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terça-feira, 30 de julho de 2013

Os movimentos são pendulares

O mundo no pêndulo
No mundo econômico o movimento é contínuo. As vezes, pendular.
Enquanto, no Brasil, o índice de confiança da indústria caiu 4,0% (de 103,8 pontos em junho, para 99,6 pontos, em julho), na Itália, o indicador equivalente ao brasileiro subiu de 76,4 para 79,6 pontos, no mesmo período.
No Reino Unido, o volume de empréstimos destinado à aquisição de residências cresceu fortemente no mês de junho, enquanto, nos Estados Unidos, agora empolgados com as aplicações em bolsa, as vendas de imóveis usados apresentaram queda de 0,4%, no mesmo mês.
No Japão, como no Brasil, o desânimo chegou também à bolsa. Ontem em Tókio, o indicador japonês apresentou seu pior resultado dos últimos 30 dias: 13.661 pontos, com queda no dia de 3,32%. É verdade que as vendas no varejo vão bem, crescendo 1,6%, no mês de junho. A China começa a se movimentar no sentido de conter seus gastos em custeio. Já se fala em política fiscal mais restritiva e em crescimento na casa de 7,0% ao ano. Enquanto isso, o Brasil discute com o FMI mudança na metodologia de cálculo da dívida.
Tudo pode mudar. Até as metodologias.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O crescimento do crédito é mais lento

O estoque de crédito cresceu em junho
O Banco central publicou nota sobre o desempenho do crédito, referente ao mês de junho. Houve um aumento do estoque de crédito concedido em junho, com o saldo encerrando o primeiro semestre em R$ 2,58 trilhões. Em maio, a alta havia sido de 1,2% e, em junho, a expansão de 1,4% foi pouco mais forte.
Nada disso sinaliza para um aumento do nível de atividade econômica, dado que o crédito livre apresentou comportamento em retração. A expansão de maio, ao ritmo de 0,8%, caiu, em junho, para 0,6%. Pessoas físicas e jurídicas estão recorrendo ao crédito direcionado, cuja expansão foi de 2,6% em junho e, nesse caso, graças ao crescimento do crédito imobiliário e aos empréstimos realizados nos programas do BNDES.
O Bacen faz notar a queda das concessões médias diárias, tanto das pessoas jurídicas - com recuo de 16,9% em maio, para 7,2% em junho-, quanto para pessoas físicas, cujo recuo foi de 9,1% em maio, para 4,1% em junho.
É de se entender que esse aperto creditício colabore com o governo federal no combate à inflação, mas, por outro lado, anula os esforços fiscais para ampliar o crescimento.
A esse propósito o Tesouro Nacional manteve superávit primário de R$ 1,28 bilhão, em junho, a partir dos dividendos distribuídos, das concessões já realizadas e do abatimento dos valores aplicados no âmbito do PAC.
Nada disso convence. Maquiagens à parte, o mercado não acredita mais que as metas fixadas para o superávit primário serão alcançadas nesse ano.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

O mundo até essa 5ª feira

Sobrou otimismo por todos
os cantos do mundo
O governo chinês garantiu ao mundo que o crescimento não será abaixo dos 7,0% esse ano. Agora, vem a público para divulgar novas medidas de revitalização de sua economia, reduzindo ou eliminando impostos para as micros e pequenas empresas. Também anunciou medidas para a redução dos custos das exportações e novos estímulos aos investimentos ferroviários. A combinação dessas medidas foi a fórmula encontrada, na China, para dar urgência ao crescimento econômico. Coisa de por inveja em qualquer brasileiro.
Nos Estados Unidos, outra safra de boas notícias, começando por um surpreendente desempenho das encomendas de bens duráveis, atribuído, sobretudo ao setor de produção de aeronaves. O aumento foi de 4,2%. O desemprego continua ainda como questã9o a ser resolvida no país, mas nesse mês parece manter-se estável.
Alguns dados renovam as esperanças europeias. O índice de confiança das empresas, na Alemanha, cresceu de 105,9 pontos em junho, para 106,2 em julho. Espera-se ainda por um PMI em alta e pela redução do nível de desemprego naquele país.  Também foram divulgados dados sobre o PIB do segundo trimestre do Reino Unido, registrando crescimento de 0,6% de abril para junho.
Um dia só de boas notícias, mas todas ainda vistas com sérias preocupações sobre a real sustentabilidade desses resultados.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

