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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Internet para ricos

Acessibilidade e universalidade
ainda são discurso
A F/Nazca realiza periodicamente interessante pesquisa sobre o uso da internet no Brasil. A pesquisa conhecida como F/Radar está em sua nova tomada e revela algumas mudanças na intensidade de uso, embora aponte forte concentração desse uso nas classes sócio-econômicas mais elevadas. Vamos aos principais achados:
1)   51% da população com mais de 16 anos tem acesso à internet. Esse número é apenas 4% a amis que o de março de 2008. A considerar os números dessa pesquisa, o aumento foi muito pequeno.
2)   Nesse período, o de pessoas com acesso realizado por meio de banda larga nas residências subiu de 12% para 31%. Esse dado mostra um nítido aumento na qualidade da navegação.
3)   Nas classes mais altas (A e B), 62% possuem internet rápida em suas residências. Na classe C, 22% apenas possui alguma forma de conexão na residência, enquanto nas classes D e E, esse número cai para  4%. Em outras palavras, o espaço para inclusão digital não parece der se reduzido expressivamente.
4)   A parcela dos que acessam diariamente aumentou de 32% para 41% dos entrevistados.
5)   As pessoas das classes A e B usam a internet 5,3 dias por semana, enquanto as da classe C utilizam 3,7 dias na semana e na classe D e E apenas 2,8 dias por semana.
Os dados desse trabalho permitem concluir que embora o uso da internet em banca larga ainda está concentrado nas camadas mais altas da população e que seu crescimento não tem sido tão expressivo como se divulga cotidianamente nas mídias nacionais. Permite também concluir que, de modo geral, a intensidade de uso tem aumentado consideravelmente, mas que o uso de maior qualidade ainda se acha muito concentrado nas classes mais favorecidas.
Faz crer que os gargalos estejam associados à ausência de infraestrutura de redes e aos preços praticados no mercado brasileiro.


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