A depressão é
mais psicológica que econômica
A economia
mundial vai mal. Muito mal. Mas esse fato
não é novo. Por que, então, a reação é tão exuberante?Investidores passaram a acreditar que a União Europeia não conseguirá superar os novos problemas criados pela Itália, agravados pelos velhos problemas decorrentes da economia espanhola. Pior, anteciparam o rebaixamento da nota da dívida norte-americana.
De nada
adiantou o artigo publicado no FT, na semana passada, pelos ministros das
finanças da Alemanha e da França, dando conta da disposição europeia de superar
qualquer problema que viesse a surgir na Zona do Euro. Também, os investidores
não se deram contam, ou preferiram não acreditar,
nas declarações do Comissário Econômico da UE, de que a entidade
tem como objetivo reforçar o EFSF.Com isso, o pânico se generaliza pelos mercados, sem que
sejam analisadas as reais condições políticas e econômicas dos países e de suas
verdadeiras diretrizes.
A Ásia, posicionada fortemente em
dólar, teme a esperada recessão dos Estados Unidos. A Europa, assustada pelos
Estados Unidos, paralisa seus mercados. Os Estados Unidos, paralisado pela
Europa, procura aceitar seu rebaixamento.
Enquanto isso abaixo do Equador, ou
mesmo estando com alguma coisa para cima, o Brasil comemora, em estado de
atenção.
O IPCA do IBGE, referente a julho, ficou estável em 0,16%.
Até julho, o IPCA registra alta acumulada de 4,04% e, considerados apenas os últimos
12 meses, a alta está em 6,87%. O INPC mantém-se estável e o Índice de construção
civil acumula alta de 4,39% no ano e 6,61% nos últimos 12 meses. Tudo no figurino das medidas macroprudenciais.
Dada a recessão mundial que se avizinha e o bom
comportamento dos preços no Brasil, já começa a se formar o consenso de que o
COPOM não sobe mais juros esse ano.
O que desanima é que ninguém cogita baixá-lo, por meio da redução das despesas
do governo federal.
Se chegássemos agora ao superávit nominal, o real, além de moeda forte, estável e líquida, seria transformada em moeda de conversibilidade plena. Isso permitiria ao país transformar-se no mais novo e auspicioso centro financeiro regional, para rivalizar-se com Miami e outos grandes centros mundiais.
Impõem-se a redução do custeio nas contas públicas, fechando alguns ministérios, algumas estatais, privatizando as que ainda contaminam nossa eficiência econômica, a redução do quadro de pessoal, preparando os funcionários públicos remanescentes para um novo funcionalismo nacional.
No sábado de manhã, sempre me entusiasmo. Aí exgero as possibilidades, em meus sonhos e devaneios que, sei, não vão se realizar.
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