O mercado das commodities agrícolas
é incerto, mas
resiste
Os preços da soja, em maio, ficaram praticamente
estáveis, variando -0,3%, sustentados pela demanda internacional e pelo
câmbio um pouco mais favorável às exportações. No ano, os preços subiram 27,3%.
A estabilidade foi também o comportamento dos
preços do milho. Os preços fecharam maio em estabilidade, registrando alta de 0,9%.
Analistas entendem que isso só foi possível pelo fato de os vendedores estarem retraídos,
embora se projete que a safrinha possa crescer em até 40% em relação à do ano anterior. É verdade que o clima ajudou muito, com um regime de
chuvas muito favorecido para o produtor do sul, sudeste e centro-oeste. Mas o
fato é que a primeira safra foi decepcionante, comprometendo a formação de
estoques. O açúcar cristal apresentou preços em crescimento de 3,5%. O etanol
hidratado, esquecido pelo governo, apresentou queda de 2,9% em seus preços, no
mês de maio. Com o atraso na colheita e
na moagem da cana, a oferta de açúcar ficou menor e seus preços seguem pressionados.
O cacau ainda exibe algum fôlego e pode subir em
junho. O suco de laranja atravessou maio com seus preços deprimidos.
A desinflação mundial é evidente em todos os
setores, menos na agricultura e na pecuária, onde os preços mostram-se mais
resistentes.
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