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sábado, 31 de julho de 2010

Apple viola patentes

A Apple está virando alvo de oportunistas?
Nem bem havia se livrado na semana anterior de acusações de quebra de patentes, a Apple sofre nova acusação por violação de propriedade intelectual. Trata-se, agora, da  Emblaze, empresa de desenvolvimento de tecnologia  para telecomunicações, que acusa a Apple de usar uma tecnologia de streaming de vídeos patenteada, desde 2002. A tecnologia, chamada de http Live Streaming Standard, foi apresentada pela Apple em novembro de 2009 e instalada no iPhone, iPod Touch, iPad e em toda a sua linha de computadores e notebooks.
A ação corre na Corte do Distrito Sul de Nova York, pleiteando a reparação econômica dos danos causados a ela pela obtenção de receitas e lucros ilegais por parte da Apple.
Convenhamos que uma tecnoologia utilizada no iPhone e no iPode Touch já não é coisa tão recente e deveria ter sido denunciada antes. Tanto tempo depois, pode parecer apenas oportunismo. Vamos aguardar o desfecho dessa história, porque as anteriores acabaram em acordos.

Iniciativas de longo prazo nascem de nossa burocracia

Convênio quer atrair
investimentos para São Paulo
De um lado a A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex, de outro a Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade - Investe São Paulo. Pela Apex Ricardo Schaefer, diretor de planejamento e gestão, pela Investe São Paulo, Mario Mugnaini Júnior, presidente da Investe SP, e José Roberto Cunha, doutor pela FEA e professor da FIA, também diretor da Investe SP. Assinaram, ontem convênio para ampliar o volume de investimentos diretos no estado de São Paulo.
O projeto visa capacitar os funcionários da Investe São Paulo, com a metodologia do Investment Climate Advisory Services, do Banco Mundial, para a atração de empresas estrangeiras.
O Programa de Coordenação Nacional para a Atração de Investimento Estrangeiro Direto será desenvolvido em três etapas. Na primeira, será criado um plano estratégico e organizacional de três anos para o estado. Na segunda, serão organizados seminários para a transferência de conhecimento técnico e cursos de capacitação e aprimoramento. Na última etapa, será implantado um sistema de trabalho conjunto para atendimento aos projetos de investimento estrangeiro, ações promocionais e de melhoria de ambiente de negócios no estado.
Espera-se como resultado final, o longo prazo, que a metodologia possa ser multiplicada pela Investe SP em entidades do estado envolvidas na atração de investimentos e em outros governos municipais e estaduais, dedicadas ao mesmo esforço, para que os todos, além de promoverem suas regiões, possam estabelecer mecanismos e estruturas locais que funcionem como centros de apoio aos investidores.
Governantes não atrapalharam e empresários não participaram. No fundo apenas a burocracia, comprometida dom seus próprios resultados, é quem pensa o país em prazos mais longos.

As contas do Governo

Abaixo da meta. Mas razoável,
para esforço anticíclico exigido.
A meta de 3,3% do PIB fixada para o superávit primário dificilmente será alcançada esse ano. Analistas do mercado já falam em menos de 2,5%.
Seria desejável que alcançássemos o superávit nominal (isto é, fossemos capaz de pagar também os juros da dívida). Convenhamos, entretanto, que dada a situação atual do mundo e de outros países, até que fomos muito bem.
Os dados Banco Central mostram que a economia do setor público para pagar os juros da dívida está positiva em R$ 40,105 bilhões, que em um fluxo de 12 meses representaria 2,07% do Produto Interno Bruto (algo em torno do déficit da previdência, ou menos que isso). No mês de maio, essa relação estava melhor, em 2,13%. Realmente, e querendo ser apenas justo, não está mau.
Tudo isso não disfarça a realidade: há gastos de mais e investimentos de menos. Os gargalos se estreitaram muito nesses últimos anos. Estradas de rodagem, ferrovias, aeroportos, portos são exemplos típicos dos baixos investimentos que comprometem os custos e a eficiência da logística nacional. Produção, armazenamento e movimentação de materiais subtraem a competitividade do país enquanto o aparelhamento do estado viceja.
Decorrente dessa hipertrofia do estado nacional, a burocracia se auto alimenta, a insegurança jurídica se amplia, a legislação trabalhista impede a modernização das relações sociais, a educação e a saúde completam o quadro do anacronismo nacional. A arrecadação tributária, crescente e injusta como é, disfarça o problema. Apenas disfarça.
O desafio das reformas permanece entre nós, intocado. Elites e governo continuam em namoro, apaixonados. Elas por ele. Ele por elas.
Todos temem uma nova crise na Europa. Ou uma deflação nos Estados Unidos. Ou, ainda, uma implosão da Europa de Leste. Superávit nominal, investimentos dirigidos à competitividade nacional, assim como reformas institucionais podem colocar o país em rota de crescimento acelerado.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A receita é a mesma: âncora verde, âncora cambial e âncora de juros.

A fórmula envelheceu. Os desafios são outros.
Com o mais do mesmo, não vamos evoluir.
A lei da oferta e procura ficou para o comércio. A procura está garantida pelo crédito farto ao consumo.
Garantida a procura, o problema passou a ser assegurar a oferta. Crédito subsidiado, via BNDES, ajuda muito. Mas não resolve. O câmbio segura a oferta. A valorização do real favorece  a concorrência internacional e a indústria nacional tem que voltar-se para o mercado interno, tentando garantir o seu share frente aos importados.
Muitas aproveitaram o "boom" da economia e se venderam, a bons preços, ao capitais internacionais.
A agricultura segurou as contas externas, até recentemente. Os preços agrícolas cresciam no mundo mais do que o dólar se desvalorizava no Brasil. Isso acabou. As contas externas  fazem água. Os juros detonam os custos e os preços da produção nacional. Os preços já não respondem adequadamente à alta dos juros. Eles já estão elevados para além do suficiente.
A agricultura passará a pagar o preço que a indústria já vem pagando.
Observe o último levantamento do Instituto Economia Agrícola do Estado de São Paulo, em relação aos preços pagos a produtores agrícolas.
Segundo o IEA, o “Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária (IqPR) registrou queda de 3,28% na terceira quadrissema de julho de 2010.
O IqPR-V (produtos de origem vegetal) também fechou com variação negativa de 5,74% e o IqPR-A (produtos de origem animal) subiu 2,81%". 



A alta na carne de frango apenas acompanha o aumento dos preços da carne bovina. Os preços do algodão decorrem da queda dos estoques internacionais e da quebra da safra dos cerrados.
A oferta reduzida de banana está relacionada ao frio nas regiões produtoras. Isso explica a escassez relativa do produto e provoca a alta dos preços.
A alta da carne bovina decorre da baixao ferta de boi gordo nas pastagens. Frio e seca explicam essa escassez. O café apresentou alta de suas cotações em função do aumento da demanda internacional.
Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços, segundo IEA,  na terceira quadrissemana de julho foram: "tomate para mesa (56,00%), batata (27,03%), feijão (20,60%), laranja para mesa (12,28%) e amendoim (5,89%)".
Logo, logo, nossos agricultores vão vender suas fazendas aos capitais estrangeiros. Os interessados serão privates equyties americanos e chineses. Que tal? Já estamos desnacionalizando a educação. Na saúde os capitais internacionais já chegaram. A agricultura será o próximo passo?

quinta-feira, 29 de julho de 2010

QR CODE e SUSTENTABILIDADE: O que é isso?

Já havíamos abordado no Blog e nas aulas da FIA as imensas possibilidades que os QR CODE trariam às comunicações.
Os QR CODE são códigos de barra bi-dimensionais que carregam quatro vezes mais informações que o código de barra unidimensional.
Agora com a possiblidade da leitura ser feita pelo celular, suas aplicações se multiplicaram.
Apresentamos um projeto para a copa de 2014 em CURITIBA onde toda a sinalização de rua será QR CODE. Dessa forma, independente da LÍNGUA, qualquer turista poderá entender a sinalização de trânsito, museus, folhetos e muito mais.

Mas afinal como isso funciona?
Bastar direcionar a câmara do celular para a sinalização QR CODE, fotografá-la e em milésimos de segundos aparece a tradução. Que pode ser audível ou visual. (Sim, é possível ouvir a placa de trânsito dizer: Estádio do Atlético -Vire a direita a 300 m. Em árabe, chinês, coreano...)
Ao invés de fazer placas em dois idiomas (com uma evidente viés para o inglês), as placas serão em TODOS os idiomas.
Futurista?
Poucos sabem que todos os Smartphones possuem esta capacidade. Basta baixar um aplicativo específico (que pode ser acessado no site QR CODE gratuitamente).
Tão Simples e fácil que a prefeitura de CURITIBA ACABA DE APROVAR NOSSO PROJETO.
Hoje a penetração de smartphones entre turistas é 12% (dados EMBRATUR). Nossa projeção que em 2014 será ao redor de 65%. Policiais de trânsitos e guias serão treinados para usar e ensinar usar.
Vejam o link abaixo e percebam como uma campanha utiliza o QR CODE nos EUA em outddor em uma movimentada esquina. O usuário fotografa e é direcionado ao comercial. (que pode ser um filme, uma locução ou um texto).
http://www.mobilepedia.com.br/noticias/qr-code-e-usado-em-acao-para-recuperacao-o-golfo-do-mexico

Prof Ramiro Gonçalez - FIA
Inteligência de mercado e mídia
@ramirogoncalez
ramirogon@uol.com.br

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O lado negativo do crescimento brasileiro

Em economia, crescimento vem acompanhado de novos problemas
O déficit em Conta Corrente chegará, segundo as previsões do Banco Central, aos US$ 49 bilhões nesse ano.
A culpa é do crescimento muito forte da economia que faz as importações crescer quase 50%, nos últimos 12 meses. O dólar, desvalorizado como está, desestimula proporcionalmente mais as exportações, do que estimula o crescimento das importações. Mas seu efeito aqui não deve ser ignorado.
A demanda interna, sustentada pela ampliação dos gastos governamentais e por uma política agressiva de crédito, não encontrou a mesma contrapartida na oferta nacional. Nesse quadro, as contas externas foram agravadas pelo aumento das encomendas ao exterior e pelo avanço dos gastos em viagens ao exterior.
O IED já não comparece com o vigor de outros tempos. Temos apenas, com essa taxa Selic, a presença na economia brasileira de US$ 23,2 bilhões líquidos, de capitais especulativos, no primeiro semestre desse ano.
O Brasil tem reservas e o crescimento já começou a arrefecer.
Interessante seria manter o crescimento, ampliando os investimentos e atendendendo a demanda interna com a produção nacional. Emprego e renda cresceriam juntos. Mas a Selic não deixará essa equação se resolver.

