Alta do IGP-M,
em maio
A inflação já
voltou. O crescimento ainda não. Foi apenas uma
pressão sobre preços industriais, decorrente da depreciação
cambial?
Parece que
sim. O IGP-M da FGV para maio confirmou as previsões dos analistas, com uma alta
de 1,02%. Pior, bem no dia da reunião do COPOM.
A aceleração já
vinha acontecendo desde abril, quando o indicador registrou alta de 0,85%. No
mês de maio, os preços industriais alcançaram 1,29% e, parte não desprezível deles
é importada.
A desvalorização do real contribuiu, sem dúvida, para o resultado
de maio, entretanto não se
pode esquecer da pressão exercida pelos produtos alimentícios, cuja alta não
tem nada a ver com os problemas cambiais.
Entre os alimentos, a maior alta veio
dos produtos “in natura”, sem que isso possa ser explicado por fenômenos
climáticos ou por sazonalidades da oferta ou da procura. Espantoso também que,
em meio à retração econômica vivida no país, o IPC-M, no varejo, tenha subido
0,50% e o INCC, tenha alta de 1,30%.
Repito que, se
o COPOM tiver juízo, os juros deveriam ficar onde estão. Será possível entender
uma queda para 8,5%, depois de todo o barulho feito em cima do sistema
financeiro. Mas, francamente não é momento para exageros e muito menos para desesperos.
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