As demissões começaram

Chegamos ao ponto de inflexão
no mercado de trabalho
 A taxa de desemprego começa a subir. Reflete em grande medida o desânimo do empresariado nacional com as perspectivas econômicas criadas pelo governo central.
O número de pessoas ocupadas também desacelera em junho. Nesse mês, a Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE, registra uma taxa de desemprego de 6,0% e um rendimento real médio de R$ 1.869,20 que, corroído pela inflação, significou apenas um aumento de 0,8% em relação ao mesmo mês de 2012.
A pesquisa ainda aponta que a massa de rendimento real cresceu 1,5% de junho de 2012 para junho de 2013.
Era mesmo de se esperar que o desemprego aumentasse, depois de tanto tempo de baixa atividade econômica. Os empresários que vinham retendo a mão de obra em função da relativa escassez desse recurso e que evitavam incorrer nos altos custos que as demissões provocam, romperam com esses preceitos e iniciaram as demissões. A moda pode pegar e os setores industriais e de serviços nãodevem resistir mais às pressões impostas pela baixa demanda.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Lenta convergência

Inflação mostra reversão
Roberto Padovani, economista chefe da Votorantim/Corretora
O comportamento dos preços de alimentos em 2013 e o aumento do desemprego em 2014 devem sustentar a lenta convergência do IPCA. O pior momento da inflação, portanto, pode ter sido superado.
A tendência de alta da inflação ao longo do último ano, rompendo o limite superior da meta em março e alcançando 6,7% em junho, pode ser uma das explicações para a piora da confiança em relação à economia brasileira.
Além do nível elevado da inflação, chamou atenção a resistência à queda do IPCA. Mesmo com deflação de preços agrícolas no atacado desde janeiro, medidas de desoneração da cesta básica em março e queda dos preços de energia elétrica residencial no início do ano, a inflação não mostrou recuo relevante.
Este ambiente mais negativo, no entanto, pode ter ficado para trás. Além da retirada dos reajustes nos preços dos transportes públicos, que nos levou a rever a projeção para preços administrados para cerca de 1% neste ano, as últimas semanas registraram uma significativa queda nos preços de alimentos, compensando o atraso observado no início do ano. Com isso, os preços livres, excluindo-se serviços, mostram importante recuo.
Deste modo, o desempenho de preços administrados, preços de alimentos e demais itens ex-serviços reduzem as chances de uma trajetória de alta persistente da inflação, tornando factível nossa projeção de IPCA ao redor de 5,7% neste ano, valor menor que o observado em 2012.
Importante notar, no entanto, que nossa projeção abaixo de consenso considera uma moeda brasileira mais apreciada no segundo semestre, refletindo nossa expectativa de redução dos ruídos em torno da política monetária nos Estados Unidos e das incertezas em relação ao crescimento chinês. Ao mesmo tempo, trabalhamos com um cenário de estabilidade para preços de commodities, o que abre espaço para reversão das pressões inflacionárias observadas em 2012.
A tendência de queda da inflação deve ser mantida em 2014, reforçando o cenário de reversão do quadro inflacionário. Apesar de os preços administrados dificilmente repetirem o desempenho deste ano – projetamos alta de 4,2% para o próximo ano, nosso cenário considera o aumento da ociosidade na economia, sobretudo por causa do desaquecimento no mercado de trabalho.
Com menores custos de trabalho, faz sentido que haja um alívio moderado na inflação de serviços. Nossa estimativa é que a variação de preços de serviços acumulada em 12 meses saia de um patamar de 8,6% em junho deste ano e alcance 7,3% em 2014.
O comportamento mais favorável de preços livres, portanto, compensa as maiores pressões de preços administrados e contribui para que a inflação em 2014 continue em queda, alcançando 5,5%.