Indústria não contribui para reduzir o desemprego

Selic sobe. Taxa de desemprego cai.
O desemprego, medido pelo Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos-, recuou de 13,2%, em maio, para 12,7%, em junho. Agora temos 2,795 milhões de pessoas desempregadas, entre a população economicamente ativa. O maior número de vagas foi criado pelo setor de serviços. A indústria prestou contribuição tímida ao desemprego. Quase nula.
Com a utilização da capacidade instalada já elevada, esse setor só voltaria a contribuir significativamente para a queda do desemprego se ampliasse suas unidades de produção. Essa decisão só se dará com a redução dos juros e com a manutenção da demanda. O custo de oportunidade em investimentos para ampliar imobilizados operacionais fica excessivamente elevado, com a Selic nesse patamar. A disposição de investir depende também da confiança do industrial na manutenção dos níveis de consumo do país. O índice de confiança da FGV mostra-se em redução.
Quando os investimentos são reduzidos, é a indústria quem mais retrai a oferta de emprego. Novas reduções no desemprego continuarão muito dependentes da construção civil.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Mídias, Direito internacional, Modelos de negócios e WikiLeaks

Vem passando despercebida o modelo de geração de conteúdos do WikiLeaks. Para quem não está acompanhando: O wikileaks divulgou na semana passada notas e relatórios de soldados envolvidos na Guerra do Iraque.
Entrei no site para entendê-lo melhor. Quem tiver curiosidade: http://www.wikileaks.org/wiki/Wikileaks
O que tem isso a ver com o debate sobre o futuro das mídias?
O modo como este conteúdo gerado é totalmente não usual (anti-ético ?) e mostra como estamos em um momento de ruptura. O futuro vem em saltos.

Mas como funciona o Wiki leaks?
O criador do Wiki Leaks - Julian Assange - vem publicando desde julho de 2007 informações que ele diz serem importantes para preservar a democracia.
.. could become as important a journalistic tool as the Freedom of Information Act.„
— parece que o Time Magazin concorda, pois há uma citação na página inicial do site.
O WikiLeaks continua uma tradição de revelar na internet informações que o grande público não tem acesso. Informações que muitas vezes ficam restritas aos editores de jornais e revistas. Um dos primeiros eventos com este conceito foi o affair do presidente Bill Clinton com a estagiária Monica Lewinsky em 1998.
Sua coleta de dados parece ter um método: há uma extensa verificação dos dados colhidos e a proteção de suas fontes. O que é surpreendente é que ele apareceu justamente quando as mídias estão em crise e com redução da capacidade de investir em jornalismo investigativo.
Mídias tradicionais como o inglês "Guardian"e o alemão "Der Spiegel" parecem homologar o trabalho ao divulgar as informações do WikiLeaks. O que conquistou os repórteres é a transparência radical da divulgação de documentos originais.
Os desdobramentos nos vetores do futuro das mídias são significativos: Esta é uma alternativa à Geração de conteúdo tradicional? O canal de distribuição é a WEB com apoio das mídias tradicionais? O que sustenta o modelo de negócios? Quais os impactos no direito internacional?
Reconheço que tentar imaginar os impactos da Wikileaks vão além do conhecimento que possuo. Mas é exatamente isso que a torna interessante.

Prof Ramiro Gonçalez - FIA
Inteligência de mercado e mídia
@ramirogoncalez
ramirogon@uol.com.br

Exaustão da política de juros

Selic subiu. Juros e Spreads recuaram.
Parece haver uma certa exaustão da eficácia da política monetária. A própria “mão invisível do mercado” começa a enfiar sua colher nessa panela.
O estoque de crédito, no primeiro semestre, passou a representar 45,7% do PIB (R$ 1,53 trilhão), tendo crescido 8% de janeiro a junho. Os dados do Banco Central mostram que de só de maio para junho, o aumento foi de 2% e de 19,7% em 12 meses.
O curioso dessa história é constatar que a demanda está forte e que mesmo assim o preço do crédito começa a cair. Juros e spreads iniciam um caminho na contramão da Selic. Mais ainda, isso tudo acontece em um mercado financeiro apontado sempre como excessivamente concentrado. A taxa média cobrada caiu, no 2º trimestre, 0,3%. Esse recuo estatisticamente é desprezível. Entretanto ele se dá no momento em que a Selic iniciava seu avanço antiinflacionário. Sai dos 34,9% ao ano e vem para os miseráveis 34,6%. Considerando a Selic, o recúo deixa ser miserável.
Para pessoas físicas, o recuo foi de 1,1 %. Esse, sim, foi ainda mais expressivo. A taxa veio para 40,4% ao ano, o que, sem dúvida, ainda é muito alto. A taxa média só não caiu mais porque o juro cobrado às pessoas jurídicas cresceu mais uma vez de 26,9% para 27,3% ao ano.
Parece que de agora em diante, ou se abaixam os juros e os spreads, ou a população reduzirá seu apetite de crédito. Aliás, é realmente possível acreditar nisso quando vemos que quem puxa esse crescimento, entre as pessoas físicas, são os empréstimos subsidiados à casa própria e o crédito consignado. No caso das pessoas jurídicas, são os empréstimos do com recursos também subsidiados, principalmente, do BNDES.
O melhor dessa história do crédito é ver a “mão invisível”  atuar na política monetária. Os juros caíram em todas as modalidades de crédito, exceto no cheque especial. Em junho, o recuo foi de quase 1% ao ano. O spread bancário recuou 0,4 ponto. No final desse junho, o spread estava em 23,5 pontos percentuais.
A inadimplência ficou praticamente estável (5,0% em junho contra 5,1% em maio). A comemorar, o fato desse ter sido o menor nível desde março de 2009.
O SERASA havia identificado aumento da inadimplência nesse segundo trimestre do ano. Atribuiu a deterioração da qualidade do crédito ao crescimento mais rápido dos empréstimos em relação ao crescimento da renda. Contrariamente, o Banco Central afirma que, para pessoas físicas, a inadimplência é de 6,6%, o que representa uma queda de 1,1 pontos percentuais no primeiro semestre. Em relação às pessoas jurídicas a inadimplência é de 3,6%, com recuo, no semestre de 0,2%.
Tudo leva a crer que o crescimento, por meio de crédito, começa a perder força. Não porque a taxa Selic cresceu, mas porque o consumidor começa a entender que não pode conviver com juros tão altos. Nem ele, nem o sistema financeiro estão respondendo às altas das taxas básicas de juros.
Portanto, para manter a estabilidade da moeda, melhor seria limitar a quantidade de crédito e evitar esse ritmo de expansão. A Selic poderia ficar em torno de 8,5%, num primeiro momento, aliviando consideravelmente as contas públicas e reduzindo a sedução que os juros pagos pelo governo provocam entre os especuladores internacionais.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mídia tradicional americana ganha receitas via WEB

O FINANCIAL TIMES acaba de divulgar que o tradicional americano -New York Times- reverte a tendência de queda nas receitas com um aumento de 18% nos anúncios on line.
Debatemos bastante essa possibilidade nos eventos FEA-FIA de maio e junho 2010. O jornalismo investigativo poderia ser financiado pela própria operação on line dos jornais. Seria uma alternativa à queda dos volumes dos anúncios impressos.
No caso do New York Times a publicidade on line já responde por mais de 25% do faturamento do grupo. É uma notícia bem-vinda, tendo em vista as enormes dificuldades financeiras enfrentadas pelo NYT.
Parece prematuro acreditar que esta será a saída definitiva para as mídias. A cobrança por conteúdo parece ser parte dessa equação.
Continuamos monitorando as movimentações.

Prof Ramiro Gonçalez - FIA
Inteligência de mercado e mídia
@ramirogoncalez
ramirogon@uol.com.br

A mais recente preocupação sobre a economia brasileira

O problema é o mesmo: real valorizado
A conta de transações correntes brasileira é negativa em junho, com o saldo de -US$ 5,180 bilhões. O resultado é pior que o apurado em maio, cujo resultado negativo foi de -US$ 1,988 bilhão.
Está ficando difícil, embora tenhamos extensas reservas. No total do primeiro semestre de 2010, a conta corrente atingiu déficit de US$ 23,762 bilhões.
Muito desagradável porque esses números abrangem dados da balança comercial, da conta de serviços e das transferências unilaterais do país. A conta corrente está composta de sub-contas: a balança comercial resultante de exportações e importações; a conta de serviços e rendas, que afere as entradas de capitais externos (nas diversas modalidades) e de saídas para o pagamento de juros, remessas de lucros e de serviços em geral (viagens e transportes são para nós itens muito pesados); e as transferências unilaterais correntes, que são recursos enviados por brasileiros que moram no exterior.
Só na conta de serviçose renda tivemos um déficit de US$ 7,601 bilhões, enquanto na balança comercial, houve superávit de US$ 2,277 bilhões.
No primeiro semestre do ano os resultados são os seguintes:
1)- balança comercial, positiva em US$ 7,878 bilhões
2)- transferências unilaterais, US$ 1,608 bilhão.
3)- pagamentos de serviços e rendas, negativa em US$ 33,248 bilhões.
Reverter isso passa por uma nova política cambial. Já temos discutido esse assunto há alguns dias. Será necessário desvalorizar o real, desestimulando a entrada de capitais especulativos e ampliando, seletivamente, nossas importações. Modernizar nosso parque produtivo, abriríamos vagas novas no mercado de trabalho e aumentríamos a competitividade nacional.

