Não
foi pessimismo que derrubou a Bovespa. Foram os fatos.
O
Ibovespa vinha subindo de forma acelerada pela manhã, fruto do pacote de
socorro à economia espanhola. À tarde, percebeu-se que o pacote nem sequer
havia definido seus termos. Prazos, custos, condições das concessões das
parcelas e fiscalização. Aliás, a Espanha também não havia aceitado
completamente a tese de que o empréstimo seria desejável.
O
mercado “caiu na real” e o Ibovespa apresentou queda de 0,79% no final do
pregão, encerrando o dia aos 54.001 pontos.
A
alegria durou pouco, deixando a ideia que dessa vez os especuladores se precipitaram
em formar posições que não se confirmaram, ao longo do dia. O volume financeiro
girado comprova a precipitação: R$5,4 bilhões.
Enquanto
isso, no mundo do câmbio, o dólar subiu, refletindo o mau momento do cenário
mundial. Nem mesmo as boas notícias sobre o crescimento industrial chinês deu
força ao mercado. Os últimos dados vindos da China tem mostrado a inflação em
queda, abrindo espaço para novas flexibilizações monetárias. O mercado ignorou tudo
isso. O dólar encerrou a sessão de ontem cotado a R$2,05.
No
Brasil a Pesquisa Focus, prevê mais uma redução no IPCA, do final de 2012, para
5,03%. Entende, portanto, que a inflação esteja mesmo convergindo para o centro
da meta, tendo como contrapartida uma queda no crescimento para 2,52%.
A
primeira prévia do IGP-M de junho veio em linha com a Pesquisa Focus, mostrando
redução significativa da inflação de 0,89 no mês de maio para 0,68%.
Inflação
vai bem e crescimento vai mal. São as duas faces do momento atual.
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