Difícil entender as contradições

Queda nas vendas de residências usadas
Em meio a tantos sinais positivos de recuperação, o indicador de vendas de residências usadas aparece, em junho, com queda 1,2%, em relação a maio. Vai entender uma coisa dessa.
O total de unidades comercializadas atingiu 5,08 milhões em junho, frustrando as previsões do mercado. Pelo momento, parece haver certo desânimo com a notícia, como se ela guardasse uma grande contradição com os demais indicadores que apontam crescimento econômico.
Talvez essa queda possa ser, contrario senso, apenas mais um indicador positivo. O dinheiro poupado pelos norte-americanos tomaram, uma vez mais, a direção das bolsas de valores, buscando remunerações próprias dos momentos de "boom". Imobilizar pode não ser um bom negócio agora. Nesse caso, essa queda estaria apontando para a reversão dos fluxos de moeda à busca das maiores ganhos que Wall Street esteja oferecendo.
Por outro lado, o Federal Reserve de Chicago anunciou seu índice de atividade nacional de junho. O índice, em maio, havia sido de -0,29%. No mês de junho, o índice foi de -0,13%, aproximando-se do território positivo. Esse avanço foi recebido com otimismo e propiciou estabilidade ao mercado financeiro dos Estados Unidos.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Refresco importante

A inflação vai dar um refresco
por breve período de tempo
Não se pode admitir a inflação como um problema já superado. Ao contrário, os atuais índices foram muito favorecidos pela suspensão dos reajustes na área de transportes e pelo arrefecimento dos preços dos produtos agrícolas. Isso é apenas temporário.
Por outro lado, é hora de acelerar o crescimento brasileiro e ficar de olho no crescimento global. Boa parte da expansão da renda das famílias já foi erodida pela inflação, o consumo acusou esse golpe. Para piorar, a redução no ritmo de crescimento do crédito também derrubou a demanda.
Portanto, a vertente mais promissora para alcançar níveis mais altos de atividade econômica é a do investimento. A mesma vertente sobre a qual o Banco Central colocou tantas dúvidas, na última Ata do Copom.
Há dois números importantes para acompanharmos: o do Caged, que fala sobre o mercado de trabalho, e o relativo aos investimentos externos diretos, que mostra a disposição atual das multinacionais aportarem recursos em nossa indolente economia. Pessoalmente, não espero por números que possam dar ânimo aos mercados aqui no país.

domingo, 21 de julho de 2013

A fila continua a andar

Brasil continua no BBB
O IBGE anunciou a desaceleração abrupta do o IPCA-15 no mês de julho. A alta foi de apenas de 0,07% em relação ao mês anterior, quando o aumento fora de 0,38%. A suspensão dos reajustes das tarifas de ônibus ajudou o desempenho do indicador. Por outro lado, a Ficth manteve o rating soberano do Brasil em BBB, com perspectiva estável.
Na Alemanha, o índice de preços ao produtor ficou estável em junho com relação ao mês anterior, enquanto a Itália apresentou alta nas encomendas à indústria de 3,2% em maio, ante abril.
Na China, o Banco Central iniciou a retirada do piso da taxa de juros para o fornecimento de empréstimos. A decisão parece antecipar a reforma financeira chinesa. Os empréstimos imobiliários cresceram 1,7% no segundo trimestre.

sábado, 20 de julho de 2013

China hiberna

O dragão dorme mais uns tempos
O PIB chinês desacelerou novamente no 2º trimestre desse ano. As novas estratégias assumidas para a política macroeconômica do país ainda não produziram seus resultados. A desaceleração não é forte o suficiente para produzir impactos novos, mas confirma o clima de pessimismo em relação aos emeergentes. O mundo já não conta mais com eles.
Como no Brasil, a retomada chinesa não está prevista para logo. Entretanto, o discurso das autoridades chinesas acentua o fato de que o menor crescimento é desejável, mas que a retomada, quando se der, será sustentável no prazo mais longo.
 Nessa próxima semana, será anunciado o PMI do país. Não há razões para esperar mais do que a estabilidade do indicador.
A conclusão mais óbvia é que a China deve continuar adormecida.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Estados Unidos mostra vigor

Quanto melhor, pior?
Enquanto Detroit pede concordata, a produção industrial permanece em curso. As vendas das concessionárias de automóveis subiram 1,8%, sustentando o ritmo do setor nesse ano. O aumento das vendas foi de mais de 11%, em relação a igual período do ano anterior.
O varejo norte-americano, de modo geral, apresentou vendas 0,4% maior que o mês passado. Mesmo assim, o resultado foi frustrante, uma vez que as previsões falavam em crescimento de 0,8%. A taxa de inflação cresceu mais um pouco, confirmando que a demanda nos Estados Unidos está cada dia mais vigorosa.
Por outro lado, as intenções de Bernanke, apresentadas no Relatório Semestral de Política Monetária do Fed ao Congresso, mostram que o corte de incentivos monetários pode chegar antes do final do ano.