Risco-país em queda

Bom para começar a semana
O Risco-país está agora em 210 pontos. Isso significa que caiu 3,67% em um único dia.E é sempre assim. A situação no primeiro mundo melhora e a percepção de risco em relação aos emergentes mellhora também. Não se iludam, ainda somos uma variável dependente nessa função.
Isso não deve provocar estranheza. Afinal, o avaliador chama-se apenas JP Chase. O JP desenvolveu um indicador chamado EMBI+ (O Emerging Markets Bond Index) cujo objetivo seria o de aferir a confiança dos investidores em relação aos países.  O índice seria uma média ponderada dos prêmios pagos pelos títulos desses países em relação a papéis de prazo equivalente do Tesouro dos Estados Unidos. A referência, portanto, são os títulos norte-americanos, uma vez que os Estados Unidos são tidos como o país mais solvente do mund; ou seja, seriam títulos de risco nulo. No fundo, significa dizer que para cada 100 pontos de risco Brasil, nossos títulos pagam uma 1% a mais sobre os papéis dos EUA.
Faz sentido. Pessoalmente, o medo de comprar, por exemplo, uma ação de uma companhia lá fora é bem maior que o temor de comprar aqui dentro. Isso porque nós pensamos conhecer melhor o ambiente que vivemos, o que nos dá uma maior sensação de segurança.
Seja como for, estamos relativamente bem nessa comparação de risco com outras nações.

domingo, 25 de julho de 2010

Deu na Exame

Junto: Talent para Twitter
Foi o Professsor Ramiro quem descobriu. Acentuou que os palestrantes de nosso evento haviam revelado novas possibilidades. Eis como aparecem as pessoas e o novo banco, conforme a palestra do Martins. Muito coerente com seu pensamento.
http://portalexame.abril.com.br/blogs/4p/2010/07/22/em-novo-comercial-santander-fala-ate-do-twitter/
A Exame anunciou precocemente.

sábado, 24 de julho de 2010

Afastando inquietações e temores

Mais um índice mostra que o BACEN não errou.
O IPC-S, caiu 0,14%, na 3ª semana de julho. Que tal considerarmos a inflação aquietada?
Com certo sossego na Europa e com o equilíbrio da economia norte-americana, começo a me perguntar se já não poderíamos, para a próxima reunião do Conselho de Política monetária, pensarmos em reduzir a taxa d e juros. Seria uma sugestão precoce?
Bem, na semana que entra serão divulgadas as notas de Conta Corrente e Investimento Estrangeiro Direto, ambos referentes ao mês de junho. Talvez esses dados possam nos estimular. Teremos ainda, a divulgação de nota sobre Política Monetária e Operação de Crédito, também de junho, e o Resultado Primário do Governo Central do mesmo mês. Analisando esses dados de forma integrada aos anteriores, poderíamos concluir ainda com mais precisão. Vamos ver se nos livramos do dilema ortodoxia versus heterodoxia e entendemos não ser possível viver com juros tão alto e com dólar tão baixo.
Teremos também a pesquisa de Emprego e Desemprego do SEADE, a nota sobre Política Fiscal, os Indicadores Industriais, referentes a junho e, por fim, a esperada Ata da última reunião do COPOM.
Nos Estados Unidos, teremos uma enxurrada de índices e outros indicadores. Isso nos permitirá avançar ou não com nossas hipóteses sobre a recuperação dessa economia: índice de atividade regional do Fed de Chicago de junho, Fed de Dallas e Fed de Richmond, ambos de julho, o Índice de Preços de Casas (maio) medido pelo S&P/CaseShiller, o índice de Confiança do Consumidor do mês de julho, as Encomendas de Bens Duráveis de junho, o Livro Bege com as percepções do Fed sobre a economia norte-americana (esse está sendo muito esperado, dada a pertinência rotineira de suas afirmações), os Pedidos semanais de Auxílio Desemprego, o PIB do segundo trimestre, Consumo Pessoal, PCE Core e Índice de Custo de Emprego, além do índice de Gerentes de Compras de Chicago e a Confiança do Consumidor de julho da Universidade de Michigan.

Governança, ética e justiça

Dell faz acordo junto à SEC e encerra processo
A fabricante de PCs Dell que pagará US$ 100 milhões à Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais norte-americano. Com isso porá fim ao processo movido pela Intel. A acusação referia-se a suborno para aquisição de chips da Intel. No banco dos réus, respondendo pelos elementos penais, nada menos que o consagrado CEO, Michael Dell.
Nesses casos a SEC permite que, mediante acordo pecuniário, tido como suficiente pela parte prejudicada, que se encerre a contenda, desde que não tenha havido admissão da culpa ou sua negação. Ou seja, não se tenha discutido a culpabilidade.
A investigação apurou que a Dell recebeu, entre 2001 e 2006, US$ 6 bilhões da Intel para que seus PCs fossem equipados exclusivamente com seus chips. Adicionalmente, a acusação ainda demonstra que a fabricante de PCs teria utilizado parte desses recursos operações para fraudar os balanços financeiros. O objetivo era enganar os acionistas e investidores. O CEO Michael Dell pagará multa de US$ 4 milhões para não ser pessoalmente responsabilizado por essas fraudes.
Imagina-se, em princípio, que empresas desse porte não cometam desvios dessa natureza face a seus modelos de governança. Entretanto, parece ainda muito presente os conflitos da Teoria de Agência. Observando o sobrenome da fera, é relativamente fácil entender. Em auditoria "quem faz não controla". No senso comum, o que aconteceu parece ainda mais simples: mandaram o bode tomar conta do milho.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Sem redação

Emoção em história sem diálogos
Sem diálogos? Ou sem fala?
Estratégias emocionais têm muita eficiência, mas depende do tema.
http://www.youtube.com/watch?v=YeQ3GBsMcBM

Alívio geral. O euro sobreviverá.

Resultado tranquilizador deve
ser visto com reservas
Apenas 7 instituições não passam no teste de stress: Hypo Real State (instituição financeira alemã), ATEbank (grega), as espanholas: Cajasur, Civita, Espiga, Unnim Savings e Diada Savings (todas de pequeno porte). Todas as demais 84 instituições financeiras avaliadas foram aprovadas.
Ficou um pouco a idéia de que, talvez, o teste não tenha sido rigoroso o suficiente. Mas quem divulga os resultados é a Comissão Européia. Na Itália, Portugal, Holanda, França e Irlanda todas foram aprovadas. O déficit de capital das instituições reprovadas alçaria 3,5 bilhões de euros.
Com maior fôlego, a UE tem novas perspectivas. A matéria da revista The Econmist, abordando sobrevida do velho continentea, parece perder força para causar maiores estragos. A Europa sinaliza ao mundo que se recuperará, saindo da crise unida em torno de sua moeda.

Os estoques estavam baixos

Depois de 11 semanas com tendências de alta, os preços do petróleo começam a ceder.
Nessa semana, a cotação do barril de petróleo do tipo WTI, com vencimento em agosto, chegou a US$ 79,29 na Bolsa de Mercadorias de Nova York. O barril do tipo Brent, com vencimento em setembro, subiu 3,1% cotado a US$ 77,74 no ICE Exchange de Londres. Os pedidos da indústria na zona do euro haviam subido 3,8% em maio em relação ao mês anterior.
Estoques baixos e consumo crescente explicaram a alta. Bastou um alívio no quadro internacional e os preços subiram.
Entretanto, há um entendimento geral no mercado de que chegamos a um momento de ajustes. Por outro lado, os investidores estão com um pé para trás, até que os resultados dos testes de stresses dos bancos europeus sejam divulgados no final da tarde de hoje. Bom lembrar que os preços nessa semana subiram 4%.

Issoo não é hetorodoxia. Nem de longe.

Copom surpreende e desagrada aos ortodoxos
Não adianta disfarçar. Já estão até dizendo que decisão do COPOM foi heterodoxa. Que na próxima reunião o chumbo será de mais 0,5 pontos percentuais. Chegamos ontem a 10,75%.
Agora o mercado fica meio tonto, por uns dias. Será necessário compreender que a inflação arrefeceu e que não faz mais sentido continuar com essa taxa de juros. Ela pune investimentos produtivos e alimenta a valorização do real.
O IPCA - Índice de Preços ao Consumidor-, já havia apontado para variação nula dos preços. Não razões (ou desculpas) para novas altas. É hora de pensarmos em reduções da Selic e desvalorizações graduais do Real. Estamos insistindo nesses pontos em nossas últimas postagens.
Como conclusões finais ficam: os juros bancários vão subir mais um pouco; com menor intensidade, subirão as remunerações dos fundos de renda fixa.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Franceses, Mídia digital e Ruptura

Acaba de sair a notícia pela agência EFE que a França irá criar uma banca virtual.
Os franceses poderão comprar jornais por uma banca virtual que distribuirá os conteúdos a computadores e celulares.
O usuário poderá escolher jornais de circulação nacional e revistas.

Assim como já acontece nas bancas tradicionais, cada publicação fixará o preço do material. A novidade é que os internautas poderão escolher entre assinar um jornal integralmente ou a conteúdos específicos de vários deles.

Trata-se uma estratégia inteligente de enfrentar o Google News. Ao invés de demonizá-lo, criaram um plano de negócios para enfentrá-lo (em seu próprio território).
Como dito pelo PROF GRISI "nos meios físicos aprofundam-se as análises. O consumidor busca, nos meios eletrônicos, apenas as sínteses. Ele é sempre rápido e superficial. Nunca analítico". Disponibilizarão as 2 alternativas. Mas como alertou o Prof Grisi a inteligência será determinar a profundidade adequada em cada meio.
No fundo essa é a pergunta a responder: como adequar cada meio ao perfil do leitor?

A adesão de vários periódicos -Le Monde, Libération, Le Figaro, Les Échos, Le Parisien e L'Equipe - mostra que o assunto foi analisado em sua perspecitiva financeira e não apenas por modismos passageiros.

Como já abordado no livro MÍDIAS E NEGÓCIOS uma nova mídia não acaba com outra, apenas a reposiciona. Mídia impressa e mídia digital podem conviver com leitores com perfis diferentes .

