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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Ativos problemáticos

Para o Banco Central, o problema não é mais a inadimplência. Mas os ativos problemáticos.
O Valor Econômico acaba de produzir uma matéria sobre isso. A inadimplência cresceu, nos últimos dois anos, de 3,04% para 3,75%. Nas carteira dos bancos, os ativos problemáticos cresceram a uma velocidade maior: de 5,83, em junho de 2015, passou para 8,11 %, no final do primeiro semestre de 2016.
Os ativos problemáticos são  representados pelo volume de atrasos maior que 90 dias e pelas operações que foram reestruturadas ou que tiveram piora na classificação contábil dos bancos. O maior responsável por esse rápido avanço foi o crescimento das operações de reestruturação das dívidas, puxadas sobretudo pelas grande empresas.
Esse indicador  mostra o estado das empresas que operam no país. Pior, os spreads altíssimos não contribuem para a solução do problema. Ao contrário, agravam a situação e, pior, dificilmente o Banco Central agirá para reduzi-los. O grau de concentração da indústria financeira já não permite soluções negociadas. O setor financeiro tem se apropriado da riqueza nacional há muito tempo, agravando as desigualdades e empobrecendo os agentes econômicos.
Isso não vai acabar bem.

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