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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O vento está a favor

Tudo caminha bem. No curto prazo
a mudança é pouco provável.
A combinação errática de variáveis econômicas, políticas e sociais, para o Brasil, dentro da maior crise econômica da história, poderia ser classificada entre os chamados Atos de Deus. Os Atos de Deus foram consagrados no direito, como aqueles acontecimentos fora do controle do ser humano, atribuídos invariavelmente às forças da natureza. Foi como aconteceu na economia mundial, trazendo de maneira massiva a destruição dos valores das riquezas nos países desenvolvidos e beneficiando à quase totalidade dos emergentes, entre eles, o Brasil.

A configuração do mundo lhes ficou favorável à medida que seus consumos internos emprestaram vigor aos crescimentos dos PIB’s nacionais. O mundo passa a apresentar liquidez excessiva, com juros muito baixos para financiar esses crescimentos. Não bastasse isso, as commodities, sobretudo às agrícolas, submetidas à intensa demanda, tiveram os preços fortemente impulsionados, no mesmo momento em que assistíamos à depreciação do dólar. Para culminar, a economia mundial começa a emitir os primeiros sinais de recuperação.
Deus - ou a natureza, com querem outros-, mostra-se realmente brasileiro.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O governo cumpre papel importante no crescimento nacional

Financiamentos oficiais para o
desenvolvimento nacional
Os financiamentos oficiais, em grande medida, obedientes às estratégias de políticas industriais, são dirigidos à superação gargalos produtivos e às obras de infra-estruturas, como demonstram nos dois gráficos a seguintes, sobre a utilização da capacidade instalada distribuídas pelos setores e sobre o total da capacidade produtiva do Brasil.
Gráfico 8: Utilização da Capacidade Instalada por Categorias (%)
Fonte:FGV
O setor menos pressionado é o de bens de capital. Entretanto, isso não o isenta de novos investimentos. Os bens de capital são bens que geram riqueza, daí nome "de capital". Um bom exemplo são as máquinas compradas por empresas ou indústrias, que fabricam outros bens com uso dessa máquina comprada. Portanto, os investimentos em atualização tecnológica, inovação, desenvolvimento funcionais refletem-se na competitividade de todos os outros setores que se servem desses bens para produzir.
O setor de bens intermediários (indústria de base), indústrias que fornecem insumos a outras empresas, já se encontra em níveis críticos de utilização. O mesmo acontece com o setor de materiais de construção. Essa situação limítrofe pode desencadear, na ausência dos investimentos necessários, pressões de custo e, por conseguinte uma alta generalizada desses preços, configurando um processo inflacionário latente. Os riscos maiores associam-se a eventos de grandes magnitudes que estão por ocorrer nos próximos anos, tais como a Copa do Mundo e a Olimpíada que serão sediados no Brasil. O setor de construção está aquecido, obrigando as empresas produtoras de cimento a acelerar seus investimentos em novas plantas para satisfazer dar conta de uma demanda reprimida.



De fato, o “motor” do crescimento brasileiro continuará sendo pelos próximos anos o mercado doméstico. Os investimentos estão se acelerando, como indica o gráfico seguinte, acentuando as boas perspectivas para os próximos anos. Parece fechar-se um ciclo virtuoso de crescimento econômico, redução de desigualdades, ampliação das oportunidades, inclusão social e de novas oportunidades retro-alimentadoras do desenvolvimento brasileiro.

Crescimento, preços e investimentos

O crescimento brasileiro exige
novos invetimentos
O Brasil é um país, que pela amplitude de seu mercado e pelas taxas de crescimentos futuras, transformou-se em um dos principais alvos das empresas multinacionais em escala global.
A entrada de dólares é grande, a liquidez interna expandiu-se muito, a renda, em crescimento, impulsionou rapidamente o consumo a ponto de, nos últimos meses, ameaçar temerariamente o equilíbrio dos preços.
O país terá que equacionar seu crescimento para não ver sua inflação superar o centro da meta, fixada em 4,5% ao ano. Além dessa expansão doméstica, superior ao crescimento produto do país, preocupam a taxa de câmbio apreciada em excesso e o déficit externo que se sabe financiável, principalmente por meio de investimento direto estrangeiro (IDE). Então é necessário investir. O país também tem feito isso.
O gráfico abaixo indica a composição do investimento no Brasil de acordo como tipo de fonte. Isolando-se os créditos concedidos às pessoas jurídicas, observa-se que o grau de endividamento das empresas é pequeno, sobretudo no que respeita às decisões de investimentos. A maior pressão sobre a alavancagem financeira deriva das operações com o capital de trabalho. Em períodos de crescimento econômico é natural que os estoques cresçam e que os financiamentos às vendas aumentem. Os recursos próprios que já foram da ordem de 60% no início da década de 2000, hoje é menor, evidenciando o aumento do grau de confiança do empresário na economia e estimulando-o a buscar por novas fontes de financiamentos, em adição aos recursos próprios.
Não fora a necessidade do país de manter níveis das taxas de juros tão altas, os investimentos poderiam ser objetos de estímulos adicionais. Por outro lado, é interessante lembrar que o atual mercado de capitais brasileiro, conhecido como Novo Mercado, tem se apresentado como um relevante instrumento de captação de recursos, e que mantém um apreciável potencial de desenvolvimento para os próximos anos.
Osrecursos egressos do governo por meio do BNDES, mesmo desconsideradas as políticas anticíclicas, mostram um aumento gradativo de sua participação no total dos financiamentos às empresas, ao longo do tempo.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Aumentar juros ou diminuir a liquidez

