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terça-feira, 28 de abril de 2015

Era esperado

Os números registram descompressão
no mercado de trabalho
Os sinais de enfraquecimento do mercado já são muito nítidos. O aumento do desemprego é a realidade presente, reduzindo o crescimento da renda dos trabalhadores de forma generalizada. Face a essa situação é de se esperar que os empregos informais sejam os mais vulneráveis. Os dados de março do IBGE apontaram para um mercado de trabalho menos apertado, dentro do quadro econômico mais amplo: PIB em retração, juros elevados com redução das pressões inflacionária. A taxa de desocupação apresentou-se em de 5,7% para 5,9%. Tudo estava previsto e o mercado de trabalho ainda está bem ativo. Entretanto essa situação, dependendo da intensidade do ajuste econômico, pode deteriorar-se até o final do ano.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

O diabo é feio. Mas não tanto.

O pessimismo está exacerbado.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria, ficou em 38,5 pontos em abril. O resultado é ruim, mas aponta crescimento de 5,7%, em relação a março. Aliás, trata-se da primeira variação positiva exibida nos últimos oito meses. Por outro lado, a criação de empregos formais, em março, segundo o CAGED (medida da geração de empregos formais), veio acima das expectativas de mercado. Foram criados em março 19.282 novos postos de trabalho. Os analistas, cujas expectativas estão por demais pessimistas desde o início de 2015, surpreenderam-se com o resultado. Afinal, na estimativa deles (e dos urubus que subiram em seus ombros) teríamos uma redução líquida de 21 mil vagas. Agora terão de explicar os motivos de um erro tão grande. Tenho insistido que a situação é difícil, mas que “o diabo não é tão feio quanto se pinta”.

terça-feira, 21 de abril de 2015

As voltas que o mundo dá

Fogo de Chão vai fazer IPO,
nos Estados Unidos
Tudo começou em Porto Alegre quando dois irmãos, Arri e Jair Coser montam seu primeiro restaurante com o nome de Fogo de Chão. Nem de perto podiam imaginar que seu pequeno investimento se se transformasse numa rede de churrascaria, com sede em Dallas, no Texas, composta por e 26 unidades nos Estados Unidos e 9 no Brasil. Com faturamento de US$ 262,3 milhões no ano passado e lucro de US$ 17,6 milhões (6,7% sobre faturamento), a empresa reverteu prejuízo de US$ 937 milhões de dólares em 2013. Como se vê, nem tudo são flores. O pior é que o endividamento da cadeia de restaurantes chegou a US$ 243 milhões de dólares no final de 2014.
Atualmente, a Fogo de Chão pertence a um private equity Thomas H. Lee Partners LP que, em 2012, pagou por ela US$ 400 milhões à GP Investments Ltd. Tudo muito louco. O pedido de oferta pública inicial de ações aos reguladores norte-americanos foi feito no dia 20 de abril. Muuito provavelmente obde ce à mesma estratégia financeira de pedidos recentes realizados pela Habit de Restaurantes e pela Shake Shack (rde de hamburguers). São coordenadores da oferta JPMorgan e Jefferies.

Quem diria que um rodizio virasse IPO nos Estados Unidos?

domingo, 19 de abril de 2015

Com o urubu no ombro

Claro que há riscos.
Os principais institutos econômicos da Alemanha, Áustria e Suíça vieram a público, na semana passada, para alertar sobre o risco de formação de eventuais bolhas na economia europeia, em função dos incentivos monetários concedidos pelo BCE. De fato, não revelaram nada de novo. Quaisquer políticas expansionistas, no formato de injeções de liquidez, trazem riscos dessa natureza. Aproveitando as lições mais recentes, é possível imaginar riscos associados aos mercados imobiliários e outros ligados a desestabilização do sistema financeiro. O "quantitative easing" europeu começou ainda no primeiro trimestre desse ano, com o objetivo de comprar 60 bilhões de euros por mês, em valores mobiliários (títulos, títulos lastreados em ativos e bônus cobertos) até setembro de 2016. O plano foi concebido para afastar o risco de deflação na região e espera produzir uma alta de preços próxima aos 2% ao ano. Os riscos já são relativamente conhecidos e, em algum grau, são também monitorados. Portanto, o alerta dos institutos é uma “chuva no molhado” e não contribui para a solução do problema. Apenas leva uma mensagem agourenta às tentativas de combate à deflação na Europa.

sábado, 18 de abril de 2015

Vamos revisar nossas expectativas?

