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domingo, 24 de junho de 2012

Todo mundo mete a colher na panela da Europa

Pressões, flexibilizações e renúncias
a objetivos iniciais
Tal como o problema europeu se apresenta, fico lembrando o conceito de Governança Progressiva lançado pelo então presidente brasileiro FHC, pedindo espaço, dentro da política econômica sugerida pelo FMI, para o atendimento das demandas sociais. A governabilidade havia de ser preservada, mesmo em momentos de austeridade econômica, afirmava o presidente. O consenso começa a se formar em torno dessa ideia.
O G-20 adotou o tema e incentiva as ações em direção ao crescimento econômico, relaxando, de certa maneira, as medidas fortes bancadas no âmbito da Zona do Euro.
O Banco Central Europeu flexibiliza regras para acesso às linhas de crédito. Já não será necessária obediência aos ratings de risco, pelo menos de maneira tão fiel.
Mas não falta, nesse contexto, a propostas de soluções disparatadas. O Fundo Monetário Internacional recomenda à União Europeia que assuma a união monetária completa, entendido por isso, a união fiscal e bancária. Se o conselho for seguido, o sonho de uma Europa única estará alcançado.  Em seguida, distribuiu outros novos conselhos ao The European Financial Stability Facility (EFSF) e ao The European Stability Mechanism (EFSF), convocando ambas as instituições a oferecer aportes aos bancos europeus. Esqueceu-se que sua orientação corresponde a um aumento da dívida pública.
No entendimento de reputada auditoria independente, a necessidade de capital para os bancos espanhóis vai de € 51 bilhões até € 62 bilhões. Desse modo, os € 100 bilhões oferecidos parece ser excessivo e soa como uma generosidade suspeita. Mas o FMI ignora esses detalhes.

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