Prof Ramiro Gonçalez - FIA
Inteligência de mercado e mídia
@ramirogoncalez
ramirogon@uol.com.br

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cópia ou reaproveitamento

Reaproveitar produções é recomendação
para corte de custos
Os melhores manuais de propaganda recomendam reaproveitamento de cenas. O uso criativo desse expediente pode produzir economias significativas de custos para nossos clientes.
No caso do anúncio da nova campanha da Epson, criada pela Ogilvy Paris, a imagem de uma senhora de idade com o texto “Long Live Memories”, fazendo uma analogia entre as linhas de expressão do rosto e as linhas de texto que contam uma história, foi um reaproveitamento. A impropriedade estaria no fato de que a foto original é a mesma de um anúncio feito para a Dove, em 2008. Neste caso o texto dizia “Love Your Life”.
Realmente, esse fato pega. Entretanto, que não se tire o mérito da estratégia de copy do redator. Valeu, Ogilvy. Mas, ficou ruim. E sem conserto.Vejam a foto.



O Estado brasileiro em crise de ausência

Herança maldita
Câmbio valorizado em excesso transformou-nos em exportadores de produtos primários. Esses produtos têm baixo valor agregado. É preciso exportar toneladas para receber poucos dólares. Ao importarmos produtos industrializados, trazemos quilos (ou gramas) contra pagamento de quantidade elevada de dólares. Estamos diante do fenômeno conhecido por deterioração dos termos de troca.
Durante os anos 50, 60 e 70, falou-se que esse fenômeno era fruto da política colonialista norte-americana. O Brasil está, ao longo desses 16 últimos anos, mostrando que é capaz de produzir o fenômeno sem o auxílio de nenhum agente externo.
Por um período curto, uma defasagem cambial moderada pode ter aspectos positivos, à medida que estimula a competitividade empresarial e até saneia o ambiente econômico, expurgando dele os agentes com menor grau de eficiência. A queda dos custos beneficia o sistema de preços e aperfeiçoa o sistema econômico como um todo. Conseguir isso, de modo geral, solicita dos governos estímulos ao aperfeiçoamento da competitividade empresarial, tais como, financiamentos ao desenvolvimento tecnológico, isenções para importações de máquinas e equipamentos, apoio para absorção de novas tecnologias, para a formação de pesquisadores, para a implantação de centros de pesquisa e desenvolvimento, etc..
Economicamente é plausível também admitir que se possa compensar a supervalorização da moeda nacional por meio de desonerações tributárias, redução de custos logísticos, burocráticos ou mesmo concebendo política comercial compensatória, pela introdução de novas tarifas de importação.
Entretanto, o uso do câmbio, por tanto tempo, como mero instrumento de contenção de inflação, conduziu a moeda nacional a uma valorização desproporcional ao tamanho de sua economia. Entre os estudiosos do mercado de divisas, os mais conservadores estimam que a relação devesse estar próxima dos US$ 1,00 para R$ 2,10. O ministro Mantega já falou em 2,40 ou 2,60, não me lembro bem.
Tem sido também forçoso reconhecer que, nesse período todo, temos disputado os mercados internacionais com países cujas competitividades - sistêmica e empresarial-, são superiores às nossas e que se beneficiam de políticas comerciais e industriais profundamente ativas, quando não abusam de práticas cambiais para ganhar espaço no comércio mundial. A China aqui é só o exemplo mais contundente, com a subvalorização do yuan calculada em 40%.
As condições cambiais brasileiras, lentamente, corroeram a base industrial brasileira e desestimularam investimentos em nosso parque produtivo, pela comparação, com outros países,  dos custos de produção e comercialização, em dólares. Somos preteridos pelos investidores, em favor de outros emergentes, nesse processo de escolha para construção de base produtiva global. Nos vemos por isso privados da modernização tecnológica que poderia ter sido aportada, por aqui, pelos projetos internacionais. Esse processo de desindustrialização é conhecido por reduzir a oferta de empregos e deteriorar suas remunerações.
Ainda somos um país pluri-setorial. Os enormes esforços feitos em décadas passadas precisam ser preservados. A regressão manufatureira acabaria dispensando maiores investimentos em educação, saúde, tecnologia e cultura. Tornar-se-iam menos relevantes em uma economia que perde seu dinamismo, substanciada em produtos primários.
Não se pode admitir que o funcionamento do mercado interno e a ascensão social dependam mais da assistência social que da educação. Bolsas não podem substituir vagas de trabalho. Informalidade e crédito não sustentam o crescimento interno. O quadro cambial precisa ser revertido e a poupança e os investimentos ampliados de forma significativa. Caso contrário, legaremos uma herança maldita às próximas gerações.

Copom tem que agir com cuidado

Mais dois dados alertam:
"o mar não está pra peixe"
A prévia anunciada hoje para a 2ª semana de julho do IGP-M caiu para 0,03%. O IPCA-15 de julho veio com deflação de 0,09%.
Como fica o Copom? Seria razoável entender que a Selic poderia ficar onde está. Alta de juros sempre demoram para chegar à economia. Seria preciso dar um tempo e observar os efeitos das altas anteriores, antes de provocarmos um aperto monetário extemporâneo. No mercado as apostas desceram de 75 para 50 pontos percentuais.
Ainda assim não me agrada. A diferença dos juros reais, nacionais e internacionais, estão provocando a valorização do real. Vejam o que aconteceu hoje. Real em nova queda. Poderíamos contingenciar o crédito ao consumo e dar início a uma redução da Selic. Os investimentos produtivos haveriam de crescer.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Fitch também ameaça

Ratings dos bancos europeus
podem piorar
Para a Fitch Ratings se as condições de liquidez do mercado interbancário europeu não melhorarem nas próximas semanas, as pressões sobre suas qualificações creditícias poderão deteriorar.
A Fitch espera a publicação, nessa próxima sexta-feira, dos resultados das provas de resistência (teste de estresses) desses bancos.
Vejam a ironia dos fatos. A agência espera que os governos ponham recursos à disposição dos bancos para que possam suportar seus compromissos futuros. Com isso, o sistema financeiro ficaria a salvo. Por outro lado, isso torna inevitável que as contas públicas sofram deterioração. Os estados europeus terão que financiar esses novos aportes, complicando, ainda mais, a relação Dívida Pública/PIB.
Conclusão: os estados sofrem rebaixamento de seus ratings.Vai entender essas agências. Quer saber? Chovemos no molhado. É preciso distinguir o anticíclico da deterioração econômica.

Anticlismos e suas consequências

Irlanda suscita novos temores
A agência de classificação de risco Moody's rebaixou os títulos da dívida do governo da Irlanda, de Aa1 para Aa2, com perspectiva estável.
A agência explica o rebaixamento por meio da "gradual, porém significativa perda de força financeira do governo, conforme demonstrado pelo substantivo aumento na relação dívida/PIB e pelo enfraquecimento da disponibilidade financeira".
Como ficam os países que continuam a oferecer o dinheiro público para garantir a recuperação? Sem aportes expressivos a recessão e a deflação se instalarão. Com aportes, a deterioração das contas públicas fragiliza os estados nacionais. Como, então, distinguir entre o que seja anticíclico e o que seja deterioração econômica?
De qualquer forma, isso sinaliza para os cuidados que o Brasil deva ter nesse campo. Combater os gastos excessivos com o funcionalismo e iniciar um processo de aumento da poupança pública e privada são necessidades que emergem fortes dessa última crise.
Incentivar a recuperação pela expansão do investimento, como fez o Canadá, pode ser mais eficaz do que recuperar-se pela expansão dos gastos, como fizeram os Estados Unidos. Os fatos recentes têm corroborado esse pensamento.
Para complicar mais a vida européia, após encontro no final de semana passada, a Hungria não conseguiu chegar a um acordo com o Fundo Monetário Internacional e a com União Européia, que permitiria ao país o acesso à linha de crédito auxiliar, recebida em 2008. Isso pode desencadear nova crise de liquidez no velho continente.

Deu na Exame

Marcelo, a estrela em ascensão
Fêz sua vida acadêmica dentro dos muros da FIA/FEA/USP
Destacou-se pelo caráter firme e pela correção de seus comportamentos. Está destinado ao sucesso. Parabéns Marcelo.
Portal Exame - SP - ÚLTIMAS NOTÍCIAS - 19/07/2010
Equifax contrata novo diretor de marketing.
O executivo e pesquisador Marcelo Abib Finotti é quem assume o cargo.
São Paulo - A Equifax , empresa especializada em fornecimento de informações para decisão e gestão empresarial, anunciou a contratação de um novo diretor de marketing para a operação brasileira. O bacharel em administração de empresas Marcelo Abib Finotti será responsável pela área de Produtos e Comunicação, que engloba atividades de pesquisa, desenvolvimento, atualização de produtos e comunicação com o mercado.
O executivo também deverá liderar as áreas de inovação da empresa, aperfeiçoar os processos de penetração de produtos no mercado e reforçar a imagem da Equifax no Brasil. Finotti tem 15 anos de experiência e já trabalhou em companhias como Banco Nacional, Credicard, Giovanni - FCB, Marítima Vida e Previdência e Serasa S/A - Experian.
Ele tem graus de mestre e doutor em administração e marketing pela USP (Universidade de São Paulo) e possui MBA em marketing e finanças empresariais pela mesma universidade. Além da carreira executiva, Finottitambém é professor de pós-graduação e orientador de pesquisas na área de marketing e seguros na Fundação Instituto  de Administração da Universidade de São Paulo (FIA/USP) e na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP).

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Semana agitada pela frente

Semana de difícil previsibilidade
O dólar comercial em alta. O clima dos negócios piorou nesse início de semana, a instabilidade financeira aguça a volatilidade dos mercados. Investidores procuram refúgio no ouro e no dólar. No Brasil, a moeda norte-americana alcança, no final dessa manhã, R$ 1,787 na venda. Valorização de 0,28% em relação à abertura.Vemos confirmada a postagem de ontem.
Wen Jiabao afirmou tentou tranquilizar o mercado, afirmando que a economia chinesa está se comportando conforme o planejado. Não conseguiu. Os maus resultados corporativos norte-americanos falaram mais alto.
No Brasil, a boa notícia é a de que a balança comercial apresentou saldo positivo na 3a semana de junho.
Não há previsões possíveis nesse quadro, indefinido como está. Mas, podemos fazer nossas apostas. O casino está armado. Pessoalmente, peço mesa. Passo diretão.

Gerando conhecimento

Não precisamos concluir agora. Basta entender mais um pouco sobre o tema.
O Professor Ramiro me enviou esse endereço sobre o evento que promovemos na FEA. Ele foi o moderador. Aliás, com rara pertinência. Superou-se.
Agradeço a ele, daqui do Canadá, onde permanecerei até o final do mês.
Claro que continuarei postando sempre. Mas, às vezes, o fuso atrapalha.
Vejam:
http://www.futurelab.com.br/grandesnomesdapropaganda/video/edicao-24-2010/fea-usp-realiza-evento-sobre-o-futuro-das-midia-e-seus-modelos-de-negocios/

domingo, 18 de julho de 2010

Preços de ativos têm seus significados próprios

É preciso reverter o fluxo especulatório
Que tal voltarmos a pensar na economia real? Vejam o quê dizem os preços dos ativos.
O indicador de risco-País teve alta de um ponto-base. Fechou a semana a 228 pontos. O Global 40, principal título da dívida externa brasileira, subiu 0,90%, cotado a 135,30 centavos de dólar. Ao mesmo tempo, o preço dos Treasuries registrou sua terceira elevação consecutiva.
Se for verdade que essas altas refletem a maior aversão aos riscos embutidos na renda variável, então o Brasil está com a bola toda. Não é verdade. O Brasil está pagando um juro muito alto no mercado internacional. O Global 40 sobe, mas o risco-país também. É a arbitragem financeira, deteriorando o lado real de nossa economia.
Apenas para confirmar, os títulos de 10 anos do Tesouro norte-americano, principal referencial do juros a longo prazo nos EUA, apresentam um rendimento de 2,92%. Os títulos de 5 anos, 1,67% e os de 30 anos 3,94%. A diferença é absurda em relação rentabilidade dos papéis comercializados pelo Brasil.
Bolsa em queda e risco-país subindo junto com o dólar. Só corre o risco quem procura alta remuneração- os especuladores. Incertezas com a recuperação e receios com a situação das grandes organizações mundiais tornam o dólar e o ouro refúgios naturais para investidores.
No Brasil, dólar comercial fechou cotado a R$ 1,7800 na compra e R$ 1,7820 na venda, alta de 0,56% em relação ao fechamento anterior. Mesmo assim, dada a especulação financeira internacional (que aprecia os juros brasileiros), o dólar acumula desvalorização de 1,22% em julho. No ano, a valorização acumulada da moeda norte-americana é de apenas 2,34%.
Estamos na contra-mão da China. Lá, o fluxo cambial é imensamente maior e não valoriza o yuan. A razão disso é que a especulação não tem vez em cima dos chineses. A divisa estrangeira vira investimento externo direto e gera emprego e renda. Que tal experimentarmos a receita?

De 19 a 24 de julho de 2010
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19.07 Segunda
ÚLTIMO DIA - CHAMADA DE ARTIGOS PARA A 4º CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE RELAÇÕES DE EMPREGO E TRABALHO
O contrato de trabalho/ Condições e ambiente de trabalho
Responsável: Hélio Zylberstajn
Realização: IBRET
Inf.: 2922-9626
ibret@ibret.org
http://www.ibret.org/
Defesas de Teses
Economia
EDUARDO FERREIRA JARDIM
Mestrado
Programas de estabilização e o consumo de bens duráveis
Dia 22 de julho, às 10h30, sala 215, FEA-5
Orientador: Prof. Dr. Mauro Rodrigues Junior
Comissão: Profs. Drs. Gabriel de Abreu Madeira e Vladimir Pinheiro Ponczek
BRUNO OUTA GASPERINI
Mestrado
Crédito e empreendedorismo: confrontando eventos agregados e microdados
Dia 22 de julho, às 14h, sala 217, FEA-5
Orientador: Prof. Dr. Gabriel de Abreu Madeira
Comissão: Profs. Drs. Marcos de Almeida Rangel e Juliano Junqueira Assunção
Agende-se
JULHO
10º CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE E 7º CONGRESSO USP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM CONTABILIDADE
- Retrospectiva 2001-2010
- Perspectivas 2011-2020
Dias 26 e 27 de julho, na FEA-USP
Solenidade de abertura, às 8h30, Auditório, FEA-5 e salas E1, E2, E3, G1, G2 e G3, FEA-1
Dia 26, às 9h20 - Palestra -Management Accounting and Corporate Governance: Global Trends
Palestrante: Prof. Dr. Al Bhimani (Professor of London School of Economics and Political Sciences
Responsável: Prof. Dr. Welington Rocha
Comitê: Profs. Drs. Ariovaldo dos Santos, Eliseu Martins, Fábio Frezatti, Gilberto de Andrade Martins, Nelson Carvalho, Reinaldo Guerreiro e Timothy Doupnik
Realização: EAC
Inf.: 3091-5820
Veja programação completa no site: http://www.congressousp.fipecafi.org/index.asp
DISCUSSÕES SOBRE CONTABILIDADE E SUSTENTABILIDADE
Evento do 10º Congresso USP de Contabilidade
- Relatos sobre "Contabilidade & Sustentabilidade"
Dia 26 de julho, das 11h às 12h30, sala da Congregação, FEA-1
- Contabilidade como linguagem concreta e inteligível
Dia 27, das 17h às 18h30, sala da Congregação, FEA-1
Responsáveis: Profs. Drs. Nelson Carvalho e José Roberto Kassai
Realização: NECMA/USP
Inscrições gratuitas e vagas limitadas
jrkassai@usp.br
2ND BRAZILIAN WORKSHOP OF THE GAME THEORY SOCIETY IN HONOR OF JOHN NASH
On the occasion of the 60th anniversary of the Nash equilibrium
De 29 de julho a 4 de agosto, na FEA-USP
Convidados: John Nash (Prêmio Nobel de Economia 1994), Robert Aumann (Prêmio Nobel de Economia 2005), Roger Myerson (Prêmio Nobel de Economia 2007), Eric Maskin (Prêmio Nobel de Economia 2007)
Responsável: Profª. Drª. Marilda Sotomayor
Comitê: Profs. Drs. Marilda Sotomayor, Maurício Bugarin, Adhemar Villani Junior, Gustavo Andrey e Joe Yoshino
Realização: EAE
Inf.: 3091-5802
www.usp.br/econ
IV CONGRESSO DA CIVILIZAÇÃO YOKO NO BRASIL
Dia 14 de agosto, das 14h às 18h, Auditório, FEA-5
Responsável: Prof. Dr. José Roberto Kassai
Realização: ABDL e NECMA/USP
Inf.: no site
http://www.congressoyoko.org.br/
MINI-SYMPOSIUM ON THE HISTORY OF POSTWAR ECONOMICS
Dias 20 e 21 de agosto, FEA-USP
Abertura, dia 20, a partir das 10h, sala da Congregação, FEA-1
Convidados internacionais: E. Roy Weintraub (Duke University), Mary Morgan (LSE e University of Amsterdam) e Marcel Boumans (University of Amsterdam)
Responsável: Prof. Dr. Pedro Garcia Duarte
Realização: EAE
Programação completa no site:
http://www.usp.br/feaecon/hope
4ª CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE RELAÇÕES DE EMPREGO E TRABALHO
Debates, Artigos, Casos Ibret
Dias 24 e 25 de agosto, das 9h às 13h30, sala da Congregação, FEA-1
Participantes: Denise Mota Dau (CUT), Marcos Sawaya Jank (Presidente da ÚNICA) e Helio Neves (Presidente da Feraesp)
Responsável: Prof. Dr. Hélio Zylberstajn
Realização: IBRET
Inf.: 2922-9626
http://www.ibret.org/
ibret@ibret.org
SETEMBRO
7º CONGRESSO BRASILEIRO DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO
Energia 2030 ? Desafios para uma nova matriz energética
De 8 a 10 de setembro, Auditório, FEA-5
Participantes: Profs. Drs. José Goldemberg, Ildo Luís Sauer, Luiz Pinguelli Rosa, Maurício Tolmasquim, Nils-Henrik von der Fehr, Sérgio Margulis e Afonso Henriques Moreira Santos
Responsáveis: Profs. Drs. Virginia Parente, Carlos Roberto Azzoni e Jacques Marcovitch
Realização: FEA-USP e Sociedade Brasileira de Planejamento Energético (SBPE)
Inf.: no site
http://www.sbpe.org.br/
XIII SEMEAD
Dias 9 e 10 de setembro, na FEA-USP
Inscrições: até 27/8
Responsáveis: Profs. Drs. Adalberto Américo Fischmann, Lindolfo Galvão de Albuquerque e Martinho Isnard Ribeiro de Almeida
Realização: PPGA- FEA-USP
Inf.: 3091-5805
semead@edu.usp.br
www.ead.fea.usp.br/semead
INSCRIÇÕES ABERTAS PARA III PRÊMIO ABECIP DE MONOGRAFIA EM CRÉDITO IMOBILIÁRIO E POUPANÇA
Até 30 de setembro
Responsável: Prof. Dr. Luiz Jurandir Simões de Araújo
Realização: Comissão de Cultura e Extensão FEA-USP
Inf.: 3091-5872
cpqcexfea@usp.br
Insc.: no site: http://www.abecip.org.br/
NOVEMBRO
XII ENGEMA - Encontro Nacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente
Inovação e Sustentabilidade na Nova Economia de Baixo Carbono: Uma Agenda para o Século XXI
De 29 de novembro a 1 de dezembro, na FEA-USP
Inscrições até 31 de outubro
Responsáveis: Profs. Drs. Isak Kruglianskas e José Carlos Barbieri
Realização: EAD/FEA e EAESP/FGV
Inf.: 3818-4034
marciad@fia.com.br
engema2010@fia.com.br
http://www.engema.org.br/
Informe-se
SEMINÁRIO - Segurança da Propriedade Imaterial da Indústria
Dia 28 de julho, das 8h30 às 12h30, Auditório da FIESP
Responsável: Benjamin Steinbruch
Realização: FIESP
deseg@fiesp.org.br

Vivendo e aprendendo

Cobrar pela participação inadequada
e pela a adequada também
O jornal norte-americano The Sun Chronicle começou a cobrar dos leitores de sua página na Internet a taxa de US$ 1 para comentar reportagens e artigos. A explicação diz que essa decisão acabará com o anonimato. O internauta que quiser comentar qualquer matéria terá de registrar seu nome, endereço, número de telefone e habilitar um cartão de crédito a ser debitado por sua intervenção.
O jornal espera que  os excessos, como alegações infundadas, denúncias, acusações, etc., sejam eliminados.
Tudo muito estranho. Haveria outras maneiras de evitar essas impropriedades, que não a cobrança.
A cobrança pode até ser devida e a expressão de opiniões em veiculos privados até pode ser cobrada pois, afinal, a visibilidade pode ter um preço.
Por outro lado, aos menos abastados, a medida pode restringir o direito de expressão que os jornais defendem tanto. Direito de expressão é questão de sobrevivência de qualquer mídia séria.
Mas, o que nos interessa mais é o modelo de negócio embutido nessa proposta: a intertividade será cobrada e a paticipação ativa em uma comunidade jornalística terá um preço.
Vamos acompanhar essa iniciativa.

sábado, 17 de julho de 2010

Fechando a semana 2

O medo agora é a deflação norte-americana
O CPI, índice que mede a de inflação ao consumidor aponta deflação de 0,1%, em julho. Espalha-se certo pânico entre os investidores que tomam esse dado como um prenúncio de uma recessão.
Por outro lado, a compra dos Treasuries amricanos, por Estrangeiros, somou, no mês de maio, US$15 bilhões. Nada mau, para quem duvida do vigor de sua própria economia. Quanto ao índice de Confiança do Consumidor (Michigan University), veio melhor do que se esperava, caindo apenas para 66,5 pontos no mês de julho. O mercado esperava queda para 75 pontos. Em outras palavras, investidores estão mais receosos que a população dos Estados Unidos.
Agora, essa queda, tão grande como foi, sinaliza para consumidores receosos com seus futuros, com seus empregos e com suas rendas.
Semana que vem tiramos as dúvidas com as publicações sobre os Dados de Construção de Casas de julho, dos referentes à Construção de Novas Residências de junho e o número de Permissões para Novas Construções de junho. Por fim, para tirar a prova dos nove, teremos os Pedidos semanais de Auxílio Desemprego, o Índice de Preços de Imóveis de maio e as Vendas de Imóveis já existentes de junho. Quero ver o comportamento da demanda e dos preços norte-americanos. Aí sim, seremos mais definitivos em nossos julgamentos.
Na Europa, teremos a publicação do Teste de Estresse dos principais bancos europeus. Vai ser emocionante.

Fechando a semana 1


COPOM de sai justa
O IPC-S (2ª semana de julho) apontou deflação de 0,13%. Isso comprova a tese de que as altas dos juros básicos controlam o comportamento dos preços. Insisto que o emprego é quem paga esse preço. Juros altos estimulam o fluxo financeiro de dólares, para o Brasil, e valoriza ainda mais o real, desestimulando os investimentos por aqui. Pobre indústria nacional!
Em linha com IPC-S, o IGP-10 teve alta de modestos, 05%, em julho. Portanto, o COPOM que se cuide nessa próxima semana. O estrago foi grande e parece não haver espaços para ações novas nesse campo.
O IPCA-15, referente a julho e a Pesquisa Mensal de Emprego de junho vão ser (ou deveriam ser) decisivos para a reunião do COPOM.
Por outro lado, o relatório da Dívida Pública Federal de junho põe o COPOM em uma justa e bela saia. Vamos aguardar.

Brincando de câmbio

Agora o problema se cronificou
Há quem diga que câmbio alto não desindustrializa o país e que estimula a competitividade de suas empresas. Vamos ver?
Supondo que precise receber por uma unidade de produto brasileiro R$ 2,60, dado que o custo de produção e comercialização (CIF NY) desse produto seja R$ 2,00.
Em condições normais bastaria vender o produto a US$ 1,00 e a margem seria de 30%.
Como o Real está muito valorizado (US$ 1,00 = R$ 1,77), precisarei vender essa unidade de produto a US$ 1,47, tornando o produto brasileiro 47% mais caro em dólares, para preservar a margem. Saímos do mercado.
Na China, vamos supor que o mesmo produto, ofertado por US$ 1,00 (CIF NY) deixasse lucro em Yuan de 30%.
Com um câmbio justo, de yuan 4,2 para cada US$1,00, o produtor Chinês estaria ganhando Yuan 1,26, respeitada a margem de 30%.Se de fato, estiver recebendo pelo produto vendido Yuan 7,00 por dólar, seu lucro será então de Yuan 1,26 + Yuan 2,80 = Yuan 4,06; ou seja seu lucro será de 58% sobre o faturamento.
O exportador chinês pode agora abrir mão do excesso de lucro em yuans e baixar seu preço em dólar para US$ 0,60 por unidade do produto equivalente exportada da China, mantendo seu lucro inicial de Yuan 1,26.
A diferença, em dólar, proveniente do efeito conjunto da sobrevalorização do real e da subvalorização de Yuan é assombrosa: de 1,47 para 0,60; ou seja, o produto brasileiro custa, aproximadamente, 2,5 vezes a mais.
Vamos pensar agora nas importações chinesas e na produção nacional, competindo pelo mercado interno brasileiro.
Uma unidade de produto nacional está sendo vendida, por uma multinacional francesa, no mercado interno, a R$ 2,60, deixando lucro de 30%; ou seja, R$ 0,78.
Sua subsidiária chinesa exporta para o Brasil uma unidade de produto similar, com a mesma margem (30%) US$ 1,00, tendo imaginado receber, quando de sua instalação na China, Yuan 4,20 por esse dólar, e lucrar os correspondentes Yuan 1,26.
Como o governo chinês resolveu estimular as exportações, desvalorizou sua moeda, que hoje está cotada a Yuan 7,00 por dólar. Dessa forma seu lucro atingiu em moeda chinesa 1,26 + 2,80 = 4,06. Querendo ampliar suas vendas resolveu abrir mão do excesso de lucro promovido pela desvalorização cambial. Para preservar o ganho projetado de Yuan 1,26, resolveu reduzir seu preço em dólares a US$ 0,60.
No Brasil, para ser competitiva, a mesma multinacional deveria vender seu produto ao distribuidor-importador nacional a U$ 0,60 x R$ 1,77 = R$ 1,06.
Mesmo com o dólar a R$ 2,60, como quer o ministro Mantega, a multinacional francesa sediada no Brasil não seria competitiva em relação à subsidiária chinesa, pois a subvalorização do Yuan em relação ao dólar impede a indústria brasileira de competir: US$ 0,60 x R$2,60 = R$ 1,56.
Faltariam ainda R$ 2,60 – R$ 1,56 = R$1,04; ou seja, na cotação do ministro faltaria ainda US$ 0,40.
Tenho certeza que o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, acadêmico de grande valor, e o ministro Mantega, com formação econômica assemelhada, estão preocupados com os efeitos,  no longo prazo. E há que os critique sobre isso . Mas esse é assunto para o próximo post.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Ensinando no comercial

Como conhecer os benefícios principais
do produto em comercial
Vejam só:
http://www.youtube.com/watch?v=nnsSUqgkDwU

Sem intervenção não hásolução

Avanços e recuos nas expectativas sobre o cenário econômico
Em outras palavras: há notícias boas e ruins para o dia de hoje. Vamos começar pelas boas.
1) O Senado americano aprovou a reforma financeira, que reestrutura amplamente os mecanismos de  funcionamento do mercado financeiro. Mexe em tudo, quer na ponta mais simples, na dinâmica dos negócios com cartões de débito, quer, na ponta mais complexa, nas negociações com derivativos.
2) O índice norte-americano de Produção Industrial apresentou alta de 0,1% em junho
3) O nível de Utilização da Capacidade Instalada ficou estável em 74,1%.
4) Os Pedidos semanais de Auxílio Desemprego caíram para 429 mil pedidos, acima das expectativas de mercado de alta para 445 mil pedidos.
5) No Brasil, a Receita Federal divulgou a Arrecadação de Tributos e Contribuições Federais, que atingiu R$61,5 bilhões em junho.
Agora, as notícias ruins. Elas sempre põem água fria na fervura.
1) Na Ásia, os dados divulgados pela China ontem indicaram que a economia está desaquecendo. O PIB que crescia a 11,9% a.a. no primeiro trimestre, caiu para 10,3%, no segundo trimestre.
2) A produção industrial e a inflação chinesas diminuíram proporcionalmente menos.
3) Nos Estados Unidos, o índice inflacionário PPI apresentou deflação de 0,5% em junho.
4) Os principais índices de atividade recuaram. O índice regional do Empire Manufacturing caiu para 5,08 pontos e o índice de atividade do Fed de Filadélfia caiu para 5,1 pontos.
Estruturalmente, a reforma financeira fala mais alto que os elementos conjunturais. Elementos ligados ao mercado de trabalho também animam muito. O arrefecimento chinês evita bôlhas e dá estabilidade à toda economia asiática. Embora tenha efeitos negativos de curto prazo, garante a permanência da vitalidade chinesa na sustentação da demanda mundial.
Quanto aos aspectos negativos, poderão ser revertidos sempre, com estímulos e intervenções.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Número de vagas cresce menos

Caged e Banco Central estão com
suas previsões em sintonia
Os dados divulgados hoje pelo Caged, órgão do Ministério do Trabalho e Emprego, referente à Região Metropolitana de São Paulo, mostram que o número de vagas abertas em junho (26.932) foi menor que o o número de vagas abertas em de maio (38.360), que, por sua vez, foi inferior ao número de abril (42.850). Entretanto, esse foi o melhor semestre da história, com 1.211 de novas vagas criadas por dia, no semestre nessa regão.
Acendeu uma luz amarela nesse quadro. É o terceiro mês de queda seguida no número de vagas criadas.
Ontem, o Banco Central já havia anunciado um PIB, estável, sem crescimento, no mês de maio. Não há dúvida de que as altas de juros fizeram o efeito esperado: inflação voltando para o centro da meta, deflação em preços dos alimentos e bebidas, os índices de insolvência voltando a crescer e a indústria reduzindo a utilização de sua capacidade instalada. Como conseqüência, a oferta de novas vagas vão perdendo vigor.
Vejam os números abaixo:

Para complicar, o cenário internacional não vai bem. A acomodação da economia chinesa e a sinalização de deterioração do setor manufatureiro dos Estados Unidos começam a assustar os analistas. O setor manufatureiro desacelerou muito rapidamente para o gosto dos investidores, nos últimos dois meses. Os dados dos índices de Nova York e Filadélfia registraram retração de 5,1 pontos, no mês de julho em relação a junho. O FOMC reduziu sua previsão de crescimento do PIB norrte-americano.
O PIB chinês também parece estabilizar seu crescimento nesse segundo trimestre do ano. Lembrando que a China é um grande importador de commodities, o efeito para os preços dos produtos exportados do Brasil não há de ser positivo.
Enfim, as previsões do FMI e seus argumentos, publicados em nosso blog hoje, vão ganhando força.

