Semana
de recuperação para a
Bolsa e para o dólar
O
Ibovespa dessa sexta feira apresentou-se em alta de 3,23%. A alta está sendo
interpretada como resultado do acordo europeu que promete irrigar bancos e
permitir que os ajustes fiscais, nos países mais endividados, sejam feitos de
forma mais branda, sem a necessidade de agravar as tensões sociais e políticas
que assolam a União europeia nesse instante. O Ibovespa, com isso, atingiu os 54.354
pontos. No mês, entretanto, o desempenho é negativo, com queda de 0,25%,
enquanto, no ano, a queda acumulada é de 4,23%. Por fim, não se pode tomar esse
movimento como uma tendência para o próximos dias. Veja-se, por exemplo, que o
volume girado continua baixo: R$6,4 bilhões.O dólar, que vinha pressionando o mercado de câmbio, cedeu. O motivo foi o mesmo, adicionado da atuação forte do Banco Central. A moeda norte-americana perdeu em relação à brasileira 3,5%, fechando cotada em R$2,01.
Com essa queda associada às condições europeias, parece que a crise lá fora foi responsável apenas pelos valores registrados acima dos R$ 2,00. O encaminhamento de soluções para da crise da Europa não foi suficiente para a moeda romper com esse patamar. Portanto, as pressões altistas devem permanecer, evidenciando que as sucessivas intervenções governamentais na economia estão entre as maiores determinantes da alta do dólar.
A falta de previsibilidade a que o ambiente de negócios se submeteu, a insegurança jurídica crescente e a inconsistência do tratamento tributário aos capitais estrangeiros explicam as variações cambiais mais recentes. O antagonismo estabelecido pelo Governo Federal com investidores além de imobilizar o crescimento nacional leva a desequilíbrios cambiais inconvenientes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário