O
que esperar essa semana
da economia brasileira
A semana está começando com certo otimismo importado
das urnas gregas, diretamente para os mercados financeiros mundiais. A promessa de
continuar na zona do euro e fazer os cortes impostos pela União
Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional traz um relativo sossego às
decisões de investimentos. O partido Nova Democracia venceu as eleições parlamentares
realizadas na Grécia ontem, dia 17 de junho. Assim, as pressões para que o país
deixe a zona do euro estão afastadas, por enquanto.
No Brasil, as atenções estarão voltadas para o
mercado de trabalho. Embora a retração haja se aprofundado mais do que as
previsões, o
cenário para o emprego ainda não deverá apresentar oscilações significativas. O
nível de desemprego deve vir apontando um resultado tranquuilizador. Algo em
torno de 6,2% e apontando para a continuidade dos ganhos de renda.
A
indústria deve ter apresentado resultados estáveis, mas o comércio esteve,
desde o início do ano, muito ativo e deve trazer consigo os reflexos de vendas no varejo que já acumulou alta de 9,2% de janeiro até
abril desse ano. Esse
setor também deve mostrar ganhos crescentes no rendimento do trabalhador.
Para maio, espera-se pela expansão do rendimento
médio real, uma vez
que nesse mês, 30% do total das categorias já alcançaram altos percentuais de reajustes.
Outro
dado importante para essa semana será a inflação. Deve mostrar desaceleração da
taxa de inflação mensal. O INPC, índice de reajuste dos salários, registrou
0,55%, em maio, contra 0,64% em abril. Assim, o IPCA-15 de junho também apontará
novo arrefecimento da taxa de inflação
Espera-se
que a inflação seja menor no grupo de alimentos e no grupo de transportes devido à queda
nos preços de veículos, em função das medidas fiscais de redução de IPI e queda
nos preços de combustíveis.
Inflação
em queda e taxas de desempregos estáveis trazem ânimo ao comércio, mas ainda não
animam a indústria.
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