Zona do Euro

O pior ficou para trás?
Na zona do euro, o crescimento da inflação foi o fato mais relevante da semana econômica que se encerra hoje. Já há quem especule sobre o eventual aumento futuro da demanda. Pessoalmente, acho essa avaliação muito precoce.
As exportações tiveram quedas nos principais países da região e o índice de sentimento econômico na Alemanha apresentou-se em ligeira retração. Definitivamente não foi a melhor semana para a Europa.
Alguns analistas, entretanto, entendem que sinais mais evidentes de recuperação podem estar aparecendo no horizonte de curto e médio prazos. Para essa semana são esperados alguns dados mais positivos sobre o desempenho do setor industrial europeu. Também se comenta sobre a possibilidade de melhoria nos índices de confiança entre os empresários franceses e alemães. Complementarmente, espera-se pelo índice de confiança do consumidor europeu. Nessse caso, imagina-se que o consumidor possa estar recuperando parte de seu otimismo.
Da Espanha, pode vir a surpresa mais positiva. Especula-se sobre um eventual crescimento da oferta do crédito e sobre a possível redução do desemprego. Oxalá assim seja. Tudo parece-me mais profecias que previsões, mas que se realizem.

Crescimento é coisa para Ministro da Fazenda

A preocupação do Copom é com a inflação
A Ata do Copom não é muito diferente da anterior. Firma a ideia de um país crescendo pouco, com inflação alta.
Enquanto a conjunção errática de cenário externo e demanda interna anêmicos se mantiver, os juros poderão subir mais devagar. Até o final do ano, devem subir mais 1,0% e não, necessariamente, essa alta se iniciaria na próxima reunião, nem precisaria dar-se de forma sucessiva. As condições do momento de cada reunião ditarão o ritmo da alta
Elevações de juros contribuem para o menor crescimento do PIB, mas, quanto pensa a autoridade monetária, reduziria o impacto da apreciação do dólar sobre a inflação.
No cenário de curto prazo, o Copom não identifica qualquer disposição do empresariado em investir ou, das famílias, em aumentar o consumo.
Para o Ministro da Fazenda atual, ou para seu sucessor, caberá o abandono da política fiscal afrouxada em relação ao custeio e à indução do crescimento, pela expansão dos investimentos.
O clima para investimentos no Brasil melhorará muito, sempre que a política monetária afastar-se da flexibilidade excessiva e a política fiscal retomar a austeridade como princípio básico e prioritário.
Falta ainda avançar com as reformas institucionais, mas isso é coisa fora do alcance das autoridades monetárias.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Povo sem fé

O problema é que ninguém
acredita mais
Como dizia o caboclo: “tem mais jeito não”.
O volume girado na BM&FBovespa foi de míseros R$5,07bilhões, ontem.
Fechou em 46.869 pontos. O dólar encerrou a sessão em alta de 1,30%, cotado a R$ 2,25. Povo de pouca fé!
A confiança do empresário da indústria, segundo a CNI, conseguiu chegar ao menor nível desde abril de 2.009: 49,9 pontos no mês de julho. Credo!
O que esperar, então? O Ministério da Fazenda está desaparecido da cena nacional. As contas públicas se deterioram. A inflação dá de ombros para o Copom.
As experiências heterodoxas não produzem crescimento e a S&P ameaça o Brasil de rebaixamento.
A falta de liderança é apenas o sintoma da aproximação da ingovernabilidade. A descrença se generalizou e disso se aproveitam os sindicatos e os partidos políticos.
É preciso agir. Rápido, atendendo a apelos institucionais .

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Vai engrossar o caldo

A reação pode demorar 
Mais alguns meses de baixo crescimento e os índices do mercado de trabalho apresentarão um quadro em agravamento. A pesquisa mensal do comércio, relativa a maio, trouxe resultados pouco animadores. Realmente o comércio não vai bem.
O índice restrito ficou estável em relação ao mês anterior, enquanto o índice ampliado veio com -0,8% de queda. Para quem não se recorda, o índice ampliado inclui as vendas de veículos e material de construção.
Não se trata do mau desempenho de um ou outro segmento do comércio. O enfraquecimento é generalizado em todo o setor graças à a queda abrupta no crescimento da renda e do enxugamento do crédito bancário. A recuperação torna-se ainda mais difícil com a Selic agora nos 8,5% ao ano.
Enfim, os dados da indústria, de dias atrás, e do comércio, confirmam a pífia atividade econômica brasileira e explicam o resultado negativo do IBC-BR de maio.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Sem novidades

