Decisões
certas em tempos errados
Ampliar
investimentos é claramente a melhor decisão do governo dos últimos tempos.
Merecem aplausos e o reconhecimento as intenções do governo central em manter-se ativo na recuperação do PIB nacional.
Do
lado do consumo, as tentativas não trouxeram maiores efeitos e, ao que tudo
indica, não os trará nas proporções esperadas.
Por
outro lado, quando combinadas com a ampliação de investimentos, seus efeitos
podem ser altamente potencializados e suficientemente fortes para trazer
perspectivas internas muito mais animadoras.
Teria
sido tecnicamente mais interessante se essas medidas tivessem sido tomadas no
final de março, precedendo as medidas que visaram estimular o consumo. As
decisões de investimentos são mais demoradas e submetidas a um conjunto extenso
de restrições. Pressupõem a elaboração de projetos e períodos mais longos de
negociação com parceiros. Exigem análises e aprovações de órgãos financiadores,
para não dizer dos projetos que requerem aprovações ambientais ou estão
sujeitos ao complicado processo licitatório e seus inevitáveis recursos, interpostos
pelos perdedores dos certames. Daí porque não se pode esperar por resultados de
curto prazo.
Portanto,
para a retomada sustentável do crescimento nacional, pelo menos dois elementos
necessitam ser considerados com urgência. O primeiro sem dúvida, diz respeito à
lei de licitações, cujos avanços e mudanças já estão suficientemente
diagnosticados. O segundo diz respeito ao clima institucional do ambiente de
negócios, promovendo avanços na área tributária e nas relações trabalhistas,
facilitando contratações por regimes mais flexíveis e de menor custo e, por fim, o
fortalecimento da segurança jurídica. Tudo em prol do aumento da
previsibilidade do ambiente nacional.
É
bom lembrar que qualquer modelo de combate à pobreza e de inclusão social
requer crescimento que, por sua vez, requer investimentos. Com investimentos, o
emprego e a renda estarão em ascensão.
Portanto, nesse instante, os estímulos a novos investimentos deveriam nortear os rumos e os tempos das decisões nacionais.
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