Medida contra liquidez tem peso igual a alta de 0,75 ponto nos juros
Veículo: DCI  -  Data: 25/02  -  karina Nappi
São Paulo - Pesquisa do Banco Central aponta que as medidas macroeconômicas tomadas pelo governo em dezembro de 2010 representaram uma alta de 0,75 ponto percentual na taxa de juros (Selic). Segundo o consultor financeiro do Centro de Estudos Calil & Calil, Mauro Calil, esse reflexo é real e deve ser adicionado na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para semana que vem.
"Podemos ver essa alta no IGP-DI fururo. O mercado já precifica essa variação e na prática o aumento já existe. Na próxima reunião do Copom teremos um acréscimo de 0,75 ponto percentual, que vem atrelado também a inflação em alta e o crédito contido", analisa Calil.
"As medidas tinham que ser feitas para conter e retirar a liquidez da economia. O saldo dos compulsórios está nos R$ 800 bilhões, é um valor enorme, para completar houve corte no orçamento. No efeito sobre a inflação retirou aproximadamente os 0,75 ponto realmente. Temos uma inflação de demanda, os produtos agrícolas tiveram uma alta internacional, junto temos a renda e a demanda crescentes que vão acarretar no aumento da inflação nos setores de alimento, vestuário, calçado, farmácia e combustíveis. Temos que dar uma porrada de 0,75 ponto ou 1 ponto nesta reunião do Copom para conter a entrada de dólares e a inflação, na próxima reunião mais 0,5 ponto", reafirmou o diretor da Fractal, Celso Grisi. Entre as medidas adotadas pelo BC para conter a liquidez da economia, em dezembro do ano passado, estão o aumento do requerimento de capital em operações de crédito para pessoas físicas, em financiamentos e leasing de veículos, e a elevação dos compulsórios bancários (parcelas dos depósitos que, obrigatoriamente, precisam ser depositadas no BC).
Outra questão colocada pelo BC foi sobre a expectativa do mercado quanto ao superávit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) do setor público. Para 2011, a mediana das estimativas ficaram em 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2012, a mediana ficou em 2,9% do PIB.
"As projeções são reais, o governo esta buscando uma austeridade fiscal maior, usando de expedientes ditatoriais, que uma hora seriam necessários. As atitudes só teriam eficácia no começo do governo", frisa Calil.
A terceira questão aos analistas foi a projeção de variação nos preços das commodities em reais. A mediana das respostas apontou 15%. "O preço das commodities irá crescer, visto o preço internacional do petróleo, por exemplo, que esta fora de controle. A safra agrícola será modesta, os preços vão provocar desequilíbrios, vamos ter um crescimento de 20% no geral, a demanda vai aumentar e a produção vai diminuir esse ano, o que levará o preço para cima".

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Mundo, vasto mundo

Uma rima longe da solução
O continente europeu também começa a se animar e isso acontece no momento em que momento o norte da África e o Oriente Médio se incendeiam. O euro se desvaloriza lentamente, melhorando a competitividade da região. A Alemanha continua sua recuperação acelerada.
Na Ásia, o aumento das tensões geoestratégicas nos últimos dias imobiliza investidores. A China, embora todas as medidas monetárias tomadas recentemente, continua a crescer em ritmo superior ao potencial de crescimento de sua economia. A inflação permanece ameaçando a sustentabilidade da expansão. Alguns sinais captados na internet já deixam entrever a existência de descontentamentos entre as populações mais jovens. Também já se identificam pessoas e instituições dispostas a organizar movimentos assemelhados aos ocorridos no mundo mulçumano.
Quanto nos chegam, as notícias dão conta de uma forte repressão imposta pelo Governo de Pequim.
As insatisfações parecem realmente afastadas de aspectos ideológicos ou religiosos. As aspirações por novos padrões de consumo, assim como a busca por maior liberdade individual e de expressão somam-se ao desejo de autodeterminar os próprios destinos pessoais. Na base de tudo está o inconformismo com tamanhas desigualdades entre os seres humanos. Mas, vale imaginar que o problema pode produzir manifestações por uma extensa área da Ásia. Veja o mapa a seguir:

Estados Unidos oscilam, mas evoluem na sua economia

As fronterias do consumo podem
crescer pelas mãos dos EUA
Dos Estados Unidos as notícias econômicas aumentam a convicção dos analistas sobre a recuperação da economia. Resta saber se isso é tão bom. A recuperação norte-americana, com o crescimento previsto, e já anunciado, de 4,0% ao ano, ameaça o sistema de preços internacional. A demanda sobre alimentos e outras commodities certamente aumentaria. O petróleo pode ser o caso mais agudo, mas certamente, não o mais grave.
O Índice de atividade nacional Fed Chicago, de janeiro, cedeu apenas ligeiramente. Veio para 0,16 pontos, contra os 0,18 pontos de dezembro. Nada relevante, se considerado o efeito das festas de final de ano. As Encomendas de Bens duráveis em janeiro subiram 2,7%. Esse resultado indica que a expectativa do produtor é de que o consumo continuará a crescer.
Os Pedidos de Auxílio Desemprego, calculados semanalmente, apontam recúo 22 mil pedidos na semana anterior, chegando ao total de 391 mil pedidos de auxílio . Esse dado foi surpreendentemente positivo para o mercado, que esperava um recúo de apenas 5 mil pedidos.
O Índice nacional do Fed de Kansas referente ao mês de fevereiro, subiu para 19 pontos, face aos 7 pontos de janeiro.
Quem não toma jeito são as Vendas de Novas Casas. O total das vendas de 2010 ficou em 322 mil moradias, queda de 14,1% comparado a 2009. Em janeiro, as vendas diminuíram 12,6%. Entretanto, há que se considerar que a imobilização em ativos só se refará ao final do ciclo de recuperação. Só nesse instante, quando superada a fase do consumo reprimido e a renda familiar encontrar colchões de segurança mais confortáveis é que será e permitido ao consumidor o alcance dos gastos discricionários e dos novos investimentos.
Nessa toada, já podemos começar a nos preocupar com o sistema de preços internacionais. A inflação mundial sofreria uma nova e forte pressão com o regresso do consumiddor norte-americano ao mercado de consumo.