Banco Central faz sua parte
O Copom subiu pela terceira vez a Taxa Selic. O aumento de 0,50% já era esperado. Com isso, a Selic atingiu os 8,5% ao ano por meio de decisão unânime e sem viés algum.
Ao anunciar a decisão o Copom foi claro, enviando o recado, embora tardiamente, à sociedade brasileira: “o Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano”.
Analistas esperam por novas altas, mas estão divididos sobre suas intensidades. As opiniões têm variado em um intervalo de 9,0% até um máximo de 10,5%.
Há aqueles que acreditam numa desvalorização do real ainda maior e por isso enxergam que os efeitos do câmbio serão traduzidos por uma inflação mais forte. Entretanto, nesse instante, o quadro inflacionário tem se tornado mais benigno e esse último aumento pode desmotivar novas altas nos preços. Também os preços administrados estão sob a pressão dos últimos acontecimentos ocorridos nas ruas das grandes cidades brasileiras.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Pessimismo em excesso?

Focus faz novos ajustes
No Boletim Focus dessa semana, as previsões foram ainda mais cruéis:
1)     PIB de 2013 ficou em 2,34 e para 2014 em 2,80.
2)     Taxa de câmbio foi de R$ 2,15 para R$ 2,20 em 2013, e de R$ 2,20 para R$ 2,22, em 2014.
3)     IPCA caiu de 5,87% para 5,81%, em 2013. Para 2014, apresentou em alta de 5,88% para 5,90%.
4)      Selic veio sem variação. As previsões conservam-se em 9,25%, para o final de 2013 e para o final 2014.
Pessoalmente, imagino para 2013 um PIB de 2,5%, o câmbio a R$ 2,40, o IPCA em 5,5% e a Selic em 10,0%.
Vamos conferir no final do ano

Copom reafirma sua última declaração

Alta da Selic e corte no orçamento
O Comitê de Política Monetária entra em campo nessa terça e quarta-feira para decidir sobre o nível da taxa básica de juros. Estou apostando em mais 0,50 pontos percentuais. O Copom precisa sinalizar ao mundo que a prioridade é o combate à inflação e não o crescimento a qualquer custo. Em outras palavras, o Brasil precisa viver um novo ciclo de aperto monetário.
Os bancos já podem comemorar o bom alívio que terão até o final do ano, com a Selic a 8,50 a.a.
Mas, o interessante é que a fazenda proceda realmente ao prometido corte do orçamento à busca do superávit primário. O corte tem que ser no custeio e não no investimento. Com isso, estaremos caminhando em direção à austeridade fiscal, mostrando ao mundo que a preocupação com a inflação não é só do Banco Central. Mais que isso, que as autoridades econômicas estão empenhadas em recuperar os fundamentos da economia brasileira.

sábado, 6 de julho de 2013

Sem credibilidade

Banco Central atua, mas dólar continua a subir
O IGP-DI, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas nesse sexta feira, referente ao mês de junho, registrou alta forte de 0,76% em relação ao mês anterior. Nos últimos 12 meses, a alta é de 6,3%.
O IPCA, para junho veio com alta de 0,26% em relação a maio. Em 12 meses, o IPCA continua acima do limite superior do centro da meta fixada para o país: 6,70%.
 
Enquanto isso, o dólar continua se valorizando em relação ao real: a alta dessa sexta-feira foi de 0,09%, cotado a R$ 2,2620, mesmo com a recorrente atuação do Banco Central.

Dessa vez doeu demais

 A queda pode continuar
A perda dos fundamentos econômicos, a desordem institucional, os movimentos de rua, a inflação, o baixo crescimento e a recuperação nos Estados Unidos assustam investidores. Já não se sabe mais o que é causa e o que é consequência.
O país não oferece maiscoportunidades para a remuneração dos capitais aqui aportados. O sistema industrial encontra-se destruído, a atividade do varejo também se tornou anêmica.
O Ibovespa sofre como poucas vezes sofreu no passado. Caiu, na última sessão da semana, 1,21%, fechando aos 45.210 pontos, com um volume negociado de R$ 7,76 bilhões. A perda acumulada na semana foi de 4,73%.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Quase parando