2015 talvez não seja tão ruim assim.
Alguns fatos podem ser considerados positivos na economia brasileira e dariam ensejo a crescimentos maiores que os esperados por analistas nacionais e estrangeiros. Nessa visão, a valorização do real tem ajudado os exportadores, sobretudo aqueles localizados no interior do país. É verdade também que a cotação mais forte da moeda nacional tem restringido as importações de bens produzidos no exterior e favorecido sua substituição por produtos brasileiros. Por outro lado, as medidas de crescimento do PIB nacional apresentam resultados que em nada apontam para cenários tão desoladores como os construídos para 2015. O IBGE, por exemplo, mostra, nas revisões que faz do PIB, um desempenho mais elevado que os das previsões apresentadas na grande mídia. Também o IBC-BR de fevereiro, indicador antecedente do Bacen, surpreendeu com um crescimento superior aos que eram esperados. As previsões talvez sejam tão pessimistas em função da queda abrupta das principais commodities exportadas pelo Brasil, em grande parte, decorrente da redução das compras chinesas no mercado internacional. Também é verdade que o cenário mundial ainda é deflacionário, embora dois fatos em sentido contrário estejam em curso. Primeiro, a recuperação europeia é uma realidade e seus impactos deverão ser sentidos, pela economia mundial, ainda em 2015. Segundo, a economia norte-americana, apesar do enfraquecimento recente, também tem desenhado um cenário mais benigno para a economia brasileira. Nesse contexto, o comportamento da economia japonesa pode ser relevante, imputando maior dinamismo à economia global e, por via de consequência, à economia brasileira. 2015, será um ano de retração, sobretudo na indústria e no comércio. Mas seria possível, mesmo nesse caso, que o crescimento nacional não venha no campo dos números negativos.

Volatilidade excessiva mostra movimento especulativo

Bolsa cai, 
com Petrobras
subindo mais de 10%
O Ibovespa caiu nessa semana 0,48%, encerrando o pregão dessa sexta feira aos 53.954 pontos. Mesmo assim, a alta do índice até o final do dia 17, registra ganhos de 5,48%. As ações ordinárias da Petrobras apresentaram comportamentos claramente especulativos. Terminaram o dia com alta de 0,68%, enquanto as ´referenciais subiram 0,62%. As altas acumuladas, nessa semana, foram de 12,17% e 10,07%, respectivamente. Mudanças regulatórias, escândalos financeiros, envolvendo bancos públicos, fracos desempenhos de setores atingidos pela crise mundial ajudam a explicar o aumento da volatilidade do índice nesses últimos dias. Esses eventos promovem grandes oscilações de preços e criam expectativas exacerbadas entre investidores.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

A Zona do Euro começa a andar

Início de uma reação
O programa de incentivos na Zona do Euro já havia mexido com o mercado no início da semana, trazendo uma movimentação altistas nas principais bolsas da região. Agora, o anúncio do aumento das exportações, que em fevereiro chegaram 160,7 bilhões de euros, mostra mais uma vertente para a recuperação europeia. A alta de foi de 4% em relação ao mesmo período de 2014. As importações ficaram estáveis no mês de fevereiro, se comparadas ao mesmo mês do ano passado: 140,5 bilhões de euros. A estabilidade das importações sugere que ainda não há espaço para crescimentos mais fortes do consumo, que implicaria o aumento das importações. A Eurostat registrou que o superávit comercial da zona do euro atingiu 20,3 bilhões de euros no segundo mês de 2015, acima dos 14,4 bilhões de euros registrados um ano antes. Uma leve recuperação da economia, nos próximos períodos, parece garantida pelos incentivos monetários e pelo crescimento das exportações.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Surpresa

Prévia do PIB surpreende com crescimento 0,36% em fevereiro
O Banco Central anunciou o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), de fevereiro, considerado uma "prévia" do PIB, com alta de 0,36%. Esperava-se por retração de 0,20%. O IBGE divulgou que o PIB fechou 2014 em leve alta de 0,1%. Foi o pior resultado para a economia desde a queda de 0,2% em 2009, ápice da crise econômica mundial. Explicar essa inesperada reação do PIB vai ser difícil para os que pregaram tanto pessimismo. Claro que momentos difíceis são esperados para 2015, mas as discordâncias sobre a intensidade da crise começam a aparecer.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Pessimismo não é monopólio brasileiro

