juros. Amplia a oferta de crédito. Mas o consumo não reage. E pior, aos índices de confiança continuam a recuar. O susto foi muito grande e o consumidor se retraiu para defender sua renda e ampliar  sua resistência  a eventuais recessões futuras. Tem medo. Espera que os preços dos ativos reajam e que sua riqueza pessoal possa, por esse modo, ter seu valor recuperado. Sente-se empobrecido e fecha seu bolso. A demanda não cresce, não cresce a produção e isso segura o emprego que, por sua vez, segura a renda e, por consequência , retem o consumo. O ciclo ficou viciado e fechou-se nesses comportamentos recessivos. Volto a me lembrar do presidente Lula que em plena crise recomendou a todos que gastassem.
Os dados de vendas no varejo ensaiam  quebrar esse ciclo, apresetando hoje resultados acima das expectativas. Wall Street ia comemorar. Mas os índices de confiança veiram baixo e decepcionaram o mercado.
Na Europa, os indicadores permaneceram parados. A Produção Industrial da Zona do Euro subiu 1,7% em janeiro. Boa notícia, mas que pode estar ligada apenas ao aumento da exportação, sem maiores repercussões sobre o consumo interno.
A Ásia, por seu lado, trouxe um certo otimismo com a notícia de uma eventual flexibilização da política monetária japonesa e pela alta de 2,7% na produção industrial de janeiro em relação a dezembro. Essa alta foi estranha e não esperada para o início do ano. Mas também levanta expectativas. Pena que, da China, chegue a notícia de uma aceleração inflacionária com um iminente aperto monetário. Aí o estrago pode ser maior.
Para próxima semana vamos esperar as novidades. Devem vir, no Brasil, da divulgação de indicadores inflacionários como o IPC-S da 2ª semana de março, IPC-Fipe também da 2ª semana de março e IGP-10 do mês de março. Esses indicadores serão decisivo para o COPOM decidir sobre a taxa básica de juros. Pessoalmente, acho que o aumento ainda não será agora. Vai ficar mais para frente. Sabe Deus!
Nos EUA, muita emoção. Serão divulgados o índice Empire Manufacturing referente ao mês de março, a Compra de Treasuries por Estrangeiros no mês de janeiro, o índice de Produção Industrial de fevereiro, a Utilização da Capacidade Instalada em fevereiro, os Dados de Construção de Casa de março, a Construção de Novas Residências em fevereiro, a Permissão de Novas Construções de fevereiro, os índices inflacionários PPI e CPI também de fevereiro, o Balanço da Conta Corrente do 4o  trimestre do ano passado, o índice de atividade regional do Fed de Filadélfia do mes de março, os Pedidos Semanais de Auxílio-Desemprego.
O que esperar? Aumento nos indicadores de produção. Casas decepcionando, uma vez mais. Consumo e preço parados. Portanto, o front estará sem maior novidade se depender dos indicadores norte-americanos e europeus. Pode vir chumbo da Ásia e aí os commodities terão seus preços reduzidos. No Brasil, a atividade de compras no varejo assusta pela sua intensidade e pressiona os integrantes do COPOM. Vamos aguardar. 

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