Europa: o problema é não é o fato.
É a versão.
O presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, acredita que a Espanha superará suas dificuldades econômicas, sem necessidade de qualquer ajuda financeira. Otimismo, ou não, o custo social dessa superação não será esquecido tão cedo.Em relação à Grécia, Barroso considerou que o eventual socorro a ser prestado pelo FMI traria à União Européia um grande desprestígio. Seu temor é que se generalize a idéia de que a União Européia precisam do FMI para sua sustentação. Tem razão. Seria uma declaração de que a UE é uma concepção política sem sustentabilidade, depende de socorros externos.
Para desagravar esses acontecimentos afirmou que a Grécia e todos os países membros da UE são membros do FMI. De fato, os países membros da UE são de longe a maior fonte de ingressos do FMI.
O problema europeu deveria mesmo ser resolvido dentro de suas fronteiras. Mas, quando o FMI socorre algum país não-europeu, de fato, parte não desprezível desses recursos vem do pagamento das cotas européias. Portanto, estar uma vez no pólo passivo da operação não deveria causar estranheza a ninguém. Mas, não se pode deixar de concordar com o presidente de seu órgão executivo: trata-se de uma questão de prestígio.
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