Crédito: o custo das mudanças
para os bancos públicos
Túlio Maciel, chefe
do Departamento Econômico do Banco Central, anunciou dados que mostram que os
bancos públicos responderam por 21,4% do PIB no mês de março de 2012, enquanto
os bancos privados por 19%. Tendo em conta que há um ano atrás, os bancos públicos
representavam 19% do PIB e os Privados, 18,4 %, é de se esperar que, depois de
todas as medidas governamentais, a participação dos bancos públicos suba
significativamente nos meses de abril e maio.
Aí é que mora o
perigo. Os bancos privados, tendo sofrido redução de suas margens, precisam
ampliar seus volumes, mas preservando a qualidade do crédito.
Outra informação
preciosa é que a relação do crédito com o PIB ficou estável na relação com
janeiro, com 48,8%. No mês de março de 2011, a relação Crédito/PIB era de 45,1%.
Portanto, quem garantiu
a estabilidade dos empréstimos em relação ao Produto Interno Bruto foram os
bancos públicos que, em período de inadimplência elevada, devem apresentar
deterioração de suas carteiras de crédito.
Nesse sentido, os
investidores começam a enviar os sinais dessa preocupação por meio da bolsa de
valores. Temem que a qualidade do crédito implique maior nível de provisões
e, sobretudo, que a redução dos juros comprometa as margens das operações desses
bancos. O problema do capital aberto é esse: sobra para o pequeno acionista.
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