Os números apontam para a
necessidade de mudanças
na política econômica
necessidade de mudanças
na política econômica
O
IPC-Fipe veio com alta de 0,41%, na terceira quadrissemana de maio. Na segunda
prévia do mês, havia subido um pouco mais: 0,48%. O resultado indica que a
inflação deu uma trégua na sua curva ascendente. Por outro lado, estando um
pouco mais baixa, reflete a intensidade contração da economia nacional.
O
esforço governamental para combater essa retração pode ser percebido pelas medidas
do governo federal para ampliar o estoque de crédito do sistema financeiro
nacional, apesar da inadimplência ter voltado a crescer. Em abril, as operações
de crédito apresentam o estoque é de R$ 2,1 trilhão e representa um
crescimento de 1,2%, no mês.
O relaxamento
da política monetária é bastante visível. Juros baixos, prazos alongados,
oferta crescente das modalidades de empréstimos tentam incentivar o consumo. Enquanto
isso, a inadimplência das pessoas físicas que estava em 7,4%, em março, evolui
para 7,6%, em abril. Nos créditos a inadimplência veículos, atingiu-se o recorde de 5,9%.
Já se
sabe que o endividamento das famílias atingiu um percentual inusitado.
Também
já é de domínio público que o endividamento representa uma parcela inusitada da
renda dessas famílias. Mesmo assim, o governo estimula o crédito e o consumo.
Quando
consultado, o consumidor mostra seu pessimismo crescente. A Sondagem do
Consumidor, realizada na passagem de abril para maio, mês das noivas e das
mães, apontou um recuo de 1,2% na confiança do consumidor. O indicador de
confiança retrocedeu de 128,7 para 127,1.
Talvez
o aumento dos investimentos do governo, cuja realização anda abaixo do orçamento, e o
incentivo a ampliação dos investimentos externos diretos, que também apresenta
queda apreciável, pudessem trazer novo ânimo à atividade econômica.
O que
não se pode no capitalismo é viver em confronto com os capitais.
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