Bovespa vira e cai mais de 1% seguindo piora no exterior
Folha On line - 24/08/2011 - 13h08
DE SÃO PAULO
A
Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) não conseguiu manter a
tendência de alta vista durante a manhã, influenciada pela redução do
ritmo de valorização nos mercados dos Estados Unidos.
Às 13h05, o Ibovespa,
principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, tinha
desvalorização de 1,42%, aos 53.022 pontos. Nos EUA, o Dow Jones caía
0,29%.
No mesmo horário, o dólar comercial era negociado por R$ 1,608, em alta de 0,50%. A taxa de risco-país marca 205 pontos, 2,38% abaixo da pontuação anterior.
A
volatilidade ainda toma conta dos mercados, na semana em que todos os
investidores aguardam o discurso do presidente do Fed (Federal Reserve, o
Banco Central dos EUA), Ben Bernanke, na sexta-feira.
A
esperança é que a autoridade monetária anuncie novas medidas para lidar
com a fraqueza do crescimento econômico no país. Analistas, porém,
acreditam que nenhuma grande ação --como uma nova rodada do programa de
compra de títulos conhecido como QE-- deva ser divulgada.
Entre
as notícias do dia, o gabinete de Orçamento do Congresso dos Estados
Unidos, conhecido como CBO, divulgou previsão de que o país terá
crescimento econômico de 2,3% este ano, uma desaceleração em relação ao
aumento de 3% registrado em 2010.
A
previsão do gabinete é que o deficit orçamentário federal americano
deve retroceder para 8,5% do PIB em 2011, e para 6,2% em 2012. O
Congresso previa até agora uma deterioração das finanças públicas para
este ano.
Ainda
do lado positivo, a demanda por bens duráveis cresceu 4% no país em
julho, a maior variação em quatro meses, depois de cair 1,3% --dado
revisado-- em junho, segundo dados do Departamento do Comércio. A
previsão do mercado era de alta de 2%.
Os
preços de imóveis nos EUA, porém, caíram 5,9% no segundo trimestre do
ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, a maior queda
desde 2009.
No
Brasil, o Banco Central divulgou que a taxa média de juros ao
consumidor caiu pelo segundo mês consecutivo em julho. Nesses dois
meses, a taxa recuou de 46,8% para 45,7% ao ano.
Para
as empresas, no entanto, a taxa média de juros voltou a subir, depois
da queda registrada em junho, e chegou a 31,4% ao ano.
A inadimplência ficou estável para as empresas (3,8%), mas voltou a subir para os consumidores (6,6%).
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