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sábado, 26 de maio de 2012

Semana e seus indicadores

Os números apontam para a
necessidade de mudanças
na política econômica
O IPC-Fipe veio com alta de 0,41%, na terceira quadrissemana de maio. Na segunda prévia do mês, havia subido um pouco mais: 0,48%. O resultado indica que a inflação deu uma trégua na sua curva ascendente. Por outro lado, estando um pouco mais baixa, reflete a intensidade contração da economia nacional.
O esforço governamental para combater essa retração pode ser percebido pelas medidas do governo federal para ampliar o estoque de crédito do sistema financeiro nacional, apesar da inadimplência ter voltado a crescer. Em abril, as operações de crédito apresentam o estoque  é de R$ 2,1 trilhão e representa um crescimento de 1,2%, no mês.
O relaxamento da política monetária é bastante visível. Juros baixos, prazos alongados, oferta crescente das modalidades de empréstimos tentam incentivar o consumo. Enquanto isso, a inadimplência das pessoas físicas que estava em 7,4%, em março, evolui para 7,6%, em abril. Nos créditos a inadimplência veículos, atingiu-se o recorde de 5,9%.
Já se sabe que o endividamento das famílias atingiu um percentual inusitado.
Também já é de domínio público que o endividamento representa uma parcela inusitada da renda dessas famílias. Mesmo assim, o governo estimula o crédito e o consumo.
Quando consultado, o consumidor mostra seu pessimismo crescente. A Sondagem do Consumidor, realizada na passagem de abril para maio, mês das noivas e das mães, apontou um recuo de 1,2% na confiança do consumidor. O indicador de confiança retrocedeu de 128,7 para 127,1.
Talvez o aumento dos investimentos do governo, cuja realização anda abaixo do orçamento, e o incentivo a ampliação dos investimentos externos diretos, que também apresenta queda apreciável, pudessem trazer novo ânimo à atividade econômica.
O que não se pode no capitalismo é viver em confronto com os capitais.

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