Investir em banco estrangeiro que opera
no Brasil é seguro, afirmam economistas
Veículo: Portal R7
- Data: 09/08/11
Jornalista: Raphael Hakime, do R7
Sistema do BC monitora transações e identifica
práticas ilegais, o que impede fraudes
Apesar da
turbulência que atinge os principais mercados mundiais, como Estados Unidos,
França, Itália, Inglaterra e Espanha, aplicar recursos ou manter os investimentos
em bancos criados nesses países é seguro, segundo especialistas ouvidos pelo R7.
Eles advertem que nenhuma instituição está imune às incertezas econômicas, mas
suspeitar da quebra de um banco é algo distante neste momento.
Atualmente,
a economia está interligada e, portanto, nem mesmo um banco suíço está
blindado, já que ele também aplica em outros bancos, explica Carlos Alberto
Widonsck, professor de finanças e economia da Fundação Vanzolini e
sócio-diretor da ADN Investimentos. No entanto, ele explica que colocar grana
em um banco estrangeiro não é arriscado:
- Não
precisa ligar o sinal de alerta se tiver dinheiro aplicado nesses bancos. Não
vejo necessidade, porque não é uma crise bancária, é uma crise governamental.
Eu não vejo uma crise bancária, de crédito bancário, vejo uma crise de
governos. Não estamos falando especificamente do Santander, estamos falando do
governo da Espanha; não estamos falando da Banca d’Itália, estamos falando do
governo italiano; não estamos falando do Citibank, estamos falando do governo
americano. Os bancos não estão tendo problemas [agora].
Celso Grisi, professor da FIA (Fundação Instituto de Administração) e diretor do Instituto Fractal, explica ainda que o governo brasileiro faz exigências muito maiores para um banco estrangeiro se instalar aqui que os BCs de outros países.
- As exigências que o Banco Central brasileiro faz são infinitamente maiores que o que é exigido em outros países. Temos uma alavancagem hoje na casa de 4%, o que é muito seguro. Em segundo lugar, a remessa de dólar para o exterior tem que passar pelo Banco Central. Então, se ele [BC] perceber qualquer número que cause estranheza no sistema bancário, ele interrompe a operação. Portanto, o risco [de aplicar em bancos estrangeiros] é zero.
A alavancagem é um indicador que mostra a capacidade de uma instituição financeira de “girar” dinheiro sem aumentar seu patrimônio liquido na mesma proporção. Quanto maior o grau de alavancagem dos bancos, maior o risco de liquidez da instituição e maior a chance de insolvência, ou seja, quando um devedor não pode pagar as dívidas. Portanto, quanto menor o número, mais segura está sua grana no banco.
Além disso, Grisi afirma que “o Brasil é um mercado muito interessante para os bancos estrangeiros, porque é um mercado em expansão, que se sofisticou e tem como grande vantagem a solidez”.
Celso Grisi, professor da FIA (Fundação Instituto de Administração) e diretor do Instituto Fractal, explica ainda que o governo brasileiro faz exigências muito maiores para um banco estrangeiro se instalar aqui que os BCs de outros países.
- As exigências que o Banco Central brasileiro faz são infinitamente maiores que o que é exigido em outros países. Temos uma alavancagem hoje na casa de 4%, o que é muito seguro. Em segundo lugar, a remessa de dólar para o exterior tem que passar pelo Banco Central. Então, se ele [BC] perceber qualquer número que cause estranheza no sistema bancário, ele interrompe a operação. Portanto, o risco [de aplicar em bancos estrangeiros] é zero.
A alavancagem é um indicador que mostra a capacidade de uma instituição financeira de “girar” dinheiro sem aumentar seu patrimônio liquido na mesma proporção. Quanto maior o grau de alavancagem dos bancos, maior o risco de liquidez da instituição e maior a chance de insolvência, ou seja, quando um devedor não pode pagar as dívidas. Portanto, quanto menor o número, mais segura está sua grana no banco.
Além disso, Grisi afirma que “o Brasil é um mercado muito interessante para os bancos estrangeiros, porque é um mercado em expansão, que se sofisticou e tem como grande vantagem a solidez”.
Para
tranquilizar ainda mais quem tem dinheiro em bancos espanhóis ou americanos,
por exemplo, Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac (Associação Nacional
de Executivos de Finanças), explica que não existe risco “porque o importante
para os clientes é a situação desses bancos aqui dentro, que estão bem
capitalizados”.
- Não vejo preocupação para quem tem dinheiro investido nesses bancos. Não há motivo para ter qualquer preocupação.
Futuro brasileiro
Apesar da tranquilidade que os investidores devem ter com o dinheiro que têm aplicado nos bancos ou ainda vão aplicar, a situação econômica brasileira pode se alterar nos próximos meses e os clientes devem se precaver, segundo Widonsck, que espera reflexos da crise no Brasil em breve, já que o país é basicamente um exportador de matérias-primas básicas (commodities).
- [Essa turbulência] não vai respingar aqui no Brasil? Com certeza, vai. A economia como um todo vai diminuir, vai afetar o balanço dos bancos porque vai diminuir o crédito e as pessoas vão comprar menos. Pode haver uma desestabilização na oferta de emprego, como acontece nos Estados Unidos.
- Não vejo preocupação para quem tem dinheiro investido nesses bancos. Não há motivo para ter qualquer preocupação.
Futuro brasileiro
Apesar da tranquilidade que os investidores devem ter com o dinheiro que têm aplicado nos bancos ou ainda vão aplicar, a situação econômica brasileira pode se alterar nos próximos meses e os clientes devem se precaver, segundo Widonsck, que espera reflexos da crise no Brasil em breve, já que o país é basicamente um exportador de matérias-primas básicas (commodities).
- [Essa turbulência] não vai respingar aqui no Brasil? Com certeza, vai. A economia como um todo vai diminuir, vai afetar o balanço dos bancos porque vai diminuir o crédito e as pessoas vão comprar menos. Pode haver uma desestabilização na oferta de emprego, como acontece nos Estados Unidos.
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