Copom terá que agir com vigor

Maldades devem ser feitas rapidamente
e de uma única vez
O índice de confiança do consumidor subiu para 122,6 pontos em fevereiro, segundo pesquisa da FGV, correspondendo a uma alta de 0,8% em relação ao mês anterior.
A Pesquisa Mensal de Empregos mostra que a taxa de desemprego ficou em 6,1% , contra os 7,2% de janeiro. O pleno emprego e a consequente alta nas remunerações do trabalho têm imposto pressões ao sistema de preços nacional. Parece claro que essa inflação de demanda que o país enfrenta nesse momento, tem como causa primeira a abundância de empregos gerados. Como oferta de a mão de obra, sobretudo a mais qualificada, é inferior à demanda por pessoal, os preços dos salários apresentam-se em alta, pressionando o consumo.
O governo tem reagido com as chamadas medidas macro prudenciais e com o aumento da Selic. O esforço feito até agora pelas autoridades monetárias revela-se insuficiente, pondo em risco sua própria credibilidade como gestor da estabilidade da moeda nacional. Não restará alternativa para o próximo Copom. A alta terá que ser maior ou igual a 0,75%. O desejável seria um acréscimo 1 ponto percentual, sem choro. E sem vela. Em economia, já se sabe, ser mau exige rapidez e intensidade na ação.

As consequências no sistema financeiro tornam-se óbvias: altas nos juros e nos spreads bancários. Portanto, não razões para tantas manifestações de sossego em relação à indadimplência. Ela também crescerá.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Correspondente Bancário

Folha de São Paulo de hoje, dia 23/02/2011

Busca pela reserva de valor

Protegendo o valor dos investimentos
As instabilidades no Oriente Médio levam investidores ao consevadorismo extremado. O valor real das fortunas está ameaçado. Veja os comportamentos defensivos no mercado internacional:
Ouro sobe 0,32% em Londres, fechando a sessão a US$ 1.383,5 a onça.
O risco-País, refletindo a aversão a riscos, também subiu no dia de ontem. Encerrou a sessão com elevação de mais um ponto-base, aos 181 pontos.
O Ibovespa ampliou suas perdas, encerrando o dia nos 66.439 pontos. A queda foi de 1,22%. O giro financeiro do dia ficou em R$ 8,44 bilhões.
O dólar comercial subiu pelo terceiro dia seguido. Alcançou R$ 1,672 no mercado interbancário de câmbio. Alta de 0,30%
O euro comercial valorizou-se ligeiramente: 0,04%, a R$ 2,281.
Enquanto isso na Líbia o ditador resiste.

Na agenda interna, destaque para o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que registrou aumento no ritmo de elevação dos preços, com inflação de 0,97% em fevereiro, taxa 0,21 ponto percentual acima da registrada em janeiro, segundo dados publicados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Preço do petróleo sobe puxado por onda de violência na Líbia



Veículo: G1  -  Data:  22/02/2011
Darlan Alvarenga Do G1, em São Paulo
Revolta árabe traz mais pressão inflacionária ao Brasil, dizem analistas 
Parte da alta no preço do barril teria ingrediente especulativo.
As reações dos mercados às revoltas nos países árabes contêm componentes especulativos. Mas o preço do barril do petróleo deve manter a trajetória de alta, constituindo mais um foco de pressão inflacionária, inclusive no Brasil. A análise é de economistas e consultores ouvidos pelo G1. Nesta segunda-feira, os preços do petróleo tipo Brent atingiram US$ 108 o barril pela primeira vez desde 2008. 
"A maior preocupação é em relação ao preço do petróleo, que pode também puxar a alta de outras commodities relacionadas a combustíveis, como soja e milho”, diz Thais Marzola Zara, economista chefe da Rosenberg & Associados. “Para um país exportador de commodities como o Brasil, a alta no preço não é ruim, mas uma elevação dos preços no mercado interno pressiona ainda mais a inflação”.
Moradores sobre tanque com a bandeira nacional pré-Kadhafi, nesta segunda-feira (21), na cidade líbia de Benghazi. (Foto: AP)
O economista da Fundação Instituto de Administração (FIA), Celso Grisi, destaca que a alta de preços deverá atingir os produtos petroquímicos como um todo. “Os países produtores de petróleo estão vivendo um momento de convulsão, com interrupção de produção e mudança de logística de produção. Com isso, devem também subir os preços de transporte e de seguros”, diz.
Ele lembra que a retomada do crescimento nos Estados Unidos e na Europa deve elevar a demanda por petróleo no mundo. “Os impactos no Brasil podem ser até mais brandos, mas também não escaparemos”, afirma. “Num país que já fez cortes no orçamento e aumentou o compulsório, não sobra muito a fazer e o pleno emprego pode sair de moda”.
Apesar do Brasil ser quase autossuficiente em petróleo, o economista José Roberto Cunha, da FEA-USP, lembra que o preço do barril é determinado pela oferta e demanda globais. “A alta certamente será repassada para os preços nos combustíveis, o que terá impacto nos custos de transporte e de produção”.
O professor das Faculdades Rio Branco, Carlos Eduardo Stempniewski, vê apenas um efeito positivo na disparada do preço do petróleo: a possível aceleração das operações do pré-sal. “Para a operação ser viável, precisa de um preço de barril mais elevado”, diz.
Embora os negócios com os países árabes tenham pouco peso na balança comercial brasileira, Carlos Daniel Coradi, diretor da consultoria EFC, destaca que em crises desse porte sempre ocorre a redução do fluxo de investimentos e transferência de capital para ativos mais seguros como, por exemplo, títulos do tesouro americano, o que prejudica países em desenvolvimento como o Brasil.
"Com o real supervalorizado, o Brasil tem atraído muito capital especulativo. No momento, o país é um destino interessante, mas o volume de dinheiro pode se retrair caso a tensão nos países árabes comece a afetar a retomada do crescimento econômico nos Estados Unidos e na Europa”, diz Coradi.
Realinhamento da diplomacia brasileira
Na opinião da economista Vitória Saddi, professora do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), a tensão nos países árabes vai exigir uma austeridade fiscal ainda maior uma vez que o governo terá maior dificuldade para administrar o déficit nas contas externas. “Ao que tudo indica, essa tensão vai durar muito tempo. Lembra muito os acontecimentos de 1989, após a queda do muro de Berlim”, diz.
A escalada da incerteza nos mercados se deve justamente a dificuldade de se prever a duração e dimensão das revoltas na região, que ganharam efeito dominó. “É um estopim de pólvora que a gente não sabe até onde vai e que ainda não atingiu o maior produtor de petróleo da região, a Arábia Saudita”, completa Coradi.
O economista da Fundação Instituto de Administração (FIA), Celso Grisi, destaca que a alta de preços deverá atingir os produtos petroquímicos como um todo. “Os países produtores de petróleo estão vivendo um momento de convulsão, com interrupção de produção e mudança de logística de produção. Com isso, devem também subir os preços de transporte e de seguros”, diz.
Ele lembra que a retomada do crescimento nos Estados Unidos e na Europa deve elevar a demanda por petróleo no mundo. “Os impactos no Brasil podem ser até mais brandos, mas também não escaparemos”, afirma. “Num país que já fez cortes no orçamento e aumentou o compulsório, não sobra muito a fazer e o pleno emprego pode sair de moda”.
Risco de redução de investimentos no Brasil
Apesar dos reflexos negativos nos mercados, os analistas ressaltam que os efeitos a médio e longo prazo vão depender da duração da instabilidade nos países árabes. “Por enquanto ainda são poucos os impactos na economia real. O que vemos são movimentos de aversão ao risco”, diz Raphael Martello, da consultoria Tendências.
“Os investidores estão apostando no pior e forçando a subida do preço do barril”, avalia Carlos Eduardo Stempniewski, professor das Faculdades Rio Branco. Segundo ele, o Brasil deve ser pouco afetado a curto prazo. “Não dependemos do petróleo deles. O que importamos vem da rota do Oceano Índico e a nossa relação comercial mais significativa é com a Índia”, explica.
Embora os negócios com os países árabes tenham pouco peso na balança comercial brasileira, Carlos Daniel Coradi, diretor da consultoria EFC, destaca que em crises desse porte sempre ocorre a redução do fluxo de investimentos e transferência de capital para ativos mais seguros como, por exemplo, títulos do tesouro americano, o que prejudica países em desenvolvimento como o Brasil.
“Com o real supervalorizado, o Brasil tem atraído muito capital especulativo. No momento, o país é um destino interessante, mas o volume de dinheiro pode se retrair caso a tensão nos países árabes comece a afetar a retomada do crescimento econômico nos Estados Unidos e na Europa”, diz Coradi.
Realinhamento da diplomacia brasileira
Na opinião da economista Vitória Saddi, professora do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), a tensão nos países árabes vai exigir uma austeridade fiscal ainda maior uma vez que o governo terá maior dificuldade para administrar o déficit nas contas externas. “Ao que tudo indica, essa tensão vai durar muito tempo. Lembra muito os acontecimentos de 1989, após a queda do muro de Berlim”, diz. 
A escalada da incerteza nos mercados se deve justamente a dificuldade de se prever a duração e dimensão das revoltas na região, que ganharam efeito dominó. “É um estopim de pólvora que a gente não sabe até onde vai e que ainda não atingiu o maior produtor de petróleo da região, a Arábia Saudita”, completa Coradi.

