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domingo, 20 de maio de 2012

Ferrou geral.

O próximo movimento:
demissões
E o primeiro trimestre se encerrou com o PIB em 0,35%, conforme divulgação do IBC – Br, do Banco Central.
Agora o anúncio tem chapa branca: crescimento só para o ano que vem. Demanda em queda, crédito imobilizado e capitais estrangeiros em fuga marcam a suspensão e adiamento dos investimentos no país.
É a terceira queda mensal sucessiva, apesar do arsenal de medidas estocado no Ministério da Fazenda.
Fica a primeira lição: não se muda nada sem consultar os agentes e obter sua adesão.
A segunda lição é ainda mais forte: todos se elegem com votos populares, mas devem administrar em consonância com os principais atores sociais, políticos e, também, com os econômicos.
A mais amarga das lições, em regimes capitalistas, pode ser aprendida, nesse momento: atores econômicos repudiam a sua exclusão.
Por fim, vale lembrar, a lição final: não subtraia a previsibilidade da economia, pois os investidores alçam vôo.
Sem investimentos não há crescimento. Sem crescimento não há emprego. E sem emprego não há como fazer a renda crescer. Portanto, não há consumo, mesmo com juros baixos.
O trinômio mágico é composto por investimento, emprego e crescimento.
Ainda dá tempo. Mas, um jantar com os grandes banqueiros seria aconselhável. Naturalmente, seguido de uma visita à FIESP e à Federação da Agricultura.
Que tal um gesto de paz e de reconciliação com os capitais?
Uma mão estendida evitaria as demissões que começam a ser programadas.

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