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terça-feira, 19 de junho de 2012

Demorou muito

Decisões certas em tempos errados
Ampliar investimentos é claramente a melhor decisão do governo dos últimos tempos. Merecem aplausos e o reconhecimento as intenções do governo central em manter-se ativo na recuperação do PIB nacional.
Do lado do consumo, as tentativas não trouxeram maiores efeitos e, ao que tudo indica, não os trará nas proporções esperadas.
Por outro lado, quando combinadas com a ampliação de investimentos, seus efeitos podem ser altamente potencializados e suficientemente fortes para trazer perspectivas internas muito mais animadoras.
Teria sido tecnicamente mais interessante se essas medidas tivessem sido tomadas no final de março, precedendo as medidas que visaram estimular o consumo. As decisões de investimentos são mais demoradas e submetidas a um conjunto extenso de restrições. Pressupõem a elaboração de projetos e períodos mais longos de negociação com parceiros. Exigem análises e aprovações de órgãos financiadores, para não dizer dos projetos que requerem aprovações ambientais ou estão sujeitos ao complicado processo licitatório e seus inevitáveis recursos, interpostos pelos perdedores dos certames. Daí porque não se pode esperar por resultados de curto prazo.
Portanto, para a retomada sustentável do crescimento nacional, pelo menos dois elementos necessitam ser considerados com urgência. O primeiro sem dúvida, diz respeito à lei de licitações, cujos avanços e mudanças já estão suficientemente diagnosticados. O segundo diz respeito ao clima institucional do ambiente de negócios, promovendo avanços na área tributária e nas relações trabalhistas, facilitando contratações por regimes mais flexíveis e de menor custo e, por fim, o fortalecimento da segurança jurídica. Tudo em prol do aumento da previsibilidade do ambiente nacional.
É bom lembrar que qualquer modelo de combate à pobreza e de inclusão social requer crescimento que, por sua vez, requer investimentos. Com investimentos, o emprego e a renda estarão em ascensão.
Portanto, nesse instante, os estímulos a novos investimentos deveriam nortear os rumos e os tempos das decisões nacionais.

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