Mercado financeiro e suas reações

Imobilizado e assustado mercado mantém compasso de espera
No Brasil, o Ibovespa apresentou-se em queda. Caiu 1,19%, encerrando o pregão aos 67.258 pontos. Girou R$6,16 bilhões, dos quais cerca de R$2,2 bilhões foram de vencimento de opções. O dólar subiu para alívio das autoridades monetárias. A alta foi de 0,18%, cotado a R$ 1,667.É a aversão a risco, crescendo à medida que a recuperação norte-americana vai se consolidando.
O Boletim Focus dessa 2ª feria ainda apontou para expectativas de crescimento da inflação: IPCA de 5,75% para 2011. Em sentido contrário, a Sondagem Industrial da CNI, mostra recuo na utilização da capacidade instalada, em janeiro, para 72%.
Na Europa, o problema é que riscaram o palito de fósforo no barril de pólvora do Oriente Médio e os receios se intensificaram entre os investidores.
O petróleo continua e levam os mercados a fortes quedas. Curioso que na Alemanha o índice de sentimento para negócios subiu para 111,2 pontos em fevereiro. O resultado é maior que qualquer previsão e surpreende o mercado que esperava o índice em estabilidade. Como o erro foi muito grande, o jeito foi arrumar uma explicação razoável: ”o otimismo refere-se ao desempenho das exportações e aos fortes sinais de vitalidade emitidos pela economia nacional”.
Nos Estados Unidos, os mercados mantiveram-se fechados em função do feriado nacional.
Hoje, tudo pode mudar, mas a recomendação é para observar muito e decidir pouco.

