Acessibilidade e universalidade
ainda são
discurso
A F/Nazca
realiza periodicamente interessante pesquisa sobre o uso da internet no Brasil.
A pesquisa conhecida como F/Radar está em sua nova tomada e revela algumas
mudanças na intensidade de uso, embora aponte forte concentração desse uso nas
classes sócio-econômicas mais elevadas. Vamos aos principais achados:
1)
51% da população com mais de 16
anos tem acesso à internet. Esse número é apenas 4% a amis que o de março de 2008.
A considerar os números dessa pesquisa, o aumento foi muito pequeno.
2)
Nesse período, o de pessoas com
acesso realizado por meio de banda larga nas residências subiu de 12% para
31%. Esse dado mostra um nítido aumento na qualidade da navegação.
3)
Nas classes mais altas (A e B),
62% possuem internet rápida em suas residências. Na classe C, 22% apenas possui
alguma forma de conexão na residência, enquanto nas classes D e E, esse
número cai para 4%. Em outras
palavras, o espaço para inclusão digital não parece der se reduzido expressivamente.
4)
A parcela dos que acessam
diariamente aumentou de 32% para 41% dos entrevistados.
5)
As pessoas das classes A e B
usam a internet 5,3 dias por semana, enquanto as da classe C utilizam 3,7
dias na semana e na classe D e E apenas 2,8 dias por semana.
Os dados
desse trabalho permitem concluir que embora o uso da internet em banca larga
ainda está concentrado nas camadas mais altas da população e que seu
crescimento não tem sido tão expressivo como se divulga cotidianamente nas
mídias nacionais. Permite também concluir que, de modo geral, a intensidade
de uso tem aumentado consideravelmente, mas que o uso de maior qualidade
ainda se acha muito concentrado nas classes mais favorecidas.
Faz crer
que os gargalos estejam associados à ausência de infraestrutura de redes e
aos preços praticados no mercado brasileiro.
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