O mundo ainda caminhará lentamente
por mais algum tempo
O comércio mundial, na revisão de abril da OMC, crescerá apenas 3,3%, em 2015. Esse crescimento, menor do que o previsto, deverá ocorrer "devido ao crescimento do PIB ainda frágil após a crise financeira" de 2008, segundo a instituição internacional. Em suas previsões anuais do mês de abril, a OMC aponta uma estimativa preliminar do comércio em 2014, em alta de 2,8%, inferior aos 3,1% previstos em setembro de 2014. "2014 foi o terceiro ano consecutivo com um crescimento mundial do comércio inferior a 3%", declarou o brasileiro Roberto Azevedo, diretor-geral da OMC. Enquanto isso, em Washington, o Fundo Monetário Internacional manteve a previsão de crescimento econômico global para 2015 em 3,5%, face as expectativas deflacionárias da commodities, sobretudo em relação aos preços petróleo e seus derivados. Considerado o horizonte temporal mais recente, os crescimentos podem ser vistos como relativamente modestos: 3,4% em 2013 e 2014. A aceleração prevista para 3,5%, para 2015, poderá chegar, em 2016, a 3,8%. Para o FMI, a economia brasileira sofrerá uma contração de 1% este ano. Trata-se de revisão do crescimento previsto anteriormente de 0,3%. Isso só mudará com as reformas da educação, trabalho e indústria para elevar a competitividade e a produtividade. Para a zona do euro, o FMI revisou para cima a perspectiva de crescimento para 2015 e 2016, graças à queda dos preços do petróleo e as medidas de incentivo do Banco Central Europeu. Este ano, o FMI prevê um crescimento de 1,5% para os 19 países da zona do euro. Para 2016, a região deve se expandir a uma taxa de 1,6%. A China apresenta-se em crescimento mais lento na previsão do Fundo, expandido seu PIB em apenas 6,8% este ano e 6,3% em 2016. A contribuição chinesa será pequena para o crescimento mundial, em relação aos anos anteriores.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Instituições precisam fidelizar seus clientes

Custos e Receitas precisam ser revistos

Clientes inativos geram apenas custos. Receitas lucrativas pedem uso intensivo do banco. Veja o que está acontecendo com a indústria bancária, na matéria publicada no Brasil econômico do dia 01/04/2015. Os dados são atuais e dizem respeito ao consumidor de alta renda. Clique no link:

http://fractalconsult.com/node/14885

Ajustes no Brasil, na Europa e na China

Enquanto o Congresso discute...
O governo apresentou em seu balanço consolidado de fevereiro déficit de R$ 2,3 bilhões. Especificamente, o governo central (Tesouro, Bacen e Previdência) atingiu um déficit primário de R$ 7,4 bilhões. Estados e municípios estiveram, nesse mês, superavitários em R$ 5,2 bilhões. Tomado os últimos doze meses, as receitas tributárias cresceram 2,5% e os gastos 11,5%. O diagnóstico é claro e pede cortes urgentes das despesas. A meta referente ao superávit primário foi fixada em 1,2% do PIB. Entretanto, o balanço fiscal acumula déficit de aproximadamente R$ 36,0 bilhões; ou seja 0,69% do PIB. A previdência social, sozinha, registra um déficit de R$ 5,8 bilhões, mostrando que o ajuste proposto pela atual equipe econômica não pode ignorar esse problema. A Alemanha, Espanha e Itália, elevam o índice PMI em março, e sinalizam que a economia da região está respondendo bem aos estímulos monetários do Banco Central Europeu. Na Ásia, a China vive período de desaceleração do PIB nesse primeiro trimestre. Em março, entretanto, seu PMI surpreendeu positivamente a todos. O PMI-Markit apresentou queda muito inferior à prevista pelo mercado: caiu de 50,7 para 49,6 pontos no trimestre. O governo tem sido muito ativo nesse ano. As medidas fiscais e monetárias, embora tenham comprometido de alguma maneira o crescimento do país, deixam entrever um arrefecimento do processo inflacionário e um período de estabilidade de preços.