Corretoras ampliam seu target

 Corretoras miram os investidores iniciantes
Veículo: Jornal da Tarde
Data: 21 de fevereiro de 2011  -  MARCOS BURGHI
Em busca dos pequenos investidores, as corretoras de valores oferecem descontos e serviços adicionais para atrair neófitos à bolsa em operações pelo sistema de home broker. As opções vão de reduções nas taxas de corretagem e administração à “tradução” do comportamento do mercado para quem tem pouca ou nenhuma intimidade com o universo da renda variável.
A Spinelli Corretora iniciou em janeiro um programa de benefícios chamado de iVantagens. Segundo Rodrigo Puga, responsável pelas operações em home broker da corretora, a empresa oferece aos investidores uma série de descontos em estabelecimentos, cursos e treinamentos gratuitos e trocas de pontos acumulados.
Entre as alternativas oferecidas está um programa de fidelidade no qual o investidor acumula pontos por meio de transações e aumento de patrimônio. Esses pontos podem ser trocados por serviços ou produtos das empresas participantes do Multiplus Fidelidade, como hospedagem em hotéis e passagens aéreas.
A corretora BanifInvest isenta os investidores pessoas físicas que aplicam por meio de homebroker de taxa de custódia e, conforme o valor investido, não cobra taxa de corretagem. Bruno Di Giorgio, superintendente da BanifInvest, observa ainda que um programa calcula para os clientes quanto eles devem recolher mensalmente ao Fisco, sem que necessitem eles mesmos fazer a conta.
A corretora Wintrade cobra taxa de corretagem fixa de R$ 5 para compras no chamado mercado fracionado, isto é, de lotes abaixo de 100 ações. Além disso, oferece um jornal virtual diário — o Winnews — que busca traduzir aos investidores que não têm intimidade com o mercado. O periódico trata ainda dos assuntos ligados à economia e ao mundo das ações.
Ivan Marasco, diretor de Marketing e produtos da Wintrade, ressalta ainda a versão em vídeo das análises gráficas, nas quais os analistas “narram” o comportamento dos papéis. “O objetivo é facilitar a vida do investidor que tem recursos para aplicar em ações, mas não conhece o mercado.”
Leandro Martins, analista-chefe da Walpires Corretora, explica que parte dos relatórios produzidos pela corretora são específicos para pequenos investidores e, por isso, contam com um “dicionário” cujo objetivo é explicar os significados de termos do mercado. “Também instalamos gratuitamente no computador que o cliente quiser um programa que permite acompanhar em tempo real os acontecimentos no mercado de ações”, afirma Martins.
Tecnologia
Outras corretoras, como é o caso da Tov, usam a tecnologia para atrair o investidor iniciante. A partir desta semana, a empresa oferecerá em seu site uma série de nove aulas em vídeo para os clientes. “Queremos que o cliente tenha cautela ao investir”, diz Andrea Carvalho, diretora de marketing da corretora.
Ricardo Torres, professor de finanças da Brazilian Business School (BBS), alerta que antes de escolher a corretora, o pequeno investidor, principalmente o iniciante, deve analisar a empresa em sua atividade principal: indicar investimentos. “Informe-se sobre a tecnologia utilizada, a qualidade das análises. Viagens, descontos e outros prêmios devem ficar em segundo plano”, avalia.
Para Torres, a busca pelo pequeno investidor é uma tentativa de aumentar o número de pessoas físicas na bolsa dos atuais 600 mil para 5 milhões em cinco anos.
Celso Grisi, professor de finanças da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), avalia como positivas as novas ações das corretoras para atrair os pequenos investidores, mas recomenda atenção à taxa de corretagem, cobrada a cada operação realizada. “Nunca deve ser maior que 0,75%”, diz.
Tharcisio Souza Santos, diretor do MBA da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), explica que conquistar pessoas físicas é o principal objetivo do mercado de ações brasileiro atualmente. “As promoções são novidade, mas os mais experientes não vão se encantar”, conta Santos.
O engenheiro mecânico Wilson Carminatti, 50 anos, investe em ações desde 2006, sempre por meio da mesma corretora. Decidi depois de assistir algumas palestras de analistas da empresa, que me passaram confiança porque deixavam claros os riscos e os problemas do mercado”, afirma.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Notícias boas e más

O outro lado da recuperação
norte-americana.
Os Estados Unidos começam a mover sua economia de maneira mais vigorosa. Claro que isso é benéfico para o Brasil e para o resto do mundo. Entretanto, ao restabelecer- se, os Estados Unidos ampliam a percepção de risco dos países emergentes e tornam seus títulos públicos e os papéis privados mais atraentes, induzindo um novo processo de redirecionamento dos fluxos internacionais de capitais. É de se esperar uma “fuga” de capitais dos países emergentes, em direção a países desenvolvidos.
Com isso, o real deve desvalorizar-se espontaneamente, sem a necessidade das tradicionais intervenções do Banco Central no mercado de câmbio brasileiro e, quem sabe, e com a redução gradativa do IOF nos investimentos em carteira. Como se sabe, o fluxo líquido de capitais para o mercado nacional já não apresenta superávit há algum tempo.
É possível que, ainda dentro desse semestre, possamos ver o real muito menos apreciado do que agora e nossas exportações de produtos manufaturados aumentarem. A velocidade desse aumento será essencial manter o equilíbrio em nossas contas externa

Na América Latina

A escassez de alimentos começa a ditar os fatos
Na Bolívia, Governo e Central dos Trabalhadores tentarão acordo ainda hoje. O problema é o mesmo de todo lugar: a inflação no país leva trabalhador a pedir aumentos. As autoridades negam esses aumentos para evitar uma retro- alimentação da inflação. Acaba em greve, bloqueio de estradas e passeatas.
Os distúrbios no país haviam chegado ao descontrole. O Governo resolveu negociar. Vai ter que ceder outra vez para preservar a governabilidade.
Enquanto isso na Venuzuela, a fome se alastra. Para combatê-la, Portugal vai fornecer US$ 153,4 milhões em alimentos. Por outro lado, Portugal conseguiu renovar o acordo petrolífero, com a Venezuela. Garantiu-se de petróleo, de má qualidade é verdade, e de quebra conseguiu mais US$ 200 milhões dólares para exportações de produtos portugueses. Dentre eles, computadores.