O Brasil já deveria estar reagindo
A notícia de ontem do recuo do nível de atividade da indústria de 2,0%, em maio, provocou desânimo generalizado entre os agentes econômicos. Hoje, logo pela manhã, a má notícia chega pelas mãos da Serasa Experian. O movimento do varejo em junho também recuou. A queda foi de 1,6, em junho em relação ao mês anterior.
Os segmentos do varejo, de modo geral, apresentaram um desempenho sofrível, mas os destaques negativos ficaram por conta de móveis, eletrodomésticos e informática e combustíveis e lubrificantes. No campo dos números positivos, estiveram o aumento de 6,2% nas lojas de veículos, motos e peças.
Fica a impressão que o caminho da recuperação econômica ainda não foi encontrado e que as intervenções governamentais na ordem econômica não conseguiram reverter o sonolento quadro da economia do país.
Embora o recuo no comércio seja também desanimador, a notícia traz algum alento quando mostra que, no primeiro semestre desse ano, o varejo, como um todo cresceu, 8,1%, em relação a igual período do ano anterior. Antes assim.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Pelo mundo

O mundo está girando devagar
A China começa a cogitar a criação de um seguro para depósitos, com o objetivo de conceder ao sistema bancário do país maior estabilidade. O primeiro efeito já foi sentido com a redução dos empréstimos interbancários. Trata-se de questão institucional, mais do que econômica.
Esse expediente é comum em economias mais avançadas e estranha muito que a China ainda não tivesse recorrido a ele.
Na Zona do Euro, o índice de preços ao produtor recua 0,3% em abril, quando comparado ao mês anterior. Considerado os últimos 12 meses o recuo foi de 0,1%.
Em meio a recessão europeia, a Espanha anuncia que os pedidos de auxilio-desemprego recuaram 2,6% de maio para junho. Enfim, alguma notícia boa tinha que aparecer por lá depois dos 3 a zero contra o Brasil.
Nos Estados Unidos as encomendas à indústria tiveram aumento de 2,1% no mês de maio, ante o mês anterior.

IPC-Fipe e Produção Industrial

Inflação e crescimento,
ambos em ponto morto
Na 4a quadrissemana de junho, o IPC-Fipe (medida da inflação na cidade de São Paulo) foi de 0,32%. Nos últimos 12 meses, a alta é de 5,20%.
Por outro lado, o IBGE divulgou a Produção Industrial do mês de maio, apontando recuo de 2%, em relação a abril. Comparada a maio de 2012, entretanto, o indicador apresentou alta de 1,4%.
A inflação recua muito devagar e o crescimento mostra-se também muito lento.
As intervenções governamentais na ordem econômica serviram apenas para afugentar os capitais e, sem eles, não conseguiram acelerar o crescimento econômico.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Dados positivos nos Estados Unidos, outra vez

EUA continuam sua recuperação
O ISM norte-americano ultrapassou os 50 pontos, mostrando a economia em expansão. Agora o ISM alcançou os 50,9 pontos em junho. Claro que as bolsas comemoraram.
Analistas atribuem o resultado aos componentes para produção e aos novos pedidos. Os gastos em construção também tiveram alta de 0,5%, em maio.
Enquanto os Estados Unidos reafirmam seu crescimento, o risco Brasil inicia o primeiro dia útil de julho aos 233 pontos, e o dólar fica cotado em R$ 2,23. Para agravar a situação brasileira, PMI, chinês chegou 48,2 pontos no mês de junho, ante 49,2 pontos em maio. Com o baixo crescimento da China, as commodities continuam a cair e o Brasil fecha o primeiro semestre desse ano com 3 bilhões de déficit.
De janeiro a junho, as exportações brasileiras atingiram a cifra de US$ 114,5 bilhões e as importações chegaram US$ 117,5 bilhões. O desempenho da balança comercial só não foi pior porque o setor agropecuário ajudou.
No Japão, as grandes empresas estão mais confiantes. O índice que mostra o sentimento desses empresários veio positivo, contrapondo-se a vários trimestre no campo negativo.
Como Deus é brasileiro, ganhamos a Copa das Confederações da Espanha. Mas, melhor ainda foi o atraso, provocado por questões políticas, nas negociações Estados Unidos e União Europeia. Isso amplia o prazo para o Mercosul avançar suas negociações com a UE, evitando que o Brasil fique fora das concessões norte-americanas.