Anunciando reultados ao invés de tendências

FMI não está otimista


A previsão é de crescimento. Para esse ano, o mundo crescerá 4,6% e para 2011 apenas 4,3%. A causa dessa redução é atribuída aos baixos desempenhos das economias norte-americana, européia e das maiores economias da Ásia e da América Latina. Trata-se da última atualização do “World Economic Outlook”, publicado essa semana, em Hong Kong, pelo Fundo Monetário Internacional.
A hipótese central é a de que a recuperação dos Estados Unidos está fazendo água e que o desemprego voltará a se alastrar de maneira crônica nessa sociedade, comprometendo a demanda e a renda no país. “Os riscos negativos aumentaram significativamente em meio à renovada turbulência financeira”. “O efeito último poderá ser o de uma demanda global consideravelmente mais baixa”, prenunciou.
De fato, o FMI entendeu que a redução de gastos referentes aos estímulo governamentais para 2011, o crescimento mais lento na produção industrial somados à medidas de redução de déficit na Europa e à queda na confiança do consumidor americano e europeu serão os grandes freios ao crescimento futuro.
Os problemas das dívidas públicas e o sistema bancário europeu “poderão se espalhar por outras regiões” “No futuro próximo”, disse o FMI, “o principal risco é de uma escalada da instabilidade financeira e contágio estimulados pela preocupação crescente com o risco soberano. Isso poderá levar a aumentos extras nos custos dos financiamento e ao enfraquecimento dos resultados empresariais, com um enrigecimento das condições dos empréstimos, acompanhado da queda de confiança dos investidores e de mudanças bruscas nas taxas de câmbio”.
O fundo destacou que os países europeus e os EUA competirão para refinanciar US$ 4 trilhões em títulos públicos que vencem na segunda metade deste ano. Isso faz aumentar a pressão dos mercados financeiros sobre a Grã-Bretanha e países mais fracos da zona do euro – como Portugal e Espanha – para cortarem seus déficits e elevar seus custos de empréstimo.
O FMI advertiu que o “efeito calmante” do fundo de 10 bilhões de euros, estabelecido pelo FMI e União Européia em maio para garantir o pagamento da dívida pública da zona do euro, está “se desgastando”, e apontou que as taxas de juro pagas por países como Espanha e Itália estão subindo mais uma vez em comparação àquelas pagas pela Alemanha.
“No calcanhar dos problemas fiscais da Grécia”, dizia o relatório, “os investidores estão reajustando os preços desses riscos em toda a região”.
O FMI também disse que o sistema bancário está infectado por um “legado de purificação inacabada”, que deixou “bolsões de vulnerabilidade, excesso de capacidade e pouca lucratividade”. Notou que os bancos recuaram em conceder empréstimos uns aos outros, deixando muitos bancos europeus contar com empréstimos a curto prazo do Banco Central Europeu para não afundarem”.
Tudo lógico e racional. E é isso que assusta. Mas o FMI não leva em conta as reações e as medidas de política econômica que podem reverter o seu quadro sombrio. Acho que o FMI agiu como o Dunga e pode perder a sua copa pelas mesmas razões. De modo geral, o outro time reage e evita que se chegue aos resultados anunciados, antes do tempo.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Se a moda pega?

Google é condenado no Rio Grande do Sul
Google é condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a pagar R$ 4.150 à internauta por dar causa a danos  morais. A reclamação arguiu que a usuária foi vítima de perfil falso e montagens fotográficas na rede de relacionamentos Orkut, pertencente à gigante das buscas.
O Google havia sido notificado sobre o uso de informações pessoais para a criação de um perfil no Orkut, veiculando informações pejorativa. Mesmo conhecendo o problema apontado na notificação, o Google não retirou de imediato o perfil do ar, causando danos morais à internauta.
A resposta do Google apoiou-se em argumento esfarrapado. Diz não poder assumir responsabilidades por atitudes de terceiros, que expõem informações pessoais para acesso de qualquer um. Essas pessoais ficam sujeitas a esse tipo de problema.
Não se brinca com informações pessoais. Preservar a individualidade de terceiros é responsabilidade de quem trabalha nesse campo. Pensando nisso, achei a multa muito branda. Por outro lado, multas maiores estimulariam simulações nessa área. O fato é que a notificação obriga a pronta resposta do notificado. E isso não aconteceu.

Fim da versão impressa

“Bebeu, cheirou e comeu latinha”
Olhem a carta de demissão do editor do Jornal do Brasil:
"Prezados, em almoço realizado hoje (segunda-feira, 12/07), na presença do Dr. Ronaldo Carvalho e da Dra. Angela Moreira, o Dr. Nelson Tanure informou que publicará na edição de amanhã do Jornal do Brasil uma notificação assinada pela direção da empresa e dirigida aos leitores na qual explica a transposição do jornal escrito para o tecnológico. Considerando que isto contraria a razão pela qual fui contratado, solicito, sem perda de meus direitos, que o expediente do jornal e de todas as revistas não conste mais meu nome".
Bateu pesado e mostra que Nelson Tanure não entendeu nada.
Nelson pensa que extinguindo a versão impressa, conseguirá sobreviver. Permitam- me anunciar o fim desse jornal. Não sobreviverá o meio noticioso digital sem o apoio do conteúdo fisicamente concretizado diante dos mercados.
Por quê? Porque nos meios físicos aprofundam-se as análises. O consumidor busca, nos meios eletrônicos, apenas as sínteses. Ele é sempre rápido e superficial. Nunca analítico.
Claro que isso pode mudar. Mas ainda não mudou. Quem se antecipar aos comportamentos do consumidor, como o JB, pode quebrar a cara.

Dilemas da vida econômica

As circunstâncias sociais limitam
as decisões econômicas
A agência de classificação de risco Moody's rebaixou o rating dos títulos do governo de Portugal em duas notas, de Aa2 para A1. Também o Zew, índice de confiança alemão, caiu pela terceira vez consecutiva. Por outro lado, o leilão de títulos da Grécia conseguiu levantar € 1,625 bilhões a taxas consideradas como muito boas. Durma-se com um barulho desses!
A Europa continua a mesma. Notícias boas e ruins. Tudo ao mesmo tempo. Os analistas ficam perdidos e os investidores mais ainda. No meu modo de ver o cenário contém perspectivas animadoras. Tivemos duas semanas de más notícias. Agora, algumas notícias começam a mudar as perspectivas e prenunciam um início de recuperação da atividade econômica no ambiente europeu. Portanto, como dizia meu sogro, parafraseando um célebre internacionalista francês, “É urgente esperar”.
Já no Brasil, a Pesquisa Mensal do Comércio mostrou vendas no varejo crescendo 1,4% em maio, em relação ao mês anterior. Esperava-se 1,8%. Sinceramente ,essa diferença não quer dizer absolutamente nada no cenário econômico que vivemos. Esse 1,4% apontam para uma demanda interna muito aquecida, para um bom desempenho do mercado de trabalho e para um consumidor animado para além do razoável. Subir juros parece não dar conta do recado que o superaquecimento nos manda. Os dados de Emprego Industrial da FIESP registram a criação de 15,5 mil vagas em junho, confirmando um aquecimento forte de nossa economia.
Não basta subir juros. Será necessário contingenciar o crédito. (Estou sendo repetitivo?).
Os Estados Unidos apresentaram déficit na Balança Comercial de US$42,27 bilhões, em maio. Surpreendeu o mercado que previa algo em torno de US$39 bilhões. Os analistas norte-americanos têm errado excessivamente em suas previsões. Suspeito que muito dessas previsões procuram injetar ânimo no mercado financeiro e se esquecem de que as frustrações geram efeitos mais cruéis do que conviver com a realidade.
Também foi frustrante conhecer os resultados do Relatório Mensal do Orçamento de junho. O déficit governamental foi de US$68,4 bilhões. Não tem como. O governo tem que garantir a demanda. A consequência natural é o déficit.
Quer saber? O mundo está numa encruzilhada. Se cuidar das contas públicas com a austeridade necessária, cria problemas sociais insustentáveis. Se não o fizer, compromete a veocidade da recuperação e inviabiliza os estados nacionais. O que fazer, então? Temos que conviver com os limites das possibilidades econômicas e sociais, encontrando um ponto de equilíbrio para as duas dimensões da vida em sociedade. Não será nada fácil. Teremos que nos acostumar com essa bipolaridade nas decisões.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Inadimplência cresce outra vez

FRACTAL fêz essa previsão em março
Segundo a Serasa a inadimplência do consumidor teve crescimento de 5,2% em junho na relação com o mesmo mês do ano anterior. Em relação a maio desse ano, a inadimplência cresceu 1,1%. Mesmo com a renda subindo e com os níveis de emprego batendo sucessivos recordes, a inadimplência sobe.
Havíamos previsto esse aumento no mês de março, antecipando, naquele mês, que o consumidor já estava com sua renda comprometida até o Natal de 2010 e que já era momento de contingenciar o crédito. Veio o Dia das Mães, em seguida o dia dos Namorados e, por final, a euforia da Copa do Mundo (ainda bem que o Brasil perdeu logo). Não deu outra, os atrasos aumentaram. Também dissemos que teríamos aumento da taxa Selic e que isso se refletiria sobre os pagamentos. As dificuldades de honrar seus compromissos implicarão primeiro, em atrasos do consumidor, depois em insolvências.
Como mostram as pesquisas da FRACTAL, os maiores atrasos vão sempre se dar em carnês de loja, onde se financiam os eletrodomésticos e os equipamentos eletrônicos, depois nos cartões de crédito, onde se financiam os vestuários, calçados, alimentos e despesas quase todos os itens de gastos domiciliares e, finalmente, com os bancos.
Insisto na afirmação que nosso crescimento está muito dependente de crédito e isso é preocupante, sobretudo se o nível de crescimento experimentar um novo período de ajustes. Seria prudente evitar um endividamento tão grande e lançarmos rapidamente instrumentos alternativos para formar a poupança individual.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Para onde vamos essa semana?