FEA começa forte, sob liderança de Reinaldo Guerreiro


De 21 a 26 de fevereiro de 2010
21.02 Segunda
SEMANA DE RECEPÇÃO AOS ALUNOS INGRESSANTE
- Aula Inaugural
Às 7h30, (local será informado no dia)
- Recepção dos novos alunos e apresentação da faculdade pelo diretor da FEA e pelas entidades estudantil
Às 8h30 e às 19h30, Auditório, FEA-5
Palestrantes: Profs. Drs. Reinaldo Guerreiro e Nicolau Reinhard (à noite), e entidades estudantis
CONCURSO PARA PROFESSOR DOUTOR DO DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
Área “Produção e Operações” RDIDP - Edital 34/2010
De 21 a 24 de fevereiro
Início, às 8h, sala Ruy Leme, FEA-1
Candidatos: Profs. Drs. Paulo Soares Figueiredo, Bjorn Werner Biben Frederick, Adriana Marotti de Mello e Lydia Lopes Correia da Silva
Comissão: Profs. Drs. Paulo Tromboni de Souza Nascimento, Marilson Alves Gonçalves, Marly Monteiro Carvalho, Walter Bataglia e Diógenes de Souza Bido
Responsável: Valéria Lourenção
Realização: ATAc-FEA
Inf.: 3091-5801, com Ézio
ezioduarte@usp.br
SEMINÁRIO ACADÊMICO DE SELEÇÃO DO PÓS-DOUTORADO
Voting technology, political responsiveness, and infant health: evidence from Brazil
Às 13h30, sala Delfim Netto, FEA 2, térreo
Palestrante: Prof. Dr. Thomas Fujiwara (University of British Columbia)
Responsável: Prof. Dr. Carlos Eduardo Soares Gonçalves
Realização: EAE/FEAUSP
Inf.: 3091-5802
www.usp.br/econ
22.02 Terça
SEMANA DE RECEPÇÃO AOS ALUNOS INGRESSANTES
- Apresentação do curso de Economia
Às 8h e às 19h30, sala G1, FEA-1
Palestrantes/Responsáveis: Profs. Drs. Denisard Alves e Vera Lúcia Fava
Realização: EAE
Inf.: 3091-5802
- Apresentação do curso de Administração
Às 8h e às 19h30, sala E1, FEA-1
Palestrantes/Responsáveis: Profs. Drs. Adalberto Fischmann e Hamilton Corrêa
Realização: EAD
Inf.: eadfea@edu.usp.br
- Apresentação dos cursos de Ciências Contábeis e de Ciências Atuariais
Às 8h e às 19h30, Auditório, FEA-5
Palestrantes/Responsáveis: Profs. Drs. Edgard Bruno Cornachione Junior e Gerlando Augusto Sampaio Franco de Lima
Realização: EAC
Inf.: 3091-5820
CONCURSO PARA PROFESSOR DOUTOR DO DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
Área “Métodos Quantitativos e Informática” RDIDP - Edital 35/2010
De 22 a 25 de fevereiro
Início, às 8h, sala da Congregação, FEA-1
Candidatos: Profs. Drs. Ailton Pedro Cassetari Júnior, Rodrigo Takashi Okimura, Paulo Tadeu Meira e Silva de Oliveira e Mauri Aparecido de Oliveira
Comissão: Profs. Drs. Nicolau Reinhard e Maria Aparecida Gouvêa, José Luiz Carlos Kugler, Antonio Roberto Ramos Nogueira e Edmir Parada Vasques Prado
Responsável: Valéria Lourenção
Realização: ATAc-FEA
Inf.: 3091-5801, com Ézio
ezioduarte@usp.br
SEMINÁRIO ACADÊMICO DE SELEÇÃO DO PÓS-DOUTORADO
Contracting out public schools for academic achievement: evidence from Colombia
Às 13h30, sala Delfim Netto, FEA 2, térreo
Palestrante: Prof. Dr. Juan Bonilha (Maryland)
Responsável: Prof. Dr. Carlos Eduardo Soares Gonçalves
Realização: EAE/FEAUSP
Inf.: 3091-5802
www.usp.br/econ
INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA USP - PIBIC-CNPq
Até 8 de abril, na Secretaria da Comissão de Pesquisa, das 9h30 às 13h e das 14h às 18h, sala A105, FEA-1
Responsável: Profª Drª. Maria Sylvia Macchione Saes
Realização: Comissão de Pesquisa FEAUSP
Formulário de inscrição no site: http://www.fea.usp.br/conteudo.php?i=489
Inf.: 3091-5872
cpqcexfea@usp.br
PRAZO FINAL PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS – SÃO PAULO WORKSHOP ON INSTITUTIONAL ANALYSIS
Workshop: De 15 a 21 de maio, na, sala Ruy Leme, FEA-1
Responsáveis: Prof. Dr. Decio Zylbersztajn, Alexandra Benham e Mary Shirley
Realização: USP e The Ronald Coase Institute
Inf. e Insc.: no site
www.coase.org
23.02 Quarta
SEMANA DE RECEPÇÃO AOS ALUNOS INGRESSANTES - Palestra sobre os Programas de Intercâmbio CCInt-FEA
Às 8h30 e às 19h30, Auditório, FEA-5
Palestrante/Responsável: Prof. Dr. Edson Luiz Riccio
Realização: CCInt-FEA
Inf.: ccintfea@usp.br
- Palestra sobre “Estágios e Carreiras”
Às 9h30 e às 20h30, Auditório, FEA-5
Palestrante/Responsável: Profª. Drª. Tania Casado
Realização: FEA
26.02 Sábado
LANÇAMENTO DA 4ª EDIÇÃO DO LIVRO: ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS
Das 8h às 13h, sala da Congregação, FEA-1
Responsável: Prof. Dr. Antonio Cesar Amaru Maximiano
Realização: FEAUSP
Inf.: 3091-5849
maximin@usp.br
Defesas de Teses
Economia
RICARDO BATISTA CAMARA LEAL
Mestrado
“Efeitos da política fiscal sobre o nível da taxa de juros nominal de longo prazo de 25 países da OCDE”
Dia 21 de fevereiro, às 15h, sala 217, FEA-5
Orientador: Prof. Dr. Pedro Garcia Duarte
Comissão: Profs. Drs. Mauro Rodrigues Junior e Alex Luiz Ferreira
Agende-se
FEVEREIRO
SUBMISSÃO DE TRABALHOS – 11º CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE E 8º CONGRESSO USP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM CONTABILIDADE
Congressos: Dias 28 e 29 de julho, na FEAUSP
Até dia 28 de fevereiro
Responsável: Prof. Dr. Welington Rocha
Realização: EAC-FEAUSP
Inf.: 3091-5820
Insc.: no site http://www.congressousp.fipecafi.org/
AULA MAGNA DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA FEA
Premiação dos melhores alunos formados e dos melhores professores de graduação de 2010 e homenagem à 12º turma de formados da FEA (turma de 1960)
Dia 28 de fevereiro, às 19h30, Auditório, FEA-5
Palestrante: Prof. Dr. Alexsandro Broedel Lopes
Responsável: Prof. Dr. Reinaldo Guerreiro
Realização: FEAUSP
Inf.: 3091-5852
MARÇO
SEMINÁRIO - AS MUDANÇAS DOS EQUILÍBRIOS ESTRATÉGICOS DO SÉCULO 21
Dia 16 de março, das 17h às 19h, sala G1, FEA-1
Palestrantes: Prof. Dr. Pascale Boniface
Responsável: Profª. Drª. Maria Hermínia Tavares de Almeida
Realização: IRI-US
Inf.: 3091-5942
http://www.iri.usp.br/
LXXXVIII DISCUSSÕES METODOLÓGICAS
Fórum para apresentação e discussão das “primeiras ideias”, anteprojetos, projetos e pesquisas em andamento para elaboração de teses, dissertações e artigos
Dia 29 de março, das 14h às 17h, FEA-3 (indicação da sala no dia do evento)
Responsável: Prof. Dr. Gilberto de Andrade Martins
Realização: EAC-FEA/USP
Participe, não há necessidade de Inscrição prévia
Inscreva seu projeto pelo site: htp://www.eac.fea.usp.br/eac/observatorio/Outras informações pelo e-mail: martins@usp.br
Informe-se
CALL FOR PAPERS – Extended deadline - 7th ILERA Regional Congress of the Americas
5th Brazilian Conference of Labor and Employment Relations
Work in the Americas: Challenges and Opportunities
Até 15 de março de 2011
Congresso: Dias 22 e 25 de agosto de 2011, na FECOMERCIO
Responsável: Profª. Drª. Luciana Yeung
Realização: IBRET e ILERA
Inf.: http://www.irca2011.com.br/faleconosco@irca2011.com.br
CHAMADA DE ARTIGOS PARA A NOVA SÉRIE DE CADERNOS DO DESENVOLVIMENTO
Publicação dedicada à problemática do desenvolvimento em todas as dimensões
Até 31 de março
Responsável: Prof. Dr. Ricardo Ismael (PUC – Rio)
Realização: Centro Internacional Celso Furtado
Inf.: (21) 2172-6313/6312
Enviar artigos por e-mail
(instruções no site)
cadernos@centrocelsofurtado.org.br
http://www.centrocelsofurtado.org.br/
BIBLIOTECA DA FEA INFORMA
Delfim Netto: Ex-Ministro e Professor Emérito da FEAUSP doará sua biblioteca pessoal para a faculdade.
bibfea.atend@usp.br
bibfeainformativo@usp.br

