Não se trata de coincidência.
O IPCA-15, do IBGE, apresentou alta de 0,51% em maio. Em abril, já havia subido 0,43%. Nesse ano, o IPCA-15 está em 2,39% e nos últimos 12 meses, atingiu 5,05%. O resultado ainda é bom e a retração econômica pode contribuir para a redução da inflação em relação a 2011. Entretanto, para as próximas semanas a alta do dólar, associada ao relaxamento monetário, trarão novas preocupações sobre o comportamento dos preços.O crescimento econômico está realmente comprometido e os números dão reforço à tese de que o governo deverá continuar buscando por novas medidas. A atividade industrial, medida pela Sondagem Industrial do CNI aponta que o nível de produção da indústria caiu em abril para 45,3 pontos, contra 54,6 pontos registrados em março. Em abril de 2001 o índice estava em 47,2 pontos.
A mesma pesquisa aponta que o nível médio de utilização da capacidade instalada manteve-se em 71% no mês de abril, crescendo apenas 1% em relação a março.
O quadro de desalento econômico pode agora ser finalizado pelos artífices da política econômica atual: a arrecadação federal de abril atingiu novo, alcançando R$ 92,628 bilhões.
Isso significa um crescimento real de 3,49% sobre abril de 2011. O leão tem fome. Só nos primeiro 4 meses desse ano, a arrecadação de tributos federais totalizou R$ 349,477 bilhões, representando um aumento de 6,28% em relação a igual período do ano passado.
A carga tributária nacional penaliza em excesso a produção. Crescendo com esse vigor em período de estagnação econômica, pressões inflacionárias e queda da produção industrial desenha para todos a solução do problema nacional.
A reforma tributária e a ampliação dos investimentos são as necessidades mais urgentes do país. Repetir fórmulas anteriores trará benefícios modestos à economia. Melhor será abandonar os aprendizados anteriores e repensar o presente, abandonando a política do “mais do mesmo”.
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