A
Ásia foi o prenúncio
Bolsas asiáticas inauguraram as baixas dessa
sexta-feira. Temores com a redução forte do ritmo da economia norte-americana
estiveram associados e com as dívidas européias inspiraram as quedas.
Internamente, as perspectivas com novas medidas monetárias acabaram por
adicionar mais lenha à fogueira.
As perspectivas desenhadas pelos
investidores chineses assentam-se na hipótese de que seu governo central não vá
reorientar a política econômica. Entendem que a austeridade fiscal venha a
aumentar e que a política monetária continuará combatendo o crescimento
excessivo e a inflação dele decorrente.
A China realmente não pode adotar
políticas expansionistas, dadas as limitações imposta, pó um lado, pelas
pressões inflacionárias internas e, por outro, pelas restrições internacionais,
cujos riscos sugerem cautela. No sentido oposto, a necessidade de criação de
novos empregos também não admite contrações econômicas ou reduções do crescimento
do PIB menores que 8,5 % em 2011.
Os desafios da economia chinesa, embora conflitantes, estão colocados:
1) A moeda local deverá
gradativamente fortalecer-se com o objetivo de internacionalizar-se e,
simultaneamente, reduzir as assimetrias nas correntes de comércio produzidas pela sua excessiva desvalorização.
2) As questões orçamentárias obrigam o país ao controle de sua
inflação e ao equilíbrio das dívidas de suas unidades administrativas.
3) As pressões sociais requerem a ampliação sustentada do
consumo, pelo crescimento do emprego e da renda.
De forma realista, o quadro das restrições chinesas deixa
poucas possibilidades de manobra e não permite aos dirigentes que se afastem
significativamente dele.
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