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Apenas alguns preços estão fora de controle

Inflação será a mais difícil lição de casa de 2011
Os preços ainda conservam tendências de altas. Será muito difícil conviver com a alta dos preços de alimentos esse ano. De modo geral as commodities darão muito trabalho aos economistas nacionais. O petróleo está fora de controle, as commodities petroquímicas e químicas tendem a acompanhar esse movimento altista. Commodities metálicas também conservam preços elevados.
Carvão
Cobre
Prata
Por que, então, o Brasil conserva certa tranquilidade? Em grande parte, essa calmaria relativa pode ser dizer que aos trabalhos do Banco Central e dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento. Ainda no primeiro trimestre do ano passado o Banco Central retirou mais de R$ 100 bilhões do sistema e, em seguida, começou a suspender os incentivos fiscais atribuídos a certas atividades que haviam sido contempladas com política anticíclicas a propósito da crise global. Dali até o final do ano, o Copom não economizou em suas decisões de subir a Taxa Selic, elevando- a em mais 200 pontos-base. Em novembro, as medidas macro prudenciais entraram em campo. Aumentos de depósitos compulsórios estrearam nesse jogo, acompanhados de limitações na política creditícia. Em janeiro, com prazos mais curtos e taxas mais altas nos financiamentos ao consumo, a oferta de crédito acusou o golpe.

O mês de janeiro marcou a volta do Copom. O novo ciclo de aperto monetário contará com sua decisiva contribuição: 0,5 ponto percentual de alta no mês anterior, que deve ser acompanhada por mais uma alta de 0,75 na próxima reunião e mais 0,5 pouco mais à frente.
Sob ameaça inflacionária, as autoridades econômicas reagiram forte e eis que anunciaram, para 2011, um corte no Orçamento Nacional de R$ 50 bilhões. A promessa é conseguir a meta de 2,9% do PIB de superávit primário. Prometem ainda evitar as “maracutaias” contábeis do governo anterior.
O mais empolgante foi assistir à disputa pelo aumento do mínimo. O aumento parou nos sensatos R$545,00, deixando entrever que pouco menos de 50% dos trabalhadores mão terão aumento real nos seus rendimentos em 2001. Com isso a inflação dos serviços, a pior de todos nos últimos 12 meses, ficará sob controle, sem levar pressões adicionais aos indicadores de preços.
A partir de março os preços devem arrefecer os movimentos de alta. Antes disso temos que ainda suportar os aumentos das tarifas públicas que, lamentavelmente, concentram seus reajustes no primeiro trimestre do ano.
Assista a alguns vídeos sobre nossa inflação recente:
http://www.youtube.com/watch?v=TDC4oB84SXI&feature=player_embedded#at=88
http://www.dzai.com.br/jornaldaalterosa/video/playvideo?tv_vid_id=111339
http://tv.estadao.com.br/videos,INFLACAO-NAO-DARA-FOLGA-EM-2011,128712,254,0.htm

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Previsões do Banco Mundial começam a se concretizar

Para quem não acreditava que a alta de alimentos levaria a novas tensões sociais
O incremento dos preços da cesta de alimentos da família boliviana, associado a alta das tarifas de transporte em todo país conduziram a protestos organizados pela Central Obrera Boliviana. Alguns setores já estão em greve, paralizarando as atividades laborais.
Os conflitos sociais se agravam em várias regiões do pais e se tornam incontoláveis. Estradas estão bloqueadas. Evo Morales já não controla mais as atividades sindicais. O problema central são os preços dos alimentos.
Penso que em alguns países do Oriente Médio, o mesmo esteja contecendo. O Banco Mundial tinha razão.
Resta saber se Evo Morales resistirá e se Hugo Chavez enfrentará problemas semelhante. No Equador a tensão está aumentando.

