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domingo, 27 de maio de 2012

A semana que passou, no Brasil

Uma síntese das postagens da semana passada
A retração tem sido maior do que todos esperavam e, mais, tem se mostrado muito resiliente às medidas de estímulos ao crescimento econômico. Segurou sozinha a inflação, medida pelo IPCA, em 5,05%, nos últimos 12 meses.
Para tentar decolar a economia, o governo tem impulsionado o crédito. A carteira de crédito expandiu-se no mês de abril, em 1,2 % e juros e spreads foram reduzidos. As tarifas bancárias, entretanto, sofreram altas. A inadimplência continua a atormentar a todos. Em abril, mostrou-se em alta. Mas os analistas e o governo garantem que esse foi o último movimento de alta. Daqui para frente, prometem que a inadimplência deve recuar.
O mercado de trabalho registrou marca empolgante para o desemprego no país: a taxa de desemprego ficou em 6,0%, no mês passado.
Por fim, o governo lançou, no primeiro dia da semana, um novo conjunto de medidas, objetivando incentivar o consumo. Sem nenhuma originalidade, editou o pacote que poderia ter sido chamado de “Pacote do mais do mesmo”. Uma reedição empobrecida das medidas de 2008:
1)  redução do IOF em operações de crédito ao consumidor
2)  diminuição do IPI de automóveis
3)  taxa de juros menores no Programa de Sustentação do Investimento do BNDES
4)  liberação de parte dos depósitos compulsórios.
A indústria automobilística foi a grande premiada. Reduzirá seus estoques e não deverá por em execução planos de demissões que estavam sendo estudados, por parte do setor.
Os bancos não ficaram de fora. Contam com R$18 bilhões liberados do compulsório, mas comprometeram-se a reduzir os juros dos empréstimos, aumentar o número de prestações e reduzir o valor da entrada. Temerário, mas não tinham outra saída diante das pressões governamentais.
A avaliação de especialistas é que as medidas farão algum efeito sobre o nível da atividade econômica, mas entendem que os resultados serão modestos.

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