Brasil
quer fortalecer viés econômico
DOL TV
Brasil
Domingo, 10/07/2011, 08h43
Seis meses após a presidente Dilma
Rousseff assumir o posto, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota,
está resgatando experientes negociadores brasileiros, alguns ainda da gestão do
ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, para reforçar o viés econômico
da política externa brasileira. Na linha da chamada “diplomacia de resultados”,
Patriota traçou uma estratégia cujo fim é diversificar a pauta exportadora,
atrair tecnologia e estimular a pesquisa e a inovação. Para isso, vem
escolhendo a dedo seus principais auxiliares.
Recentemente, no dia em que o Congresso
americano aprovava a redução dos subsídios ao etanol e suspendia o pagamento de
US$ 147,3 milhões de subsídios aos produtores de algodão brasileiros, era
confirmado o embaixador Valdemar Carneiro Leão na subsecretaria de Assuntos
Econômicos. Ele chefiou o órgão no governo do PSDB.
ESTRATÉGIA
Patriota tem a seu lado o porta-voz Tovar Nunes, que no governo Fernando
Henrique chefiou a divisão no Itamaraty que tratava das negociações para a
criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Devido a divergências
entre os EUA, a negociação foi suspensa.
Nessa estratégia, foi mantido, em Buenos Aires, Enio Cordeiro, um dos principais negociadores dos governos de Lula e FH. Também continua na embaixada do Paraguai Eduardo Santos, que foi assessor para assuntos internacionais do tucano.
Segundo fontes do governo, a orientação de Dilma é que os titulares das embaixadas nos países vizinhos, especialmente no Mercosul, tenham cacife para resolver pendências comerciais.
Clodoaldo Hugueney, com forte histórico de negociador econômico — chefiou, no governo Lula, a área econômica da chancelaria —, será mantido na China. Pedro Dias Carneiro, que foi chefe do departamento econômico do Itamaraty, foi para África do Sul.
Ele foi um dos negociadores do G-20 que destruiu a hegemonia dos países ricos na Rodada de Doha. Para a Índia, vai Sérgio Duarte, conhecedor de desarmamento e multilateralismo.
Já os interesses no Irã vêm se tornando mais comerciais e menos políticos e lá permanecerá Antonio Salgado. Quanto aos EUA, não há previsão de troca do embaixador
Um alto funcionário do governo enfatizou que, para Dilma e Patriota, alguns ajustes devem ser realizados na política externa, diante da falta de perspectiva de um acordo de liberalização do comércio na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Uma das diretrizes, vinculada à política industrial que será divulgada mês que vem, é atrair investimentos e novas tecnologias.
Essa fonte enfatizou que, embora o governo Lula tenha sido marcado por questões políticas, sua atuação como mercador no exterior acabou promovendo o aumento das exportações para mercados pouco explorados, como África, Ásia e Leste europeu.
O coordenador de comércio exterior da Fundação Instituto de Administração, Celso Grisi, afirmou que o governo brasileiro conta com bons negociadores “em todas as gerações”.
Para ele, Patriota está trazendo de volta um pragmatismo bem-vindo.
FORÇA
Segundo fontes do governo, a orientação de Dilma é que os titulares das embaixadas nos países vizinhos, especialmente no Mercosul, tenham cacife para resolver pendências comerciais.
Nessa estratégia, foi mantido, em Buenos Aires, Enio Cordeiro, um dos principais negociadores dos governos de Lula e FH. Também continua na embaixada do Paraguai Eduardo Santos, que foi assessor para assuntos internacionais do tucano.
Segundo fontes do governo, a orientação de Dilma é que os titulares das embaixadas nos países vizinhos, especialmente no Mercosul, tenham cacife para resolver pendências comerciais.
Clodoaldo Hugueney, com forte histórico de negociador econômico — chefiou, no governo Lula, a área econômica da chancelaria —, será mantido na China. Pedro Dias Carneiro, que foi chefe do departamento econômico do Itamaraty, foi para África do Sul.
Ele foi um dos negociadores do G-20 que destruiu a hegemonia dos países ricos na Rodada de Doha. Para a Índia, vai Sérgio Duarte, conhecedor de desarmamento e multilateralismo.
Já os interesses no Irã vêm se tornando mais comerciais e menos políticos e lá permanecerá Antonio Salgado. Quanto aos EUA, não há previsão de troca do embaixador
Um alto funcionário do governo enfatizou que, para Dilma e Patriota, alguns ajustes devem ser realizados na política externa, diante da falta de perspectiva de um acordo de liberalização do comércio na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Uma das diretrizes, vinculada à política industrial que será divulgada mês que vem, é atrair investimentos e novas tecnologias.
Essa fonte enfatizou que, embora o governo Lula tenha sido marcado por questões políticas, sua atuação como mercador no exterior acabou promovendo o aumento das exportações para mercados pouco explorados, como África, Ásia e Leste europeu.
O coordenador de comércio exterior da Fundação Instituto de Administração, Celso Grisi, afirmou que o governo brasileiro conta com bons negociadores “em todas as gerações”.
Para ele, Patriota está trazendo de volta um pragmatismo bem-vindo.
FORÇA
Segundo fontes do governo, a orientação de Dilma é que os titulares das embaixadas nos países vizinhos, especialmente no Mercosul, tenham cacife para resolver pendências comerciais.
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