Quota do câmbio na Europa hoje

Europeu pensa câmbio em relação a essas moedas principalmente
Mercado cambial mostra os exagêros do dia. Veja a tabela abaixo:

Existe uma sucessão necessária de fatos na economia

Cuidado ao analisar o desempenho da economia norte-americana. Ele pode ser melhor que o anunciado até agora
Primeiro cresce a liquidez, que estimula a demanda. A demanda aumento o volume de crédito que, por sua vez, retroalimenta a demanda. Em seguida cresce aos pedidos / encomendas industriais. A produção cresce, por um tempo. Esse crescimento vai ocupando a capacidade ociosa das empresas industriais, mas não é suficiente para aumentar significativamente o nível de emprego ou de reduzir o nível de desemprego e seus respectivos seguros.
Liquidez mantida e crédito garantido impulsionam a demanda até o ponto em que a indústria começa a contratar. Enquanto isso, a oferta se manterá inferior à demanda que está sendo altamente estimulada e, portanto, surgem alguns sinais de inflação na economia. É o sinal de que a recuperação começou.
As previsões revistas para a economia dos Estados Unidos já falam em crescimento de até 4% ao ano. No Brasil, o esforço tem o sentido contrário e também está seno bem sucedido. Enxuga-se a liquidez, se reduz empréstimos e a demanda cai. A indústria começa a desacelerar e a ociosidade pedirá a redução do nível de emprego. Os preços tendem a se estabilizar. Garante-se a estabilidade monetária e o crescimento será menor. O crescimento do PIB deve ficar entre 4% e 4,5%.
Tratam-se de dois ajustes dolorosos e que pedirão grande atenção do governo em relação aos movimentos internos e externos da economia.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Anunciantes mostram o caminho para as mídias tradicionais

Mídias que geram engajamento estão na preferência da UNILEVER


Em evento realizado em 14/02/2011 em Barcelona ( Mobile World Congress), com a presença dos presidentes do Google, Apple, Microsoft e vários anunciantes, a frase mais marcante veio do Diretor Global de Midia da Unilever: “Estamos mudando a nossa comunicação de meios interruptivos, para meios que geram engajamento”.

A frase sintetiza de forma interessante as dúvidas que assombram veículos e anunciantes. Qual o futuro das mídias tradicionais? Como me posicionar em meio a tantas plataformas?

Saída simples não existe. Mas é atitude inteligente observar o que os Anunciantes pensam a respeito. A UNILEVER é o segundo maior anunciante mundial tendo papel relevante nos mercados americanos e europeus (é o terceiro anunciante no Brasil segundo ranking da revista M&m).

Quem conhece o mercado publicitário sabe que o diretor de Mídia da Unlilever é avaliado por métricas objetivas, portanto suas opiniões refletem tendências de anunciantes. Ao dizer aquela frase ele está sinalizando que o modelo tradicional (com os “intervalos comerciais”) está perdendo força.Desnecessário ser o diretor global de mídia da Unilever para perceber isso. Os efeitos de dispersão de audiência já foram medidos (no Brasil e lá fora) nos comportamentos Zaping (mudança de canal), Surfing (assistir vários canais simultaneamente) e Afastamento (TV ligada para afastar a sensação de solidão).

Soma-se isso a concorrência com a WEB e suas infinitas distrações: FACEBOOK, TWITTER, BLOGS, GOOGLE.

Essa dispersão de audiência (que não é medida pelo IBOPE) tem provocado um movimento dos Anunciantes por novos formatos.

Reality Show e Jornalismo Colaborativo

No Brasil já estamos experimentando a explosão dos reality shows. Este formato foi um alívio para os veículos que puderam convencer os anunciantes a investir nas plataformas tradicionais. Motivo? A possibilidade de se colocar a marca dentro do conteúdo da programação, sem as inúmeras interrupções que possibilitam a fuga da audiência para plataformas concorrentes.

Houve uma corrida dos anunciantes para se posicionar em todos os formatos possíveis de Reality Shows: BBB, FAZENDA, APRENDIZ entre outros. Apesar da evidente saturação que isso causou, mostrou para os veículos que o formato era um filão que não podia ser desprezado (O BBB é o segundo produto mais lucrativo para GLOBO, perdendo apenas para o futebol).

Anunciantes com juízo perceberam que apesar da imensa popularidade (e possibilidade de mesclar conteúdo e marca) do reality show, existiam vários riscos no formato. Conteúdo compatível a junk food (artificial, descartável) poderia contaminar a marca. Afinal Familiaridade não é Favorabilidade.

Há, entretanto, um papel positivo no Reality Show: mostrar que existem possibilidades de outros formatos nas plataformas tradicionais. Ele abriu espaço para experimentação.

Acredito que há oportunidade para formatos onde o conteúdo seja gerado de forma colaborativa. Existem raros exemplos no mundo de mídias tradicionais abertas a conteúdo colaborativo. Alguns conteúdos - como no youtube - mostram que ideias que combinem plataforma tradicional com mídias interativas são possíveis.

O assunto é polêmico, principalmente entre os puristas das regras jornalísticas. Mas não é possível escapar do debate, principalmente com a pressão imposta pelos modelos de negócios (leia-se Anunciantes)

Em Curitiba acabado de ver um telejornal da RPC, onde 70% das imagens, alagamentos causados pelas chuvas, foram produzidos pela própria audiência. Sei que esse conteúdo, gerado pela comunidade, tende a ser visto com sérias restrições pelos jornalistas tradicionais. Mas é miopia ignorar essa tendência.

Os exemplos históricos e recentes (Egito) mostram que aqueles que tentam “segurar onda nos braços, acabam levando um caldo”.

Prof Ramiro Gonçalez - FIA
Inteligência de mercado e mídia
@ramirogoncalez -> http://que-midia-e-essa.blogspot.com/
ramirogon@uol.com.br
Autor: Mídias e Negócios e QUE CRISE É ESSA?