Semana passada interrompe a safra
de más notícias?

Nos Estados Unidos, os Pedidos semanais de Auxílio Desemprego caíram para 454 mil pedidos. Foi um alívio geral.
Crédito ao Consumidor caiu muito além das expectativas. O tombo foi de US$9,1 bilhões, em maio. O mercado esperava uma queda de apenas US$2,0 bilhões. Foi um fracasso grotesco da econometria americana.
Uma no cravo, outra na ferradura. O jeito é esperar pelo final da segunda-feira.
O IPC-S apresentou deflação de 0,08% na 1ª semana de julho. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola anunciou que a safra de 2010 atingirá 145,9 milhões de toneladas em 2010, 8,9% maior do que a safra de 2009. Acho que essa estimativa está otimista demais. A Pesquisa de Emprego e Salário Industrial mostrou que o emprego na Indústria cresceu 0,3% em maio e o CNI informou que o nível da utilização da capacidade instalada caiu para 82,3%, em maio.

Redess sociais

Remanesce a necessidade de quantificar o efeito das redes sociais sobre os negócios
As atividades de pré e pós-compra do consumidor ganham grande ênfase com o advento das redes sociais. Recomendações, críticas, opiniões e elogios podem trazer grandes consequências às instituições?
A afirmação generalizada diz que sim e, pessoalmente, mantenho comigo essa mesma certeza. Resta saber, em números, qual o real impacto desses elementos nas vendas e nas imagens das empresas.
Há um ano atrás tomei conhecimento de estudo que afirmava que a cada post realizados nessas redes sobre uma determinada empresa, 10% dos participantes modificavam seus comportamentos, cancelando uma assinatura, deixando a Marca em favor de outra ou, pó exemplo, adotavam um novo produto. Os demais 90% sofrem o impacto, mas não reagem pelo menos imediatamente. O estudo afirmava ainda que a repetição dessas mensagens, fossem elas positivas ou negativas, poderia potencializar o efeito viral.
Tudo parece bem lógico. Mas para quem tem o hábito de trabalhar com atitudes e comportamento de consumidores fica difícil imaginar que a eficiência da rede seja tão grande e tenha tanta eficácia. Afinal, conhecimentos, convicções e crenças não são passíveis de tantas mudanças.
É necessário admitir certa estabilidade nos juízos de valores e nos comportamento das pessoas, caso contrário, estaríamos imaginando que mensagens trocadas nas redes pudessem transformar, com tanta eficácia, os elementos centrais estruturantes da vida mental dos indivíduos.
Acho que precisamos encontrar metodologias mais eficazes de aferir condutas referentes ao consumo e criar indicadores mais confiáveis para as relações de consumo e para nossas decisões.

Programação de eventos da FEA

 Vida na FEA
ÚLTIMO DIA PARA ENVIO DE RESUMOS PARA O XII ENGEMA - Encontro Nacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente
Inovação e Sustentabilidade na Nova Economia de Baixo Carbono: Uma Agenda para o Século XXI
Recebimento dos trabalhos até 30/8
Inscrições até 31/10
ENGEMA: de 29 de novembro a 1 de dezembro, na FEA-USP
Responsáveis: Profs. Drs. Isak Kruglianskas e José Carlos Barbieri
Realização: EAD/FEA e EAESP/FGV
Inf.: 3818-4034
marciad@fia.com.br
engema2010@fia.com.br
www.engema.org.br
Defesas de Teses
Economia
VERIDIANA RAMOS DA SILVA CARVALHO
Doutorado
Três ensaios sobre competitividade externa e desempenho econômico na década de 2000.
Dia 13 de julho, às 14h, sala 217, FEA-5
Orientador: Prof. Dr. Gilberto Tadeu Lima
Comissão: Profs. Drs. Raul Cristovão dos Santos, Fabio Neves Perácio de Freitas, Gilberto de Assis Libânio e Gustavo de Britto Rocha
Agende-se
JULHO
CHAMADA DE ARTIGOS PARA A 4º CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE RELAÇÕES DE EMPREGO E TRABALHO
O contrato de trabalho/ Condições e ambiente de trabalho
Até 19 de julho
Conferência: Dias 24 e 25 de agosto, na FEA-USP
Responsável: Hélio Zylberstajn
Realização: IBRET
Inf.: 2922-9626
ibret@ibret.org
www.ibret.org
10º CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE E 7º CONGRESSO USP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM CONTABILIDADE
- Retrospectiva 2001-2010
- Perspectivas 2011-2020
Dias 26 e 27 de julho, na FEA-USP
Responsável: Prof. Dr. Welington Rocha
Comitê: Profs. Drs. Ariovaldo dos Santos, Eliseu Martins, Fábio Frezatti, Gilberto de Andrade Martins, Nelson Carvalho, Reinaldo Guerreiro e Timothy Doupnik
Realização: EAC
Inf.: 3091-5820
DISCUSSÕES SOBRE CONTABILIDADE E SUSTENTABILIDADE
Evento do 10º Congresso USP de Contabilidade
- Apresentação de relatos de experiências e de pesquisas em andamento sobre "Contabilidade & Sustentabilidade" e discussão sobre o papel da Contabilidade e de Finanças diante dos desafios e oportunidades para um desenvolvimento sustentável
Dia 26 de julho, das 11h às 12h30, sala da Congregação, FEA-1
- Resumo das discussões do evento do dia anterior e posicionamento da Contabilidade como linguagem concreta e inteligível pelos mercados e pelos agentes transformadores da sociedade diante dos desafios e oportunidades das mudanças climáticas globais
Dia 27, das 17h às 18h30, sala da Congregação, FEA-1
Responsáveis: Profs. Drs. Nelson Carvalho e José Roberto Kassai
Realização: NECMA/USP
Inscrições gratuitas e vagas limitadas
jrkassai@usp.br
2ND BRAZILIAN WORKSHOP OF THE GAME THEORY SOCIETY IN HONOR OF JOHN NASH
On the occasion of the 60th anniversary of the Nash equilibrium
De 29 de julho a 4 de agosto, na FEA-USP
Convidados: John Nash (Prêmio Nobel de Economia 1994), Robert Aumann (Prêmio Nobel de Economia 2005), Roger Myerson (Prêmio Nobel de Economia 2007), Eric Maskin (Prêmio Nobel de Economia 2007)
Responsável: Profª. Drª. Marilda Sotomayor
Comitê: Profs. Drs. Marilda Sotomayor, Maurício Bugarin, Adhemar Villani Junior, Gustavo Andrey e Joe Yoshino
Realização: EAE
Inscrições abertas
Inf.: 3091-5802 www.usp.br/econ/bwgt2010
www.gametheorysociety.org/conferences/#29july2010
AGOSTO
MINI-SYMPOSIUM ON THE HISTORY OF POSTWAR ECONOMICS
Dias 20 e 21 de agosto, FEA-USP
Início dia 20, a partir das 10h, sala da Congregação, FEA-1
Convidados internacionais: E. Roy Weintraub (Duke University), Mary Morgan (LSE e University of Amsterdam) e Marcel Boumans (University of Amsterdam)
Responsável: Prof. Dr. Pedro Garcia Duarte
Realização: EAE
Programação completa no site:
http://www.usp.br/feaecon/hope
4ª CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE RELAÇÕES DE EMPREGO E TRABALHO
Debates, Artigos, Casos Ibret
Dias 24 e 25 de agosto, das 9h às 13h30, FEA-USP
Responsável: Prof. Dr. Hélio Zylberstajn
Realização: IBRET
Inf.: 2922-9626
Inscrições abertas e envio de artigos no site:
http://www.ibret.org
Vagas limitadas
ibret@ibret.org
SETEMBRO
XIII SEMEAD
Dias 9 e 10 de setembro, na FEA-USP
Submissão de trabalhos: 10/7
Inscrições: até 27/8
Responsáveis: Profs. Drs. Adalberto Américo Fischmann, Lindolfo Galvão de Albuquerque e Martinho Isnard Ribeiro de Almeida
Realização: PPGA- FEA-USP
Inf.: 3091-5805
semead@edu.usp.br
www.ead.fea.usp.br/semead
INSCRIÇÕES ABERTAS PARA III PRÊMIO ABECIP DE MONOGRAFIA EM CRÉDITO IMOBILIÁRIO E POUPANÇA
Até 30 de setembro
Responsável: Prof. Dr. Luiz Jurandir Simões de Araújo
Realização: Comissão de Cultura e Extensão FEA-USP
Inf.: 3091-5872
cpqcexfea@usp.br
Insc.: no site
www.abecip.org.br
Informe-se
INSCRIÇÕES ABERTAS PARA A 31º GLOBAL MANAGEMENT CHALLENGE
A maior competição de estratégia e gestão do mundo
Responsável: Sheila R. Queiroz
Realização: GMC
Insc. e inf.: 3071-1527
www.globalchallenge.com.br
gmcbrasil@sertotal.com
8º CONGRESSO BRASILEIRO & PAN-AMERICANO DE ATUÁRIA
Dia 12 e 13 de agosto, Windsor Barra Hotel & Congressos, Rio de Janeiro
Realização: FIPECAFI
Inf.: http://www.8cba.com.br/index.html
V RESEARCH WORKSHOP ON: INSTITUTIONS AND ORGANIZATIONS
De 3 a 5 de outubro, Pousada Vida Verde, Gonçalves (MG)
Palestrante: Anna Grandori (Universidade de Bocconi - Itália)
Responsável: Prof. Dr. Decio Zylbersztajn e Maria Sylvia Macchione Saes (PENSA)
Realização: EAD-FEA/USP, FGV, USP, Insper e UFBA
Inf.: 3018-4005
Mais detalhes: http://www.erudito.fea.usp.br/vrwio/

Nicolau Reinhard será o vice-diretor da FEA-USP no período 2010/2014
O professor Nicolau Reinhard, do Departamento de Administração, será o vice-diretor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) no período 2010?2014. Indicado para a lista tríplice por maioria de votos, Reinhard foi nomeado pelo reitor da USP João Grandino Rodas.