Uma síntese
das postagens da semana passada
A retração
tem sido maior do que todos esperavam e, mais, tem se mostrado muito resiliente
às medidas de estímulos ao crescimento econômico. Segurou sozinha a inflação,
medida pelo IPCA, em 5,05%, nos últimos 12 meses.
Para
tentar decolar a economia, o governo tem impulsionado o crédito. A carteira de
crédito expandiu-se no mês de abril, em 1,2 % e juros e spreads foram
reduzidos. As tarifas bancárias, entretanto, sofreram altas. A inadimplência
continua a atormentar a todos. Em abril, mostrou-se em alta. Mas os analistas e
o governo garantem que esse foi o último movimento de alta. Daqui para frente,
prometem que a inadimplência deve recuar.
O mercado
de trabalho registrou marca empolgante para o desemprego no país: a taxa de
desemprego ficou em 6,0%, no mês passado.
Por
fim, o governo lançou, no primeiro dia da semana, um novo
conjunto de medidas, objetivando incentivar o consumo. Sem nenhuma
originalidade, editou o pacote que poderia ter sido chamado de “Pacote do mais do
mesmo”. Uma reedição empobrecida das medidas de 2008:
1) redução do IOF em
operações de crédito ao consumidor
2)
diminuição
do IPI de automóveis
3)
taxa
de juros menores no Programa de Sustentação do Investimento do BNDES
4) liberação de parte
dos depósitos compulsórios.
A
indústria automobilística foi a grande premiada. Reduzirá seus estoques e não
deverá por em execução planos de demissões que estavam sendo estudados, por
parte do setor.
Os
bancos não ficaram de fora. Contam com R$18 bilhões liberados do compulsório,
mas comprometeram-se a reduzir os juros dos empréstimos, aumentar o número de
prestações e reduzir o valor da entrada. Temerário, mas não tinham outra saída diante das pressões governamentais.
A
avaliação de especialistas é que as medidas farão algum efeito sobre o nível da
atividade econômica, mas entendem que os resultados serão modestos.
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