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sábado, 2 de junho de 2012

A China vendendo soja?

As ameaças aumentam
A India avisou ao mundo a redução de seu crescimento. A crise mundial continua a aprofundar-se e leva a China a vender estoques de soja, considerados elevados, face à demanda atual. A decisão chinesa embute o pensamento de que o consumo naquele país está realmente menor que o anunciado até agora. Por outro lado, faz crer que suas compras do grão também serão inferiores a tudo o que se projetou. Os preços da soja se ajustaram expressivamente e devem influenciar as decisões de plantio no Brasil. Estamos entrando no mês de junho, momento em que grande parte das decisões sobre áreas plantadas é tomada na agricultura brasileira. Por utro lado, o último relatório da FAO insiste na ideia de que os preços agrícolas vão se recuperar.
Na mineração, os preços também sofreram muito e as projeções mostram um cenário ruim para os próximos períodos.
A crise europeia tem sido o ponto central dessas preocupações. Grécia e a Espanha estão “no olho do furacão”. O risco maior é o default de suas dívidas. Nesse caso, os bancos da União Europeia terão que ser socorridos e os investimentos chineses nessas economias produzirão efeitos por toda a Ásia, estendendo-se naturalmente a outras regiões do mundo. A crise será de tal forma aprofundada que entrará em questão a sobrevivência da própria União Monetária. Um número substancialmente menor de países passaria a integrá-la.
O resultado das eleições gregas e o desfecho da situação espanhola, tudo previsto para meados desse mês, darão o tom da extensão e da gravidade dos problemas. As decisões sobre investimentos devem permanecer suspensas e os preços dos ativos continuarão a cair.

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