Da
Europa veio a grande notícia
A
Cúpula Europeia anunciou que o ESM irá recapitalizar os bancos diretamente, evitando
a intermediação dos governos locais. Esses, por sua vez, terão que implantar
programas de austeridade fiscal.
E
para imprimir maior segurança aos acontecimentos futuros, os líderes europeus
anunciaram ainda a criação, para futuro próximo, de um órgão supervisor único.
Em outras palavras, a Cúpula Europeia inicia agora um processo que poderá
desembocar na unificação bancária e fiscal em toda a região.
O
resultado é exemplar e consagra a negociação como a processo mais importante
para a união dos povos. Uma prática difícil, mas eficaz, da diplomacia europeia,
que a América Latina precisa aprender rapidamente.
No
Brasil, o pacote do meio da semana esteve voltado às compras governamentais e a
mais protecionismo.
Ontem,
não chegou a ser pacote. No máximo, um embrulho para presentear nesse Natal,
com a prorrogação da redução do IPI, os setores de linha branca e móveis.
Prorrogou-se também, no mesmo sentido, a redução de PIS/COFINS, para a
indústria de massas alimentícias.
Tudo
isso em nome do emprego, uma vez que o mercado de trabalho se encontraria em
situação de exaustão de seu crescimento.
Mas,
se já estamos em pleno emprego, para que criar mais vagas? Na verdade o ministro
precisa de crescimento e não de mais emprego. E o problema não está no número
de vagas, mas no excessivo endividamento, que sua política monetária expansionista,
via crédito, lançou as famílias brasileiras. A inadimplência atingiu a
horrorosa marca dos 7%, mesmo depois da redução dos juros e aumentos dos prazos
dos financiamentos. A essa altura, depois de tantas negociações, renegociações
e portabilidade das dívidas e empréstimos, o consumo não cresce e a economia
mantém-se em retração.
Vai
um alerta: os índices de preços já estão muito próximos da deflação.
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